CAPÍTULO 67

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Gabriel dormia um sono profundo e eu o olhava, era uma coisa nova para mim ficar admirada por um macho, ou obsecada, que era o mais próximo do que eu sentia.
Por que eu adorava esses momentos! Quando ele estava dormindo, totalmente relaxado. Era ele ali, apenas um macho humano. Mais forte que os humanos, maior que a maioria, mas um humano.
Um humano lindo. É claro que a cada dia ele parecia mais bonito e isso era o sinal de que eu estava apaixonada, mas ele era bonito independentemente dos meus sentimentos. O rosto perfeito, os lábios bem feitos. Seu nariz era reto e havia um pequeno desvio para a esquerda, muito pequeno, mas isso conferia ainda mais beleza. As sobrancelhas não eram nem finas, nem grossas demais, loiras. Os cílios eram compridos e abundantes como os das fêmeas. A única coisa mais bonita que seu rosto dormindo era seu rosto acordado por causa dos impressionantes olhos azuis.
Eu poderia passar o dia todo ali, naquele exame e com certeza encontraria algo novo naquele rosto, algo que me faria admirá-lo ainda mais.
Pollyana se mexeu e eu tive de me levantar e ir ao banheiro. Eu tomei um banho também e lavei meu cabelo. Quando saí do banheiro enrolada numa toalha eu ouvi alguém no viveiro dos porquinhos da índia de Livie e saí de toalha mesmo pisando leve.
Gabriel levava o trabalho de cuidar dos porquinhos bem a sério, ainda que seu amor pelos pestinhas que os roubavam o fazia não delatá-los para seus pais. Ele cuidava deles como uma forma de agradar Livie.
"Marble?" Eu sussurrei, Gabriel ainda dormiria por mais uma hora talvez e eu poderia resolver isso. Ele tinha um rígido controle de seu sono, era até meio estranho. Ele me contou que antes dormia uma vez por mês, no dia anterior a aplicação a fórmula que lhe permitia continuar vivo. Agora ele podia ficar acordado por uns três ou quatro dias, mas como eu dormia todo dia ele iria se adequar a mim. E se adequou. Ele dormia por umas quatro horas todos os dias.
O macho estava mexendo no quadro que Gabriel afixou na entrada do viveiro, ele passava acetona na placa para desmanchar o número que estava escrito ali.
"Eu não queria mas..." Ele disse quando me viu. Eu olhei para o chão e vi um saco daqueles de batatas com a boca amarrada. Eu arregalei os olhos, ele estava roubando os porquinhos da índia!
Eu me abaixei, a toalha se soltou, mas minha raiva foi tal que eu não liguei, eu peguei o saco e o segurei contra meu corpo. Os porquinhos se mexiam lá dentro foi desconfortável.
Um rosnado atrás de mim foi ouvido e eu senti medo.
"Olha, eu posso explicar, Gabriel." Marble disse, mas Gabriel se jogou sobre ele e eu larguei o saco dos porquinhos no chão e tentei separar os dois. Afinal eram só porquinhos da índia, eles se multiplicavam mais rápido que dava para contá-los.
Gabriel deu um soco na cara de Marble, o macho rosnou e o socou de volta, Gabriel lhe arranhou o rosto.
"Parem!" Eu gritei, Gabriel olhou para mim, Marble o chutou, Gabriel lhe segurou a perna e torceu, eu gritei de novo para pararem.
"Vista-se" Gabriel rosnou e só então eu vi que a toalha estava no chão. Eu peguei a toalha me sentindo mal por enrolá-la suja em meu corpo, mas eu fiz.
Gabriel jogou Marble longe e rugiu, eu estava muito assustada.
"Pare com isso, por favor!" Eu pedi. Ele me encarou, seus olhos estavam frios, maus.
"São só porquinhos da índia!" Eu disse. Ele piscou.
