CAPÍTULO 27

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Uma semana tinha se passado desde a grande notícia, eu estava ainda esperando a ficha cair, como os humanos diziam. Grávida! Eu me sentia enjoada de manhã, mas assim que eu comia alguma coisa, de preferência uma fruta gelada e eu melhorava, aí era a hora da carne. Eu estava comendo grandes bifes e só parava quando não tinha mais forças para mastigar.
Gabriel disse que era normal, que eu deveria mesmo comer, por causa da espécie de meu bebê. Ele os chamava de Quimera. Fazia sentido e esse nome foi dado por Flora, quando ela era pequenininha e escreveu uma história sobre uma quimera e o deu para Silent.
Eu estava encantada com eles! Silent e Sunny traziam caça para mim, às vezes era Nove quem caçava, ele estava mais distante, mas os três estavam muito empolgados com a gravidez.
Eu tinha contado que não era um bebê de Nove, que era de Nove, o pai, como eles o chamavam, Silent disse apenas que eu era a fêmea certa para ter um filhote dele, pois enquanto Nove, o pai, era mau, eu era boa. Silent disse que meu filhote era um sortudo, eu deixei uma lágrima escapar quando ele disse isso. Emma estava incumbida de me fazer sobremesas, ela e Elizabeth estavam começando um negócio de sobremesas, elas tiveram que parar quando o bebê de Elizabeth, Joshua, outro vindo da salada de frutas nasceu e agora tinham retomado. Cada dia, Sunny trazia um doce diferente, cada um melhor que o outro.
Eu passei esse dia com as fêmeas que vieram de Homeland me ver, eu tinha de ficar na Reserva, Gabriel seria nosso médico, Honest e Candid estavam fora, não sabíamos onde eles tinham ido. Eu não vi Honest depois daquele dia, o dia em que descobrimos que a aposta terminou em empate. Eu orava toda noite a Deus para que ele estivesse bem.
A noite chegou e eu resolvi ficar no meu apartamento, eu só ia comer e me deitar.
Sunny tinha trazido comida mais cedo, a carne estava pronta, temperada, eu só tinha de passar na frigideira, mas eu estava com um pouco de preguiça. Eu pensei em ligar para o refeitório, mas quando peguei no telefone a porta se abriu e Nove entrou. Eu ergui uma sobrancelha, ele entrou sem bater, mas ele não pareceu notar que eu o questionei sobre isso, ele foi até a cozinha e ligou o fogão.
"Boa noite." Eu disse, ele acenou.
"Por que ainda não comeu?" Ele perguntou, eu sorri.
"Preguiça. Eu ia ligar para o refeitório."
"Mas essa carne é fresca, foi caçada hoje de manhã, no refeitório não pode haver algo como isso nos estoques deles." Eu dei de ombros.
"Eu estou um tanto quanto preguiçosa. Acho que daqui a alguns meses vão ter de me dar comida na boca." Eu disse tentando brincar, ele olhou para a minha boca, eu passei a língua sobre meus lábios, ele rosnou.
"Eu farei isso." Ele disse muito sério.
A carne ficou pronta, eu me sentei na bancada, perguntei se ele ia comer comigo, ele negou com a cabeça. Eu comi toda a carne, ele sorriu.
"Você me ofereceu comida só por educação?" Eu ri, ele tocou meu rosto com a pontinha do dedo.
"Não pode passar da hora de comer e não pode ficar sem comer. Tem de ficar forte." Ele disse pegando o meu prato e levando para a pia. Eu fiquei olhando as costas dele, Nove era tão grande! Tão forte!
"Como Quinze pode te vencer?" Eu perguntei, ele sorriu um sorriso estranho, como se risse de algo que só ele sabia e me pegou no colo.
"Quinze luta pra valer, eu não o machucaria de verdade." Ele explicou.
"Precisa de sono de qualidade também, você fica rolando na cama até o sono vir, deve ser por que fica pensando demais."
Eu tinha a impressão de que às vezes eu era observada, então, era ele.
"Você fica me observando? De onde?" Eu não o sentia, nem pelo cheiro, nem com os meus ouvidos.
"De longe." Ele disse me colocando na cama.
Eu alisei o rosto barbado dele, me lembrando que diziam que ele tinha de se raspar, que ele ficava com os braços, pernas e costas bem peludos se não fizesse isso.
"Você se barbeou hoje?" Eu alisei os braços dele, estavam lisos, com uma penugem muito ralinha nos antebraços.
"Eu tenho de me barbear todos os dias. Sou peludo." Ele disse pegando minha mão e cheirando.
"Meu bebê vai ser assim também?" Eu perguntei e ele sorriu. Eu o puxei para a cama, ele se deitou eu fiquei sobre ele.
"Sim. Vai." Ele disse com os olhos tristes, eu resolvi não tocar nesse assunto com ele, afinal o bebê não era dele.
Eu me aconcheguei sobre o imenso corpo dele, ele alisou minhas costas eu decidi que não ia ir atrás de Nove, o pai, eu tinha Nove, o bom e doce, por que iria querer Nove, o pai, o selvagem?
Eu ergui minha cabeça e ia beijá-lo, ele desviou o rosto.
