Quando ninguém mais quiser • Vinnie Hacker

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_"Uau, belo trabalho", falei encontrando Vinnie e Daisy no salão de jogos, eu havia me enrolado no estúdio e cheguei mais tarde em casa, Daisy estava sentada no chão brincando com algumas pelúcias de Pokemon que Vinnie tinha ganhado de fãs, Vinnie se inclinou e dei um beijinho nele que estava sentado na cadeira em frente ao computador, ele já tinha organizado todo o quartinho, parecia como antes, todas os objetos no mesmo lugar que antes, era com isso nunca nem tivessem sido tirados dali, me impressionei com o trabalho que ele fez ali, deve ter passado horas ali arrumando, ele aspirou o chão que deveria estar cheio de poeira já que desde que ele saiu daqui eu nem se quer desci, Vinnie editava algo no computador.
_"Como você está?", Vinnie perguntou e eu sorri mostrando estar bem, ele aproveitou estar sentado e eu de pé e deu um beijinho na minha barriga, Daisy não viu e não entenderia se caso visse também, ele sorriu ao fim do beijo, Vinnie era lindo demais, 'será que nasceria outro bebê parecido com ele?', me peguei perguntando.

_"Oi docinho", falei me aproximando de Daisy e ela levantou pra me dar um abraço, Daisy era uma criança bem carinhosa, me sentei com ela a vendo brincar e vi que ela chupava um pirulito e olhei pra Vinnie não gostando, "Vinnie eu já disse pra parar de dar doce perto do horário de janta", falei e Vinnie se virou a cadeira gamer me olhando não entendendo.
_"Eu pedi pra ela não abrir", Vinnie disse e eu olhei como se fosse óbvio que apenas falar não resolveria.
_"Por que você deu pra começo de conversa", falei.
_"Eu não dei, ela ganhou na escolinha, olha nem pirulito eu tenho aqui", Vinnie disse e lancei o olho pelo estoque de doces de Vinnie que ele havia colocado em cima do frigobar como era antes de ele se mudar, não tinha mesmo pirulito ali.
_"Eu ganhei um saco de doces", Daisy disse se levantando e pegando um saquinho com algumas balas, pirulitos, tipo aqueles saquinhos de lembrancinhas, deveria ter tido festinha na escolinha.
_"Vamos guardar pra comer depois tá bom", falei e Daisy como toda criança não curtiu muito não poder se deliciar com os doces que havia ganhado, "Vou preparar o jantar tá bom? Vamos me ajudar?", pedi e Daisy deu um pulo agora animada, Daisy adorava me ajudar na cozinha.

Ela saiu correndo para fora do salão, foi na direção da escada pra subirmos pra cozinha.
_"Eu vou fazer uma stream então tá?", Vinnie disse e eu assenti, "Vou fazer com a câmera desligada", Vinnie disse como se eu me preocupasse com isso, mais não estava e não queria mais ligar pra isso, era a minha vida, eu estava cansada de fingir pra não parecer jogada de marketing, nós sabíamos que a separação não tinha sido então era o que importava.
_"Pode fazer ligada", falei.
_"Vão reconhecer que eu estou aqui", Vinnie disse e eu olhei pra ele quieta e ele me analisou.
_"O que aconteceu? Não está mais nem aí né?", ele perguntou me puxando pra ele pra que me sentasse em seu colo.
_"Só tô cansada de não fazer as coisas por medo, eu te quis de volta, nós decidimos voltar, ninguém tem nada a ver com isso, é a minha, a nossa vida", falei, era nítido ver que foi minha mãe me lembrar sobre o que eu tinha prometido ao meu pai antes de morrer me fez virar uma chavinha.
_"Você tá tão...", Vinnie procurava uma palavra pra descrever, "como é que dizem? Empoderada", Vinnie disse e eu sorri por ver que ele achava isso, eu me sentia assim, mais autossuficiente, a separação me fez isso. Lógico que ter Vinnie ao meu lado era o que eu queria com todas as minhas forças e me fazia bem, mais não vivia mais em função apenas dele, não me sentia mais dependente emocional, assim como também não dependia de aprovação da internet.

