"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?"
Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...
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— Queria passar mais tempo com você. — Eli reclama jogado sobre minha cama enquanto eu saio do banho. — Certeza que vai passar o dia com a Tory? E jantar com o Miguel?
Resumindo, Tory apareceu no dojô depois de muito tempo e pediu desculpas por ter sumido e nunca mais ter respondido minhas mensagens. Ela me convidou para sair com ela e eu aceitei. Quanto ao Miguel, fazia um bom tempo que eu não o visitava e pensei que ele precisasse de companhia.
— A gente vai passar o dia inteiro amanhã juntos no fliperama, Eli.
— Aqueles panacas vão estar junto.
— Você me deixa em casa amanhã e a gente assiste um filme. Pode ser?
— Se é a única opção. — Ele suspira dramaticamente. — Comprei uma coisa. Eu te mostro amanhã, é especial.
— Você não vai me deixar curiosa, vai? — Me jogo do seu lado na cama, já vestida.
— Culpa sua. — Ele ri — Ainda preciso te contar uma coisa... Promete não me achar maluco?
— Depende. — Faço ar de riso e vou até minha penteadeira escovar meu cabelo, mas vejo sua feição mudar ao passo de que o garoto realmente parecia nervoso.
— Lembra que... — Eli começa a falar, mas é interrompido pelo som do meu celular tocando. — Número desconhecido, vai atender?
— Pode ser uma proposta de publicidade, atende e coloca no viva voz pra mim? — Pergunto enquanto aplico creme nos fios do meu cabelo. Eli assente e deixa o celular na beirada da cama com o microfone virado em minha direção.
— Alô? — Pergunto.
— Kim? Você não vai acreditar em quem veio me visitar. — A voz de Robby soa do outro lado da linha me pegando completamente desprevenida. Com todas as confusões recentes, eu tinha esquecido de falar com Eli sobre Robby e agora, fora de contexto, ele entenderia tudo errado. Olho para o garoto, que tinha levantado da cama em um pulo.
— Keene? — Eli diz com seu tom de voz ferido me encarando.
— Sim? É... Falcão? — A voz de Robby soa do outro lado da linha. Me levanto, pego meu celular e desligo a chamada.
— Eli...
— Por que Keene está te ligando? — Eli me interrompe com suas palavras arrastando em sua garganta seca.
— Eu...
— Você...?
— Nós somos amigos.
O garoto ri ironicamente enquanto começa a caminhar pelo quarto nervoso. — Amigos?! Ele empurrou o nosso amigo, o amigo de verdade, da escada!
— Foi um acidente!
Eli suspira negando com a cabeça enquanto encara seus próprios pés. — Desde quando? Desde quando você... Tem contato com Keene?