"Você não quer?" Eu me senti mal. Ele podia não me querer, eu estava grávida do pai dele! Eu me lembrei de quando estávamos no quarto dele, na casa de Honor e ele tirou a roupa. O pênis bem proporcional dele estava flácido. Ele disse que não podia.
Eu voltei a colocar minha bochecha sobre o peito dele, mas eu não era uma menina boazinha, eu tinha de ver se ele não se sentia atraído por mim. Eu alisei o lado de seu corpo e desci a mão por sua barriga, mas não cheguei onde queria, ele segurou minha mão.
"Você... Eu..." Eu não consegui falar, eu estava sendo rejeitada e era ruim.
"Eu estou excitado, Breeze. Não deve me tocar, ou toda a minha boa intenção vai por água abaixo." Eu o encarei e os olhos diferentes dele estavam límpidos, quentes.
"O que pretendia ao vir aqui?"
"Te fazer comer e ficar até você dormir. Sem ficar virando na cama de um lado a outro." Ele disse me olhando ora nos olhos, ora na minha boca.
"Se eu ficasse cansada, eu dormiria como uma pedra." Eu disse com um sorriso, ele assentiu.
"Eu sei." Eu ia perguntar como ele sabia, ele me tomou a boca e eu esqueci o que ia dizer ou sobre o que conversávamos. Os lábios cheios se esfregavam nos meus, era um beijo meio casto meio provocativo.
Ele alisou minhas costas e apertou minhas nádegas, eu abri minhas pernas e as passei pelos quadris dele o vulto de seu pênis ficou bem onde era mais gostoso.
"Breeze... Eu não poderia ir devagar." Ele disse eu enfiei a língua na boca dele, ele chupou a pontinha da minha língua, eu rosnei.
"Não devia ter vindo aqui então." Eu disse descendo meus lábios para o pescoço forte e mordendo um ombro dele sobre a camiseta. Ele se sentou, me fazendo sentar sobre ele com as pernas abertas, eu tomei a boca dele de novo. Nós beijamos enquanto ele rasgou a camisola de algodão simples e a calcinha que eu vestia. Eu me ergui deixando um seio no rumo da boca dele, Nove lambeu o seio algumas vezes até que começou a sugar como se eu tivesse leite.
"Quando estiver produzindo leite..." Eu sorri, ele me beijou, mas ele estava triste.
"Por que está triste?" Eu perguntei, ele balançou a cabeça.
"Eu não estou triste. Não há tristeza que possa chegar até mim enquanto eu estiver dentro de você." Ele disse, abriu o jeans, puxou o pênis para fora, eu suspendi meu corpo e desci sobre seu pênis e entendi o que ele queria dizer. Por que aquela situação era estranha, ele quase não falava comigo, mas não havia estranheza com ele dentro de mim, só a certeza de que aquilo era tudo o que eu precisava.
Ele me beijou os olhos, a testa e a boca de leve, mas quando eu rebolei sobre ele, totalmente preenchida por sua carne grossa dura e pulsante, não deu mais para sermos delicados. Fomos como sempre fomos, selvagens. Muitas mordidas, rosnados, lambidas e chupadas, tudo isso em meio ao meu corpo subindo e descendo sobre seu pênis, tudo muito quente, muito intenso. E ele rugiu quando gozamos juntos, eu uivei. Ele inchou e só aí eu me toquei de que ele era Nove, o bom, não Nove, o pai. Algo dentro de mim se partiu e eu fiquei ansiosa para sair de cima dele.
Seu pênis desinchou, eu saí do colo dele, ele me encarou, seu pênis estava duro pronto para uma noite inteira, mas algo me fez sair da cama.
"Você não gostou por eu ter inchado? Não acontece muito, eu juro." Ele disse, eu senti vontade de chorar, mas eu não podia magoá-lo. Ele estava ali, Nove, o pai, não.
"Eu sou canina, não ligo para o inchaço. É só que a gravidez está cobrando seu preço, só isso. Eu estou mais..." Eu não queria dizer que não dava para compartilhar sexo com ele pensando no pai dele, então não terminei de falar.
"Vem cá." Ele abriu os braços, eu sorri, ele estava meio vestido.
"Você está meio vestido." Ele riu e eu ri junto, e foi isso, enquanto eu ria eu decidi por pegar o que estava a mão, não o que eu não podia ter.
Ele tirou as roupas, eu voltei para a cama, ele me abraçou de conchinha, seu pênis duro tocando minha bunda, eu abri uma perna e o ajeitei na minha entrada, ele entrou com um rosnado longo que só acabou quando ele chegou no fundo da minha vagina. Ele se moveu, eu me toquei, ficamos de lado nos movendo rápido e com força a cama começou a balançar, até que ele aumentou o ritmo e a força e o gozo veio de explodir a mente, eu gritei, ele uivou.
Dessa vez, ele não inchou, eu suspirei.
"Cansei você?" Eu puxei os braços dele para me apertarem, fiquei alisando os antebraços fortes dele e disse:
"Sim."
"Então durma, minha brisa. Durma e encarne seu nome no mundo dos sonhos, me envolva com sua essência leve, dance diante dos meus olhos e talvez eu consiga descansar."

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