Bullying

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- O cyber bullying não é brincadeira

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- O cyber bullying não é brincadeira. - Escutamos a diretora começar um discurso idiota no refeitório. - Enviar uma mensagem cruel a alguém online pode ser tão doloroso quanto dizer isso na cara da pessoa.

- Essa mulher me irrita. - Maggie diz, concordo com a cabeça.

Ela continua - Não vou citar nomes, mas outro dia uma mãe me ligou porque o filho dela estava chorando depois que algumas crianças zombaram de sua deformidade facial online.

Imediatamente todos olham para ele, ela não poderia ter deixado mais óbvio.

Maggie fecha seus punhos, se segurando. Eli tampa o seu rosto e Miguel e Demitri o olham com pena. Eu não sabia o que fazer, eu queria ajudá-lo, mas como? Vejo que sua mão tremia em cima da mesa e entrelaço o meu dedinho no seu. Eli me encarou por um segundo, em agradecimento, eu apenas esbocei o que deveria ser um sorriso.

"É o garoto ali"
"Deve ser esse do lábio esquisito."
Escuto sussurros atrás de nós. Idiotas.

- Mas hoje, nosso objetivo aqui é tornar essa escola um ambiente seguro para todos os estudantes. - A matraca continua.

- Se estiver cansado do bullying meu Dojô está procurando gente. - Miguel diz.

- É, aham. Ouviu isso, Eli? Um pouco de caratê e você vai botar pra quebrar.

- É sério, Demitri, meu sensei é o cara. E eu tenho certeza que eu consigo desconto pra vocês.

- Por mais legal que pareça, acho que preferimos passar a tarde jogando Crucible Control do que levando soco na cara.

- Eu tô dentro. - Maggie responde - Avisa seu sensei, eu tô dentro.

- Ah, pronto, mais uma. - Demitri lamenta.

- Se vocês não estão cansados, eu estou.

- E você, Kim? - Miguel olha para mim.

- Eu acho legal, mas eu sou... uma bailarina. E a minha imagem... Algumas pessoas me matariam se eu...

- Tudo bem. - Miguel se esforça para não parecer desapontado, mas falha. - Eu e você então, Mags. - Ele estende sua mão e os dois dão um soquinho.

- Qual é o nome do Dojô mesmo? Eu preciso avisar meus pais. - Maggie pega seu celular e começa a anotar.

- É cobra kai.

Cobra kai.
De onde eu conheço esse nome?

- Essa mulher não vai calar a boca? - Pergunto ao ver que a diretora ainda falava.

- Ah, e mais uma coisa. Estamos todos ansiosos pelo baile de halloween, vamos cuidar para que as fantasias sejam sensitivas e respeitem as culturas alheias. Por exemplo, em vez de enfermeira sexy, talvez tentem ser um funcionário de hospital, de gênero neutro, comum.

THE BALLERINA - Cobra KaiWhere stories live. Discover now