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— O que você tá fazendo, Kim? — Sussurro pra mim mesma enquanto roo as minhas unhas, encaro meu telefone e espero a pessoa do outro lado da linha aparecer

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— O que você tá fazendo, Kim? — Sussurro pra mim mesma enquanto roo as minhas unhas, encaro meu telefone e espero a pessoa do outro lado da linha aparecer.

— Pensei ter deixado claro que não tinha interesse em falar com você. — Finalmente, a voz do garoto surge do outro lado da tela, então levo meu celular até meu ouvido. Eu só não esperava que ele fosse atender assim.

— Foi mal. Eu só... — Ele me interrompe.

— Kim?!

— É... E aí, Robby?

— Eu achei que fosse o LaRusso, desculpa.

— Tudo bem, não é exatamente esperado que eu fizesse qualquer ligação pra você mesmo.

— É.

— Eu só queria dizer que sinto muito. Por... Você sabe... Você ter sido pego e tals. Eu não tive nada a ver com isso, eu juro!

— Eu sei.

— Você... Sabe?

— Eles armaram pra mim, eu sei que não foi você. Tá tudo bem.

— Beleza... E como é aí? — Pergunto em uma tentativa desesperada de não saber o que falar ou quando desligar.

— É um reformatório. É péssimo. — Ele responde simplesmente.

— É, pergunta estúpida. Desculpa. Acho que eu vou desligar, tá? Que bom que você tá bem, na medida do possível.

— Obrigado por ligar, Kim. Eu sei que não somos amigos mas...

— A gente volta a se odiar depois que você sair daí, tá legal? — Brinco, arrancando uma risada dele. — É... Tchau?

— Tchau.

Aham, eu sei. Esse é um daqueles momentos em que eu os devo satisfações. Ok! Vamos lá! Desde ontem, quando descobri que Robby tinha sido pego, a ideia de que ele talvez tenha pensado que eu o dedurei vem martelando a minha cabeça e eu me senti horrível por isso. Como a única maneira de eu saber o que ele estava pensando era falar diretamente com ele e uma visita estava completamente fora de cogitação, eu liguei. Parece estúpido, mas eu só adquiri paz agora. E então, com tudo indo certo, peguei minha mochila empanturrada de coisas e sai de casa, em direção a casa de Eli. Finalmente as visitas para Miguel, desde que ele acordou, foram liberadas, então estávamos indo o mais rápido possível.

— Oi moça, acho que você errou o caminho pra sua casa e acabou estacionando no meu coração... Mas tá tudo bem! Você é bem vinda aqui. — Escuto Eli dizer do lado de fora da janela do meu carro.

— Credo, Eli. Isso é o que um casal de velhinhos predadores diria pra uma moça perdida na estrada em um filme de terror. — Digo, o dando um selinho assim que eu desço do carro para abrir o porta-malas e guardar a caixa que ele segurava.

THE BALLERINA - Cobra KaiWhere stories live. Discover now