Ratatouille

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Cheguei da escola e senti o cheiro de cookies na cozinha

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Cheguei da escola e senti o cheiro de cookies na cozinha. Antes de sequer subir e buscar meu quimono, fui em direção ao cheiro que inundava minha casa. Ao chegar na cozinha, vejo meu pai comendo uns dois cookies, ao mesmo tempo, em uma pressa tremenda, e minha mãe servindo um suco para ele, pedindo para que ele comesse mais devagar. A cena me fez esboçar uma risada, fazendo os mais velhos notarem a minha presença.

— O que fazem em casa a este horário? — Pergunto, me sentando na bancada e pegando um cookie para mim. — Quem vai trabalhar pra bancar essa família?

— Eu estou trabalhando de casa hoje... Já o seu pai...

Minha mãe não termina a frase, pois meu pai pigarreia, se despede brevemente, e sai correndo de casa. Ele mal sequer olhou pra mim.

— Ele não vai me perdoar nunca? — Olho para minha mãe com um olhar machucado.

— Ele precisa de um tempo. Acho que tudo isso trouxe muitas lembranças sobre o seu avô a tona, sabe? Seu pai precisa... Processar as coisas.

— Vocês nunca me explicaram. O lance do meu avô... O que aconteceu entre os dois? Isso não foi tipo, antes de eu sequer nascer?

— É. Foi a muito tempo. Não vale a pena ser mencionado, querida. Esquece isso. — Minha mãe enche um copo com suco de maracujá e me entrega, me deixando mais uma vez com esse assunto pendente— Fiz porque sei que é o seu preferido.

— Obrigada. — Pego o copo e tomo um gole, saboreando cada detalhe. — Se não vou obter nenhuma informação, posso ao menos saber por que papai estava saindo com tanta pressa?

— Ah, sim. LaRusso passou aqui mais cedo. Ele, seu pai e Lawrence bolaram um plano mirabolante para encontrar Robby Keene juntos. Aparentemente eles são as três espiãs demais, na versão masculina, e tem certeza que farão um trabalho melhor que a polícia...

Minha mãe continuou falando, mas meu cérebro parou de processar toda e qualquer palavra depois de escutar o nome do garoto que eu havia, literalmente, ajudado a fugir no dia anterior.

— Robby Keene?! — Me engasgo com o suco e acabo induzindo uma tosse. — Eles estão atrás dele?!

— É. Parece que ele roubou um carro, vão rastrear o veículo ou algo assim...

Uma onda de alívio percorre meu corpo. Ele não tinha mais o carro. — Ah! Uau! Nossa... Isso é muito bom, mãe. De verdade.

— Uhum. — Ela diz, desconfiada. — Enfim, vou voltar a trabalhar. Bom treino, minha delinquente. — A mulher beija o topo da minha cabeça e vai em direção a seu escritório com uma xícara de café na mão.

Mando uma mensagem para Eli e peço para que ele venha me buscar com sua moto. Somente um tempo sozinha com aquele garoto me deixaria em paz no momento.

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THE BALLERINA - Cobra KaiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora