"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?"
Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...
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— Bom dia pai, bom dia mãe, bom dia Johnny! — Cumprimento cada um antes de me sentar a mesa e encher meu copo de suco. Desde que meu pai resolveu ajudar Johnny com o Presas de Águia, eles não se desgrudavam mais. O homem já era praticamente parte da família.
— Bom dia. Bom. uhum. — Lawrence murmura em resposta, enchendo sua boca de pão enquanto meu pai apenas grunhiu algo impossível de entender e virou sua xícara de café, a batendo vazia na mesa.
— Já acordaram de bom humor hoje, pelo visto! — Digo rindo de suas carrancas.
— Eles acordaram cedo pra lixar o deck e levaram bronca do LaRusso que queria usar isso pra "fins educativos" — Minha mãe responde, segurando a risada. — Como ele ainda não foi processado? Que absurdo.
— Pois é, né? Não pense que eu esqueci das figurinhas que você fez quando papai te mandou um vídeo de um grupo de alunos mergulhados no cimento dentro de uma batoneira. — Digo, a encarando com olhos semicerrados.
Minha mãe abre e fecha a boca algumas vezes, inventando alguma desculpa, até ela sorrir abertamente — Você sabe que eu te acho linda de cinza, filha.
— Linda? Ela 'tava horrível com aquele cabelo todo cheio de massa, não tinha um fio que não 'tava duro. — Meu pai diz, fazendo com que os três começassem a gargalhar e contar piadas sobre a situação dos alunos, incluindo a vacina contra raiva que Eli teve que tomar depois de ser mordido por um dos cachorros que Johnny soltou.
— Que vacina mais vagabunda, acho que só fez efeito agora. — Johnny começa a rir de novo, mas sozinho desta vez, porque minha mãe e meu pai ficaram quietos e fizeram uma cara feia.
— Não fala assim, o Eli é um querido. — Minha mãe defende.
— É, perdeu a graça. Vamos trocar de assunto... Já viu as figurinhas da Kim? — Meu pai completa.
— Vocês me odeiam? — Me levanto da mesa rindo e terminando meu suco.
— Você não assiste basquete comigo. — Meu pai dá de ombros, me fazendo abrir a boca ofendida.
— Entendi. — Rio novamente enquanto pego um pacote de bolacha no armário da cozinha e enfio dentro da minha mochila que estava jogada em uma das cadeiras desde ontem. — Vou indo, vejo vocês no dojô! — Digo, saindo dali para mais um retorno das aulas.
— Tá louca, não me vê não! — Minha mãe responde.
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