_"Faz como você se sentir bem", falei.
_"Vou fazer desligada por ter combinado com Túlio", ele disse e eu assenti.
_"Te amo", falei e dei um selinho em Vinnie.
_"Também te amo, mais que tudo", ele respondeu e senti a mão dele acariciar minha barriga, suspirei fundo.
_"Não enrola aqui, vou te esperar pra jantar", falei e ele assentiu, o beijei de novo agora um beijo real, mais intenso e bom do que um simples selinho, Vinnie o correspondeu até parar bruscamente o beijo, o analisei e ele comprimiu os lábios, "o que foi?", perguntei.
_"Nada", ele disse, ele mentia era óbvio, ele olhou pra tela do computador e eu pensei por alguns segundos, ele não fazia isso, nossos beijos intensos tinham sempre intenções de sexo e eu estava grávida, eu já tinha ideia do que poderia estar passando na cabeça dele, já aconteceu outra vez, na gravidez de Daisy, Vinnie e suas paranóias, o pau dele era grande mais não a ponto de tocar tão fundo no meu útero pra acabar prejudicando o bebê.

_"Não", falei e Vinnie me olhou confuso.
_"Não o que?", ele perguntou.
_"Mommy, come here", ouvi Daisy gritar lá de cima e me levantei do colo dele pra subir.
_"Você não inventa essas paranóias", falei e ele segurou um sorriso, mais ele já estava criando as paranóias, mais eu sabia que seria igual como foi com Daisy, depois da primeira transa que viu que não tinha perigo nós voltamos às atividades normalmente ou até mais já que gravidez mexia mais com minha libido, eu admitia que sentia mais tesao, tanto quando menstruava e na gravidez.
_"Linda, a gente acabou de descobrir, vai que...", Vinnie falou e Daisy gritou novamente e eu neguei com a cabeça pra Vinnie parar de besteira, eu tinha que subir antes que Daisy botasse a cozinha a baixo, era perigoso a deixá-la sem supervisão lá em cima.

Subi e encontrei Daisy surpreendentemente quieta sentadinha na cadeira na sala de jantar.
_"Desculpe estava conversando com seu pai", falei.
_"Estavam 'bigando'?", Daisy perguntou com um olhar um pouco chateada.
_"Não amor", falei, fiquei surpresa com a pergunta, era óbvio que esses meses de turbulência a deixou chateada e consequentemente com medo que algo assim repita, "Estava fazendo um carinho no papai", falei e ela sorriu feliz com a resposta, Daisy precisava ter a certeza que os tempos difíceis tinham finalmente ficado pra trás e daqui pra frente seria só felicidade, não contaríamos ainda sobre a gravidez, Daisy contarias as professoras como ela contava que eu e o pai dela tínhamos feito as pazes, era algo pra se duvidar, ela só uma criança falando, podia achar apenas por nós ver conversando, agora gravidez, se ela contasse iriam querer saber o por que ela afirmava algo assim, seria mais difícil, ainda mais que eu queria esperar o bebê crescer um pouquinho mais pra anunciar, Deus me livre anunciar antes e acabar acontecendo algo ruim, era minha terceira gravidez então eu precisava tentar fazer as coisas certas dessa vez.
_"Você ainda ama ele né?", Daisy perguntou e eu abaixei na frente dela pra falar olhando nos olhos dela.

_"Deixa eu te contar uma coisa? Eu e o papai passamos um tempinho brigados né?", perguntei.
_"Sim, foi muito chato", Daisy disse, foi mesmo chato pra ela já que ela preferia ficar com a minha mãe do que vim pra casa e não encontrar Vinnie, e quando estava em casa sem ele era uma criança mais introspectiva, agora Daisy parecia tão mais contente, feliz.
_"Sim, foi mesmo, como você é o Theo, vocês brigam né?", brigavam muito, "Nós brigamos como você quando briga com o Theo e fica um tempinho longe dele sabe?", falei e ela assentiu, tudo bem que as brigas dela e Theo duravam minutos apenas e logo estavam brincando novamente, "Mais no fim vocês fazem as pazes né? Você não continua amando ele mesmo brigando?", perguntei e Daisy pensou por alguns segundos e assentiu.
_"Amo", ela disse.
_"É como eu e seu pai, brigamos nesses meses passados, ficamos um tempo longe, mais ainda nos amamos e fizemos as pazes", falei, torcia pra ter sido uma boa explicação.
_"Mais eu e o Theo não nos beijamos", ela disse e eu levantei num pulo pra mudar de assunto.
_"Não mesmo, ao gente grande faz isso, voce só vai fazer depois dos 18 anos tá meu amor?", perguntei dando a volta na bancada.
_"Ta bom mamãe", ela disse me seguindo, era fofo a inocência dela.

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Talvez amanhã tenha maratona 💋

❤️❤️

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