The Peonies led me to you • ABO • l.s

Quarantadue

Eu queria agradecer imensamente todos vocês que acompanham essa estória e tornaram possível a realização de um sonho.
The Peonies led me to you vai virar livro!
Em breve mais detalhes, sobre data de lançamento e tudo mais, vou informando vocês e também podem seguir a EditoraCaliope

Obrigada!!!

Boa leitura, votem e comentem por favor 🌸

Se uma palavra pudesse descrever Harry Tomlinson nas semanas que antecedem o parto dos gêmeos, seria: ansiedade.

O desconforto era comum e presente no último mês de gestação, com a barriga em um tamanho maior do que ficara anteriormente, afinal eram dois filhotes que cresciam dentro dela, o ômega tinha muitas dificuldades em encontrar posições para ficar, nem mesmo a cadeira transformer o ajudava. Por ordens médicas, não podia ficar muito tempo em pé, ou andando, mesmo que fosse pela casa, portanto não tinha muitas alternativas.

A noite quando Louis se deitava com ele para dormir, perfumava o corpo do marido, e praticamente de trinta em trinta minutos, Harry precisava se mexer, devido às costas que doíam, sua virilha ardia e suas pernas inquietas. Tinha vontade de chorar quando sua bexiga estava cheia e precisava se levantar pela décima vez em uma madrugada, algumas vezes deixando as lágrimas rolarem pelos seus olhos, enquanto estava sentado no vaso sanitário e o alfa ao seu lado, de mãos dadas, auxiliando o grávido a todo momento, lambendo o seu rosto quando retornavam para a cama.

Louis preparou um ninho para o ômega em uma dessas noites, fazendo com que ele conseguisse pegar no sono por algumas horas, mas não o suficiente para o deixar descansado. A privação de sono atingia ambos, pois o alfa não fechava os olhos enquanto não percebia pela marca de ligação que o ômega estava adormecido, abrindo os mesmos quando Harry despertava.

O tédio era uma companhia desagradável, não existia série, filme ou livro capaz de prender a atenção do ômega por muito tempo, tinha a presença de Fiona e adorava fazer carinhos em seus pelos, mas infelizmente a cachorra não falava e ele acabava ficando muito tempo com os próprios pensamentos.

Tomou um banho longo de banheira à luz de velas, procurando se acalmar, seus filhotes mexendo na sua barriga grande, algumas contrações de treinamento deixavam ela mais dura e às vezes até de um formato estranho, gostava de registrar em vídeos curtos no seu celular daquela movimentação.

Enquanto penteava os seus cabelos e finalizava os seus cachos, sentia dores na coluna, uma ideia passou pela sua cabeça segurando os fios longos para cima e imaginando como seria ter novamente cabelos curtos. Abriu as gavetas do banheiro, encontrando uma tesoura que mantinha ali para cortar etiquetas das roupas de Matteo que se incomodavam com o pinicar que causavam.

Harry balançou a cabeça, guardando o objeto cortante novamente, não era um ômega impulsivo, e o tédio estava mexendo com o seu juízo, riu ao pensar em como sua família reagiria ao vê-lo com os cabelos curtos, podia ouvir em sua mente a voz do marido dizendo que era apenas um momento e que ele não ousaria em cortar os cachinhos.

Contou da sua quase aventura para o alfa lúpus quando ele chegou do trabalho junto aos filhotes, e Louis fingiu ter um ataque do coração, se jogando no chão dramaticamente.

No dia seguinte, quando o cacheado estava incomodado com os cabelos soltos, juntou os fios como fazia quando queria prendê-los, e antes que Louis tirasse o elástico do seu pulso, Matteo foi mais rápido, estendendo um que estava no seu braço.

"Aqui, mamã." Falou naturalmente, comendo o seu cereal. "O que foi?" Perguntou ao que percebeu os olhares dos seus pais em cima dele. "O papai sempre tem um desses para prender seus cachinhos lindos, eu posso ter um também." Deu de ombros.