— PUTA QUE PARIU! — Entro na casa de Miguel e pulo em cima dele assim que o vejo em pé, nos derrubando no chão.
— Calma aí, minhas pernas ainda estão fracas. — Ele diz se levantando e retribuindo o próximo abraço que eu o dei.
Resumindo, seja lá qual for o método de cura de Johnny Lawrence, funcionou. Miguel estava se recuperando a algumas semanas com o auxilio de muletas e agora finalmente ele poderia andar sem elas. Assim que eu soube, vim correndo para a sua casa para ver o milagre com meus próprios olhos.
— Miguel, hijo, por que suas muletas e sua cadeira estão no lixo? — Carmem entra parecendo confusa com uma das muletas nas mãos. — Ah, oi querida! — Ela sorri para mim.
— Oi, tia Carmem! — A cumprimento antes que a abuela entre na casa gritando com Miguel.
— Porque es un abestado e no sabe que las cosas cuestan dinero!
— Mas eu não vou mais precisar! — O garoto se defende.
A senhora pega uma pilha de panfletos e os usa para bater na cabeça de Miguel enquanto o xinga de várias maneiras diferentes.
— Tá bom, tá bom! Me quedaré con la muleta y la silla de ruedas!
— Hum... — Ela para de o bater e olha para mim. — Hola, querida.
— Hola, abuelita! Cómo estás?
Assim iniciei uma conversa muito, muito longa com a senhora. Ela ficou extremamente feliz ao saber que eu estava solteira porque segundo ela, eu era o par perfeito para o seu neto e ele deveria parar de sofrer por garotas problemáticas. Fiquei em silêncio nessa parte, não sei até onde as pessoas concordariam com a parte de eu não ser problemática. Meu psicólogo provavelmente daria risada.
— Já não sei mais se você vêm pra minha casa para me ver ou para ver minha família. — Miguel resmunga quando me arranca do lado das mulheres e me leva para caminhar. Ele queria muito caminhar.
— Como assim, não sabe? — Pergunto parecendo ofendida — É pela sua família, óbvio.
— Ridícula. — Ele começa a rir e vê o horário no seu relógio. — Acho que você tem que ir treinar.
— Ah... tenho. Tem certeza que não vêm junto?
— Não posso abandonar o Johnny...
— Claro, tudo bem. — Abaixei meu tom de voz me lembrando de que eu tinha feito isso. — Eu vou indo então. Quer carona pra aula amanhã? Meu carro vai estar vazio pela primeira vez desde que cheguei aqui.
— Essa frase é mais depressiva do que você fez soar. — Ele diz.
— É, mas é legal não ter ninguém reclamando da minha escolha de playlists.
— Suas playlists são ótimas, quem reclama delas?!
— Somente pessoas insanas.
— Insanamente insanas. — Ele ri — Enfim, valeu pela oferta, mas o Johnny quer me levar amanhã... Ele disse que eu tenho que chegar com estilo ou algo assim.
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THE BALLERINA - Cobra Kai
Fanfiction"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?" Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...