"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?"
Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...
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— E aí? O que ele disse? — Termino de ajeitar o kimono de Eli enquanto ele me explica o que aconteceu na conversa que ele e Miguel tiveram com Johnny.
Estávamos no meu quarto, ficando prontos para invadir a demonstração do Miyagi-do.
— Ah, um monte de baboseira... Sei lá, acho que ele ficou ofendido.
— Acho que ele e o Robby não se dão muito bem, né? Eu lembro que ele me disse algo assim uma vez... — Me sento na cama, seguida por Eli, que se senta ao meu lado confuso.
— O Sensei te disse isso?
— O Sensei? — Dou risada. — Não, foi o...
E foi nesse momento, olhando para os olhos confusos do meu namorado, que eu me lembrei que nunca tinha explicado o episódio sobre como eu conheci Robby antes de todo o drama começar.
— O Keene? Vocês se conhecem tanto assim? — Pude observar o tom de sua voz mudar.
— O quê? Não, claro que não. — Meu namorado se levanta da cama irritado enquanto eu falo. — Cara, Eli. Não é hora de drama.
Ele ri, com escárnio. — Você disse que vocês mal se conheciam, Kim. Como você explica ele se abrindo sobre o pai dele com você?
Me levanto, ficando de frente pra ele. — Eu vi Keene duas vezes antes daquela festa, tá legal? Na primeira ele me roubou depois de eu ter oferecido carona, na segunda ele prometeu devolver o dinheiro. Ele nunca desabafou comigo, foi uma conversa normal. Não existem nem motivos para que eu deva contar uma coisa tão irrelevante pra você! A gente nem sequer tinha nada na época!
Eli cruza os braços e vira o rosto irritado, ficando em silêncio.
— Sério mesmo? — Solto o ar pelo nariz e balanço a cabeça, sem acreditar na situação. — É impossível que você esteja com ciúmes daquele cara, Eli. Sério, inacreditável.
O garoto volta a olhar para mim, seu maxilar ainda trancado e seus braços cruzados. Ele respira fundo, para então aproveitar o seu suspiro para falar. — Você tem razão. Eu sou muito melhor que ele. — Ele volta a sorrir, e eu faço o meu máximo para não sorrir junto.
— Idiota. Eu estava prestes a te expulsar da minha casa, sabia?
— Você seria incapaz. — Ele dá alguns passos a frente, ficando a distância mínima de mim.
— Vai testando a minha paciência, vai...
— Sabe o que eu queria agora? — Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
— Um remédio anti-stress?
— Quase isso.
— O que é, então?
— Um beijo.
Eli aproxima nossos rostos lentamente, porém assim que nossos lábios se encostam, eu me viro e volto a me sentar na minha cama.
