Second First day of school

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— Seu cabelo vai cair

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— Seu cabelo vai cair. — Minha mãe entra no meu quarto e diz, ao me ver retocando a raiz. — Devia deixar a cor natural, é tão linda. — Ela se senta ao meu lado, meio receosa. — Me lembra minha pequena e perfeita Kimmie— Ela sorri, lembrando meu apelido de infância.

O clima na minha casa não estava exatamente as mil maravilhas.

Resumindo, naquela noite depois do incidente com Miguel, Kreese nos reuniu para dizer que queria continuar nos treinando. A princípio, estranhei a ideia. Tinha escutado tanto sobre os podres daquele cara na minha casa, que mesmo tendo criado afeto por ele, não conseguia confiar em uma palavra que saia da sua boca. Até ele nos fazer enxergar o óbvio.

"Johnny Lawrence fala tanto sobre um Cobra Kai novo, um Cobra Kai diferente. E olha só, o que esse Cobra Kai fez com o amigo de vocês? Diaz mostrou compaixão, demonstrou fraqueza, e pagou por isso. Falcão, por exemplo, perdeu para um nerd fracassado, e Farthald... Chorou? Vocês deveriam ser a elite dessa equipe, mas perderam para um bando de novatos que brincam de lutinha."

Não tive tempo de pensar em como ele tinha essas informações, pois ele continuou falando:

"Eu posso os ensinar a ser fortes de verdade. Eu posso os ensinar o verdadeiro Cobra Kai. Por justiça por Diaz, e para mostrar que uma verdadeira Cobra não perde nunca. Uma verdadeira Cobra não mostra compaixão."

E então, me vi traindo Johnny Lawrence, e me juntando a John Kreese, meu tio não-biológico, em seu antigo novo método de ensino.

Quando meu pai soube por Johnny da decisão dos alunos de continuar treinando com Kreese, e soube que eu estava envolvida, ele ficou furioso. Tivemos uma briga enorme, e desde então, ele sai mais cedo e volta mais tarde, apenas para não precisar encarar sua filha traidora. Eu sabia que ele ficaria assim por pouco tempo e não aguentaria a distância, mas ainda me sentia culpada, mesmo não querendo mudar minha opinião.

Miguel ainda estava em coma. 7 meses. Tempo demais. Os boatos ridículos que tinham se iniciado insinuando que o garoto nunca mais acordaria já começaram a entrar na minha cabeça a este ponto, mas eu ainda tinha esperanças. Eli e eu íamos todos os dias o visitar, até ele ser transferido para a UTI e nos dizerem que somente sua família poderia vê-lo. No entanto, quando podíamos, no tempo limitado que o hospital nos dava, em segredo, líamos todas as novas edições de Força G e Besouro Azul que saíam mensalmente para Miguel. Aparentemente, era o super herói preferido dele, e claro, fazíamos em segredo porque, nas palavras de Eli: "se soubessem, nossa reputação estaria arruinada". Acredito que, se Miguel escuta alguma coisa de onde quer que a mente dele esteja no momento, ele seria grato, então continuei mesmo assim.

E é claro, tem a Aisha.
Como as notícias ruins no Valley parecem ser eternas ultimamente, fazia uma semana que minha amiga tinha ido embora, nos deixando sozinhos nesse mundo escuro e sombrio sem Aisha nele.
A decisão foi dos seus pais, e ela odiou.
Ela foi transferida para um colégio particular, passamos uma semana inteira chorando e se despedindo todos os dias, até chegar o dia em que nos despedimos pela última vez e então eu me via passando na frente da sua casa, que estava a venda.

THE BALLERINA - Cobra KaiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora