Otto

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Boa leitura, votem e comentem 🌸

Sobre a noite do final de semana passado, Harry decidiu não comentar sobre. É claro que teve um flash ou outro do que acabou falando para Louis, mas preferiu empurrar tudo aquilo para o seu inconsciente (como se isso fosse possível) e fingir que nada aconteceu.

O ômega acordou na quinta-feira disposto, preparou um café da manhã reforçado. Enquanto finalizava os ovos Benedict, e sentia um dos seus cheiros favoritos no mundo, o do café coado ficando pronto, recebeu uma chamada de vídeo de sua mãe, abriu no seu Macbook que estava ligado na bancada da cozinha para atendê-la.

"Bom dia, filhote." Anne exclamou alegre do outro lado da tela.

"Bom dia, mamãe. Tudo bem?" Harry ficou feliz em falar com sua mãe, eles trocavam algumas mensagens no dia a dia, mas sentia falta de ver o rosto da ômega.

"Esqueceu que tem mãe?" Anne perguntou brincalhona. Após a mudança de cidade, a saudade do filhote é algo muito presente.

"Nunca mamãe. Só acabamos nos desencontrando em ligações. Como está Robin?" O ômega lúpus sentia falta de sua família diariamente, tinha se acostumado a viver separado de seus pais e sua irmã, mas não deixava de sentir um aperto no coração.

"Está ótimo, ontem ele terminou de fazer um banco de madeira para o quintal." Anne contou. Robin, atual marido de Anne, depois que se aposentou do banco em que trabalhava, agora está se aventurando na marcenaria, apenas por hobby. Já construiu um balanço para Anne ler seus livros no quintal e uma mesa de jantar de madeira.

"Ele está realmente empenhado nisso." Harry falou com carinho. Amava seu padrasto e ficava muito feliz por sua mãe ter encontrado um outro amor, depois de ter removido a marca do seu pai.

"Estamos com saudades filhote, faz tempo que não vem nos visitar. Há quanto tempo você não se transforma, ômega? Você sempre amou se conectar com o seu lobo. Está se transformando por aí?" Desde que Rose faleceu o lúpus tem se transformado menos, ele fazia isso com a sua avó, corriam juntos pela floresta.

Morando em Londres e não tendo mais a casa de sua avó na floresta, realmente ficava mais difícil encontrar um lugar seguro e com espaço para isso, portanto nesses três anos, ele se transformou somente quando estava em Holmes Chapel, onde sua mãe mora atualmente, o que não foi muitas vezes. Harry sentia falta de estar em forma de lobo, podia sentir a natureza de perto e entender profundamente todos os seus sentimentos. Com a morte de Rose, a transformação passou a ser algo mais delicado para o ômega lúpus, pois na forma animal ele é inundado com todos os sentimentos e lembranças, sentindo mais saudades de sua avó e da companhia da mesma.

"Eu realmente preciso, mamãe. Faz alguns meses." Harry mastigava seu café da manhã enquanto conversava com Anne. "Desde que eu fui aí pela última vez, acho que uns quatro meses, se estou certo no tempo." Harry refletiu.

"Pois então venha no próximo final de semana, podemos fazer um bom almoço." Anne pediu encarecidamente pela visita do filhote.

"No próximo final de semana eu não posso mamãe, é o heat do Z e eu preciso ficar por aqui por causa da galeria, temos algumas coisas para entregar. Mas eu prometo ver uma data, vou falar com a Gemma para ela também ir e ficamos em família, o que acha?" Harry sugeriu, pensando que seria realmente uma boa ideia rever sua irmã, o marido e sua sobrinha.

"Perfeito! Você vem com o seu carro novo?" Anne implicou com o ômega, pois ela sabia que ele ainda não tinha resolvido essa pendência, fazendo Harry gargalhar.

"Ainda não. Tenho preguiça dessa burocracia toda, podia ser simples igual comprar uma peça de roupa né?" O ômega amava sua independência, amava resolver as coisas por si só, mas algumas coisinhas ele gostaria que tivesse alguém resolvendo por ele, ir até uma concessionária e escolher um melhor modelo, um motor com boa autonomia, mecânica, não era sua praia, definitivamente.

The Peonies led me to you • ABO • l.sWhere stories live. Discover now