CAPÍTULO 16

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Eu fiquei olhando Dezesseis descer a montanha, eu rosnei de frustração. Era uma porra! Eu não consegui, o chip dela era em branco, mas não se conectou com o de Vinte e Cinco. E ela já era a segunda, o que significava que o chip que eu tinha era mesmo em branco. E dali a algumas horas Adam viria. Eu suspirei e esperei a calma voltar a minha mente. Candid tinha os aparelhos de Bishop eu só precisava ir até o laboratório dele. Como Honest.
Eu tomei um bom gole do uísque de Simple, desceu rasgando e queimando minha garganta mas me ajudou a me focar. Honest viria e eles tentariam me anular, era o que Candid faria, mas eu tinha uma cópia de segurança. o problema era alguém para me despertar quando eles pensassem que resolveram o problema.
Sem Vinte e Cinco eu ficaria perdido no limbo, sem consciência, dormindo.
Eu passei o chip dela em meus lábios, será que Bishop anotou errado? Ele não faria isso!
Será que eu errei? Talvez fosse bom reviver tudo.
Eu apliquei o sedativo em Dezesseis, ela apagou, eu a deitei na minha cama e apertei o chip devagar. Ela acordou e sorriu, eu sorri de volta.
"O que aconteceu?" Ela perguntou, eu fiquei um tempo admirando os olhos dela, eram tão brilhantes!
Eu me sentei ao lado dela na cama e segurei seu queixo, ela sorriu.
"Podemos terminar o que começamos?" Eu perguntei mas não esperei ela responder, eu nem sabia direito quanto tempo ficamos separados, eu estava com muita fome dela, a beijei, não com a delicadeza de antes, mas com a fome e a saudade de todos aqueles anos. Ela se afastou quando eu mordi os lábios lindos e cheios, eu sorri.
"Muito violento?" Ela gostava, mas estava voltando a vida, era confuso, eu sabia.
Ela me beijou como eu a tinha beijado, mordendo meus lábios enfiando a língua na minha boca como se eu fosse dela e ela quisesse deixar isso bem claro. Eu me senti como antes, como só o nosso amor nos mantesse no meio de todo aquele horror e a ajeitei para que ela ficasse debaixo de mim. Ela usava um vestido com um decote bonito, mas é claro que os seios dela expostos seriam muito mais lindos, então eu rasguei o tecido, os seios dela pularam e eu abri a boca com o assombro. Eu nunca fiz sexo com uma humana ou uma fêmea de segunda geração, aqueles seios eram incríveis. Não que eu não amasse os seios pequenos do corpo antigo de Vinte e Cinco, mas aqueles seios ali eram cheios, redondos. Eu pus a mão debaixo de um deles e senti o peso, os mamilos eram rosados e a ponta... Eu lambi aquela pontinha dura, ela gemeu.
"Isso é..." Eu comecei a falar, mas suguei um seio por um tempo me deliciando com a maciez do seio e com a dureza do mamilo.
"Vovó diz que eu puxei a ela e que ela puxou a irmã da vovó Ann que ela pensava que..." Eu ergui as sobrancelhas e me afastei, ela tapou os seios com vergonha.
Não era Vinte e Cinco! Eu, na hora, senti tanta ira que eu queria guinchar o mais alto que eu pudesse enquanto arrancava o máximo de cabelo que eu conseguisse.
Ela me olhava assustada, eu respirei fundo e senti o cheiro da excitação dela. O cheiro me embriagou e eu abri as pernas dela, o vestido rasgado ainda a cobria, eu terminei de rasgar tudo, ela tentou sair da cama.
"Calma! É só que... Esse seu cheiro me deixa muito excitado, olha!" Eu me ajoelhei na cama, ela se sentou contra a cabeceira e abraçou os joelhos. Eu tirei o meu pau pra fora da calça, ela arregalou os olhos.
Ela era uma criança! Algo dentro de mim rosnou, poderia ser Honest? Eu sorri e manipulei meu pau para cima e para baixo, ela seguia meus movimentos com os olhos lindos.
