"Uma bailarina no cobra kai? O que você vai fazer? Nocautear seus inimigos com uma sapatilha de ponta?"
Kim Farthald é um legado. Não sabia até se mudar para certa cidade da California que seu pai um dia fora um Cobra Kai. A garota se vê obrigada a...
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O dia havia chegado.
Hoje decidiríamos de uma vez por todas qual dojô segue em frente e qual fecha suas portas de vez. Passei a manhã me preparando mentalmente para esse momento. Meus pais e Eli, as três pessoas que eu não consegui esconder o segredo por muito tempo, eram os únicos que sabiam que eu ia competir, então estava assustada com o que as pessoas poderiam pensar, mas o meu plano tinha que funcionar.
Tive uma última aula com Silver ontem, e ele me ensinou algo que eu espero nunca precisar usar, nem com o meu maior inimigo. Era baixo, era cruel, e era trapaça.
Discutimos o anúncio do juíz, que pegaria o microfone do apresentador para falar sobre minha troca de direção, e aparentemente ele já tinha deixado tudo certo com a parte do suborno, tudo que eu precisava fazer era alcançar o apresentador antes do juiz ter a chance e pedir para que ele anuncie o nome do Presas de Águia ao invés de Cobra Kai.
Vai dar tudo certo... Eu espero.
— Ok, eu preciso ir agora. Vou acompanhar Johnny e os alunos. — Meu pai diz, colocando sua faixa da sorte em minha cabeça e dando um beijo na minha testa — Boa sorte, minha garotinha corajosa.
— Obrigada, pai. — O abraço antes de o ver entrar no carro. Minha mãe e eu íamos em um carro separado, para que ninguém me visse até o momento que eu fosse anunciada. Seria péssimo ter que lidar com o julgamento de quem não entender o que eu estou fazendo lá, e achar que sou algum tipo de traidora. Sensei Lawrence vai querer me matar por um tempo, eu tenho certeza. Meu pai não entrou em detalhes, mas aparentemente Miguel o encontrou completamente bêbado e machucado em sua casa na noite do baile, e seu humor desde então estava cada vez pior.
— Essa faixa feia estragou as tranças lindas que eu fiz em você. — Minha mãe choraminga, entrando em seu carro.
— Eu preciso de toda a sorte que eu conseguir hoje. — Rio, entrando no carro também. — Eli me mandou mensagem. Parece que a cidade inteira está lá.
— Nada melhor do que assistir adolescentes se batendo e dando piruetas em um final de semana. — Ela nega com a cabeça, coloca seus óculos de sol e parte para o destino.
Quando chegamos, mal conseguimos estacionar. Me apresentei para um dos organizadores, que me deu uma marca e me orientou em que momento deveria entrar. Eu era a última, já que não tinha filiação. Troquei minhas roupas por um quimono preto liso e, com a ajuda de minha mãe, me escondi até que o evento começasse.
"O dia chegou" Escutamos a voz do apresentador anunciar em todas as caixas de som e o público vibrar "Vocês esperaram por muito tempo, mas finalmente estamos aqui"
— Vou me cagar. Eu tô nervosa, você não tá nervosa? — Minha mãe se vira para mim, sacudindo suas mãos de ansiedade.
— Um pouco.
— Um pouco?! Você tá prestes a... Esquece, eu tinha que te deixar calma, né? — Ela respira fundo — Calma.
