"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?"
Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...
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Atualizações: depois de todo o drama, Miguel e Maggie voltaram para o Cobra Kai. Eu não, e é exatamente por isso que estou descendo até minha sala de estar com meu PowerPoint pronto para convencer meus pais de que o caratê é benéfico para mim.
- Senta aí, Senhora Farthald. - Impeço minha mãe de se levantar do sofá.
- Eu só ia beber água.
- Você não vai morrer de desidratação por enquanto, então pode ficar quietinha aí.
Meus pais se olham, e depois olham pra mim.
- O quê você quer? - Meu pai pergunta.
Transmito a tela do meu tablet para a televisão e começo a apresentação, expliquei teatralmente cada um dos slides, fazendo uma reverência no final.
- E aí?
- Não. - Meu pai responde. - Achei que já tinha deixado isso claro.
- E você deixou, papai. Mas não faz sentido, você era um deles, você ganhou troféus, porque seria tão ruim assim que eu aprendesse a me defender?
- Filha... O Cobra Kai é sedutor, ele é uma família, é uma âncora. Ele te puxa, te segura e te rasga até você trocar de pele, como a própria cobra. John Kreese vai tirar sua identidade e te tornar num reflexo da dele.
- John Kreese? Quem é esse?
Meu pai arqueia as sobrancelhas. - Ué.
- Ué. - Respondo.
- O seu sensei...
- Johnny Lawrence?
- Johnny Lawrence reabriu o Cobra Kai?! Tá brincando?! Eu adoro aquele cara! É claro que você pode voltar pro dojô, devia ter me contado isso antes!
- Estava nos slides...
- Johnny Lawrence... Há! Quem diria! Eu mesmo te levo pra aula amanhã!
Sorrio e o abraço confusa - Bom... obrigada, papai.
- E quem disse que eu concordei com isso, bonitinhos?
Meu pai e eu olhamos para minha mãe, fazendo biquinho.
- Você disse que seu amigo se machucou. - Ela diz.
- Minha filha não vai chegar machucada em casa, esse vai ser o outro cara. - Meu pai diz, sorrio assentindo para minha mãe.
- E eu vou separar um momento do dia pra dança, eu até topo aquele treinador vocal que você tinha comentado!
- Tá bom, tá bom. - Minha mãe finalmente cede, e se levanta. - Posso ir?
Assinto. Ela vai para cozinha beber sua água.
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