"Eu só queria sentir o gosto, você deixa? Eu não vou penetrar em você." Eu disse, mas era mentira. Ela era linda demais, inocente de um jeitinho sexy, pois era uma fêmea com o corpo feito. E que corpo!
"Você deixa, Dezesseis?" Eu disse praticamente implorando baixinho.
"Eu não sei. Eu tenho medo." Ela disse.
"Do prazer? Por que é só isso que você vai sentir." Eu puxei o pé dela, tentando fazê-la se deitar de costas, ela puxou o pé de volta e me encarou.
"Você não disse o que aconteceu. Eu senti uma picada e acordei nessa cama. O que você fez?" Ela rosnou.
E eu fiquei olhando para ela, meu pau até amoleceu um pouco, eu não podia contar a ela. E ela pensava que eu era Honest.
Ela pensava que eu era Honest! Eu sorri, ela fechou a cara, ela era adoravelmente feroz.
"Eu a queria aqui na minha cama. Eu queria enfiar meu pau em você e entrar e sair, entrar e sair com força nessa sua bucetinha virgem. Eu ia romper seu selinho, eu ia tocar o seu útero com a ponta do meu pau, com isso aqui." Eu alisei a ponta do meu pau, ela ficou vermelha com as minhas palavras. Uma gota de lubrificação saiu, ela se aproximou.
"Isso é a sua semente?" Eu sorri, ela era inocente demais.
"Não." Eu espalhei o pré sêmen por toda a cabeça do meu pau, ela abriu a boca eu guinchei baixo.
"É pra lubrificar. Você precisa estar bem molhada para que o meu pau entre em você." Eu disse, ela estendeu a mão e colocou a ponta do dedo sobre a cabeça do meu pau e retirou.
"É liso." Ela disse e minha cabeça começou a doer. Honest. Mas eu não iria conseguir levar aquilo ao final, por mais tesão que eu sentisse. Ela era tão inocente! Um dia, ela teria de aprender aquelas coisas, mas teria de ser por ela querer e a postura de medo dela mostrava que ela não estava pronta. Eu não podia fazer isso.
"Você não quer, não é?" Eu disse, ela olhou para as mãos.
"Eu não sei." Ela tentou arrumar o decote do vestido, eu me arrependi do que eu fiz. Eu não era diferente dos humanos que nos caçaram. Dos humanos que mataram Vinte e Cinco.
Eu peguei uma camiseta e uma calça de moletom coloquei na cama e saí do quarto. Eu a esperei na sala, ela saiu vestindo a minha roupa eu segurei a mãozinha dela.
"Você me perdoa, Dezesseis?" Eu perguntei, ela me beijou nos lábios, ainda sem experiência, eu a abracei e aprofundei o beijo mas não demais, ela se afastou.
"Íris. Me chame de Íris." E quando ela disse o nome minha cabeça doeu de uma forma que nunca havia doído. Eu fechei os olhos, era como se meu crânio estivesse sendo rachado por um machado.
"Honest?" Ela me chamou, eu a ouvi de muito longe.
"Eu vou chamar o Candid." Ela disse procurando um telefone, eu consegui fingir que não doía tanto e sorri. Foi uma careta,mas ela me olhou.
"Não precisa. Eu estou bem." Ela se aproximou e eu me afastei.
"Íris... É o seu nome agora?" Ele parecia querer saber isso, a dor diminuiu um pouco.
"Ainda não. Eu até gosto de Dezesseis, mas eu quero que você me chame de Íris. Será o meu nome para você, só pra você." Ela sorriu e eu senti Honest vindo, a vontade dele estava crescendo, eu me levantei, ela me olhava com curiosidade nos olhos.
"Eu a trouxe aqui, não você. Você nunca conseguiria, por que você é um chato sem senso de humor, um idiota que não sabe lidar com uma mulher inteligente. Você sabe que Elsie queria Candid, não é? Assim como Lunna. Você é só muito parecido com seus irmãos, todas querem eles, nenhuma delas quer você. Recue, ou eu a faço minha aqui e agora. Sabe que eu posso, não sabe? Recue. Amanhã você estará no comando do corpo, eu juro."
Eu disse em minha mente. Eu não conseguiria impedí-lo de ter o controle, mas ele não tinha de saber disso. É claro que ele recuou, minha visão se limpou e a dor começou a diminuir.
