— Puta que pariu, Maggie, eu vou me matar na frente daquele velho! — Me jogo em minha cama com a cabeça enterrada em um travesseiro assim que recebemos a notícia de que LaRusso, Lawrence, Robby e meu pai tinham lutado no Cobra Kai depois da confusão na casa dos LaRusso e como um ponto final, decidiram fazer um acordo: Quem fosse campeão do torneio, mantinha o dojô e quem perdesse, fechava suas portas pra sempre.
— Kim... — Ela começa a rir — Não se preocupa, a gente vai ganhar.
— NA FRENTE DELE! — Repito — VOU ME MATAR NA FRENTE DELE!
Maggie se joga em cima de mim, me obrigando a ficar quieta. — São 2 horas da manhã, sua maluca! Sua mãe vai aparecer aqui e vai te matar antes.
Assim que suspiro, assentindo, Maggie tira sua mão da minha boca. — Meu plano foi por água a baixo. — Digo, me sentando na cama.
— Ah é, seu tal plano. O que você pretendia fazer mesmo?
— Eu ia ganhar sozinha. — Digo simplesmente.
— O quê? Como assim?
— Já fiz isso antes. Não precisei daquela professora de dança narcisista pra ganhar, não ia precisar do psicopata do Kreese também... — Suspiro — Eu ia fazer a cabeça de todo mundo, alimentar uns pensamentos intrusivos aqui e ali, provocar um pouco aquele idoso... E no dia do torneio eu daria um fora nele e me inscreveria como não afiliada. Igual Robby fez no Torneio passado. Mas agora, se eu ganhar... e eu vou, esse acordo dos dojôs não vai ser cumprido.
Maggie faz uma careta confusa. — Ué, claro que vai. Você não vai se juntar a nenhum dojô? — Fico em silêncio e apenas dou de ombros, a fazendo abrir a boca e me empurrar de leve — Kim! Nem brinca com isso!
— Não tô brincando, Maggs... Já me sinto uma traidora o suficiente por ter se voltado contra o lado da Tory nessa confusão. Se eu me juntar a um dojô agora... Eu acho que ela nunca me perdoaria.
— Tory fez as escolhas dela. Você não pode ficar se culpando por isso.
— Ah, eu sei. Eu não me culpo. Eu culpo o Kreese, mas...
Antes que Maggie possa responder alguma coisa, escutamos alguém batendo na minha porta e nos ajeitamos em baixo das cobertas para parecer que estávamos indo dormir. — Pode entrar! — Digo, já fingindo um bocejo, porém quando a porta se abre, vejo que não se tratava de minha mãe ou meu pai, e sim Robby, que abria a porta com sua mochila nas costas. Imediatamente saímos de baixo das cobertas, fazendo o garoto rir. — Ah, oi. Chegou agora? — Pergunto.
— Na verdade... Eu tô saindo agora.
— Claro, tem que aproveitar a liberdade condicional, né? — Dou risada.
— Idiota. Eu nem tô em liberdade condicional.— Ele esboça um sorriso que não dura muito tempo no seu rosto. — Na verdade eu tô indo pra valer... Kreese me ofereceu um colchão no Cobra Kai e eu acho melhor que eu aceite... Com toda essa situação.
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THE BALLERINA - Cobra Kai
Fanfiction"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?" Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...