"Eu disse que eu posso explicar, Gabriel. Ela veio para fora de toalha. Eu nem toquei nela! Ela cheira como sua, porra! Eu nem olhei direito para ela! Eu sou grato a você, eu nunca tocaria no que é seu." Gabriel estreitou os olhos, ele parecia estar fazendo um grande esforço para se controlar, ele tinha as mãos fechadas em punhos.
"Vá embora." Ele disse rosnando, seus músculos pareciam maiores, ele só vestia um short de dormir.
Marble olhou para o saco dos porquinhos, Gabriel rosnou, ele se virou e correu.
Eu olhei para ele, Gabriel tinha até as narinas abertas, ele veio até mim e me beijou com força, eu me acendi na hora, eu pus minhas mãos em seus cabelos dourados, mas ele não queria carinho. Gabriel me colocou de quatro, com uma certa rudeza, até para ele, eu deixei, estava toda molhada e minha buceta latejava. Ele entrou em mim por trás num único movimento, chegou a ser um pouco dolorido. Gabriel me mordeu o ombro, eu estava totalmente a mercê dele, ali fora em frente a porta do viveiro dos porquinhos da índia de Livie. Ele começou a se mexer com força, rosnando, eu fechei os olhos por que fui sacudida por uma onda de prazer muito forte. Ele continuou rosnando, metendo em mim com força e quando ia gozar, ele tirou o pênis e derramou sua semente em minha bunda, costas e pernas. Ele rugiu enquanto fazia isso. Eu só fiquei lá, eu não tinha gozado. Ele me pegou no colo, me levou para a cabana, me jogou na cama e me penetrou, ainda de forma brusca e com violência, mas dessa vez eu vi nos olhos dele que eu gozaria.
E foi o que aconteceu e nem demorou muito, ele estocava rapidamente, entrando e logo saindo, eu senti o gozo vindo, apertei minha buceta, ele sentiu e me beijou com força. Eu gozei com a minha boca presa a dele, meu grito ficou preso. Ele me prensou contra o colchão, me imobilizou e as ondas de prazer pareceram ficar presas em meu corpo, eu queria gritar e me contorcer, mas não pude. Nem fechei os olhos por que estava presa no azul dos dele. Meu coração pareceu explodir, o clímax passou, eu amoleci toda. Gabriel rosnou baixo.
"Ninguém toca em você." Ele disse, e pela primeira vez desde que entrei naquela mesma cabana com Candid eu senti que ele era perigoso. E algo dentro de mim cresceu. Era para eu dizer que o corpo era meu e se eu quisesse outro macho iria sim tocar, mas eu não queria.
E toda aquela história de machos e fêmeas de primeira geração não poderem se vincular por causa do empoderamento das fêmeas e da possessividade dos machos se tornou uma grande bobeira para mim.
Por que eu não queria o toque de outro macho. Ele podia rugir e sair batendo em todos, não era isso que me faria ser tocada apenas por ele, era o fato de que eu só queria o toque dele.
Bastava o vínculo!
É claro que eu deixaria isso bem claro para ele, mas eu gostei dessa demonstração de selvageria.

Oi, queridas!
Esse capítulo ficou curtindo por que não vou poder escrever no fim de semana, meu Caçulinha está completando treze aninhos e vocês podem imaginar a correria pra fazer uma festinha para ele.
Então, postei esse mini-capítulo que já estava escrito e aproveito para dizer umas coisas:
A história de Simple vai demorar ainda, então tenham calma.
Minha próxima história será dos filhotes mais velhos, já tenho algumas idéias e se quiserem me ajudar, comentem. Estou pensando em Florest, Salvation e Angel, mas posso mudar, ainda não está fechado.
Honest e Modest, no corpo de Modest, ainda estão dançando em minha cabeça, eu sei o rumo que eu quero tomar, mas aceito sugestões.
Também quero escrever uma história de Nove filho, o Broad. Que tal me indicarem uma fêmea para ele?
No mais desejo a todas um bom final de semana e nos vemos no próximo capítulo.❤️

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