"Honest? Está mesmo bem?" Ela perguntou tocando meu rosto eu beijei o dedo dela, ela sorriu.
"Eu estou bem, Íris." Ela sorriu um lindo sorriso, tão lindo que eu a beijei, dessa vez mostrando meu desejo por ela na forma como eu chupei seus lábios deliciosos. Ela alisou meus cabelos eu a suspendi, ela abriu as pernas e as passou por meus quadris. Ela era quente de uma forma natural, ela era... Meu coração estava disparado, mas eu prometi não tomá-la e não faria isso. Ela se esfregava em mim, eu a apertei contra meu pau, ela se esfregou nele quando nossas virilhas se encaixaram. Eu a apertei, ela rosnou na minha boca e se esfregou. Os tecidos da minha calça e da dela estavam no meio, mas ainda assim estava gostoso, eu podia sentir que ela estava toda molhada. Eu a ajeitei e apertei, ela começou a se esfregar para cima e para baixo, eu só a sustentei enquanto beijava a boca deliciosa dela.
"Eu não sei o que é isso, eu..." Ela me apertou com força, suas garras perfuraram minhas costas e ela mordeu minha boca, enquanto convulsionava nos meus braços. Eu aguentei firme, tudo em mim pedia para jogá-la no sofá e entrar nela com força por trás, mas eu aguentei. Ela desceu as pernas, ficou de pé, ela era alta como as Espécies, linda, perfeita.
"Eu..." Ela olhou para baixo, eu ergui o queixo dela.
"Teria sido delicioso sentir sua buceta convulsionando de prazer em volta do meu pau. Mas assim também foi bom." Ela sorriu e olhou para a minha virilha. Meu pau esticava a calça eu era orgulhoso do tamanho dele, ela olhava admirada.
"Eu só preciso de tempo." Ela disse decidida. Eu sorri da firmeza dela e da humildade que demonstrou por admitir que não sabia nada sobre sexo.
"Você se toca, Íris? No meio das pernas?" Eu perguntei, ela sorriu.
"Sim, mas nunca foi... Nunca foi assim." Eu assenti.
"Há muitas formas de se dar prazer, Íris. Hoje eu vou te ensinar uma, em outro momento eu ensinarei outra, você quer?" Eu perguntei, ela sorriu e acenou.
Eu mostrei como ela podia vibrar os dedos sobre seu clitóris movimentando todos os músculos da vulva, ela prometeu que tentaria.
E com isso ela me deu um último beijo, um delicioso beijo onde eu quase não a deixei ir e Dezesseis, agora, Íris, só pra mim aliás, desceu a montanha. Eu nunca tinha visto uma Íris, pelo menos eu não sabia como uma Íris era. Eu abri o laptop de Honest e pesquisei e sorri. A Íris na verdade era uma planta que floria. Essa planta tinha muitas versões, as flores podiam ter cores variadas, eu gostei mais de uma que tinha uma cor de lavanda e parecia um pouco com uma orquídea. Eu suspirei, Dezesseis era especial.
Eu olhei para o céu a lua estava quase sumindo e suspirei. Deu tudo errado e eu descobri que Honest ainda era um problema. Eu não ligava para esse corpo, eu não queria era morrer. Eu me preparei para ir para o nada, me deitei e fechei os olhos, mas minha mente não estava calma o suficiente.
Bishop não errava. Ele tinha uma coleção de Chips, todos numerados. Ele tinha anotações que ficavam a vista, dessa vez eram revistas de quadrinhos. Ele marcava as letras dos diálogos dos heróis e vilões e tudo estava lá a vista. E o Chip número três, zero, sete era outro código em número onde o três significava primata, o zero a importância e o sete era o nome dela, ou seja Vinte e Cinco, já que dois mais cinco era igual a sete.
Meu chip era o de número três, um, três. Eu era primata, rendia uma renda para eles nas caçadas então minha relevância era um e meu nome era doze, um mais dois igual a três.
O chip estava certo, Dezesseis tinha um chip em seu cérebro, isso estava bem claro nas anotações dele, o que deu errado?

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