Fight - 1/2

3.3K 310 11
                                    

A manhã tinha sido uma zona completa

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

A manhã tinha sido uma zona completa. Meu pai estava correndo de um lado pro outro atrás de sua bandana da sorte, a qual ele parecia ser incapaz de encontrar, e minha mãe fazia o papel de minha empresária, e recebia vários funcionários carregando caixas com alguma entrega para uma publicidade que eu deveria realizar semana que vem. Enquanto minha casa se encontrava de ponta cabeça, eu estava no meu quarto, meditando.

Sim, você não leu errado. Eu realmente disse "meditando".

Aqui vai uma curta explicação: fiz uma participação uma vez em um filme em que o protagonista conhecia um monge. O ator do monge, Harry, virou meu amigo. Ele ficava horas, todos os dias de gravação, completamente alheio ao mundo, praticando meditação em seu camarim, para entrar no personagem. Então, em um belo dia, fiz o que uma pessoa normal não faria: sentei do seu lado e o esperei "acordar" para que eu pudesse dar um susto nele.
Acabou que de algum jeito, ele sentiu que eu estava ali e se jogou em cima de mim, fazendo com que eu fosse a pessoa a levar um susto. Harry começou a tirar sarro de mim e me explicou sobre a meditação, e nos dias seguintes, meditamos juntos. Assim, eu descobri que era um método surpreendentemente efetivo, e comecei a fazer toda vez que eu ficava nervosa.

Eu não estou nervosa hoje.

Sempre fui uma pessoa de muitas dúvidas e inseguranças, mas hoje acordei com uma certeza estampada na minha testa: Kim C. Farthald vai ganhar essa porcaria.

Não só por mim, não só pelo título ou pelo troféu, mas pelo Cobra Kai.

Me maquiei, copiando um delineado super complicado do Pinterest e vesti uma roupa simples Peguei meu kimono na mão, minha mochila e desci até a sala, para esperar meu pai, que apareceu com uma bandana repleta de figuras de referências a bandas de rock em mãos.

— Encontrou? Onde? — Pergunto.

— Sabe aquela gaveta que eu revirei umas... 50 vezes? — Assinto com a cabeça — Sua mãe abriu ela apenas uma vez e encontrou só de bater os olhos.

Começo a rir, enquanto íamos até o carro. — Você facilitou pra ela, pai.

— Óbvio. Se eu tivesse procurado 51 vezes, eu tinha encontrado.

— Sim, claro. — Sorrio, entrando no banco do passageiro e me preparando para colocar a localização de Maggie no GPS, pois iriamos dar carona pra ela.  — Sabe o endereço da Maggie?

— Tenho quase certeza que esse carro já anda sozinho até lá, de tantas vezes que ele fez esse caminho.

— Beleza. — Arrumo minha mochila em meu colo e coloco meu kimono dentro.

— Por que tá levando isso?

— Ué? O Kimono?

— É, você não vai precisar.

— Hum? Como assim?

— Ah, então você ainda não sabe? Esquece o que eu disse... Mas, uma dica: vai combinar com essa mandala que você fez na cara.

THE BALLERINA - Cobra KaiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora