CAPÍTULO 21

158 29 1
                                    

Creek entrou na cabana, eu estava terminando de assar a carne, ela se sentou a mesa em silêncio. Eu continuei em silêncio, afinal ela não estava ali para conversar.
Eu a servi, coloquei o resto no meu prato, me sentei e comi. Ela demorou um pouco para começar a comer, mas acabou comendo. Eu me sentia confortável com ela, ela queria fugir dali.
"Por que eu, Creek? Eu não acredito que você se importa com a aposta de Candid. Basta arrumar um humano que lhe agrade e terá sua filhotinha. Eu já disse que farei o processo. "
Ela deu de ombros.
"Eu não quero um companheiro, então parece lógico que seja você, alguém por quem eu nunca teria sentimento algum." Ela disse me olhando, talvez para ver o efeito de suas palavras.
"É, faz sentido." Fazia, claro. Um humano poderia ficar atrás dela, ela era um exemplar magnífico de felina.
Eu tomei o resto do leite e ergui as mãos, me oferecendo.
"Quando estiver pronta." Ela se levantou e andou de um lado a outro da cabana.
"Você disse que basta que eu..." Ela disse, eu assenti.
"Você se vira. Eu toco você até que você se molhe, eu entro, gozo e saio. Só te tocarei o mínimo necessário." Eu disse, já começando a me aquecer, só por dizer aquilo.
Ela fechou os olhos, a aversão dela tinha doído antes e doía agora. Mas eu era um sobrevivente. Eu sofria, mas me recuperava. Toda a conversa anterior foi dolorosa para mim, por que durante anos eu me dizia um monstro mas não pesava as consequências dos atos que cometi. Quando eu vi o asco que ela sentia, eu me senti mal, eu tive a dimensão do sofrimento que eu causei. Eu não tinha redenção, e dar a ela uma filhotinha seria uma forma de não causar mais dor a quem se aproximasse de mim. Mas a indecisão dela estava me fazendo ficar irritado. E eu estava com tesão por ela.
Ela tirou a calça jeans que vestia, a calcinha, eu segurei um rosnado nessa hora, e se deitou de costas na cama. Ela abriu as pernas, fechou os olhos e começou a se tocar, eu engoli em seco.
Era uma visão totalmente erótica e eu não podia tocá-la. Eu era um monstro, ela tinha nojo de mim. O cheiro da excitação dela chegou ao meu nariz e meu pau começou a endurecer, eu fechei os olhos, por um momento eu imaginei que ela fazia aquilo para excitar a mim e não simplesmente para ficar molhada para um sexo mecânico.
"Eu acho que está bom, não é como se você fosse um dos nossos machos." Ela provocou.
Eu tirei a calça os olhos dela foram para o meu pau, ela fechou a cara. Eu não devia nada a nenhum Nova Espécie, eu sempre fui alto e era proporcional.
Ela abriu mais as pernas a vulva sem pêlos dela brilhava por causa de sua lubrificação.
Eu fui até a cama, ela porém não se virou.
Eu entendi o que ela queria, eu ficaria de pé na borda da cama, ela com a bunda bem na beirada da cama. Eu a puxei, ela apoiou os pés na cama com as pernas bem abertas, eu...
Eu não consegui segurar o gemido, quando eu a penetrei. Era muito calor e muito apertado eu quase gozei.
Eu me mexi, ela rosnou eu saí quase todo e voltei, aquilo era tão bom! Eu continuei sondando a vagina dela entrando e saindo devagar, aproveitando o máximo que eu pudesse, até que ela mandasse eu aumentar a velocidade gozar e sair dela. Mas ela ficou calada, com os olhos fechados bem apertados e segurando seus rosnados prendendo seus lábios com os dentes. Eu mesmo acabei aumentando o ritmo, pois meio que perdi o controle, era muito calor e muito prazer. Ela soltou um rosnado baixo, eu aumentei o ritmo ainda mais, agora eu metia fundo, rapidamente e com força nela e gemia, não havia como me conter, ela virou a cabeça para um lado, depois para o outro, eu cravei minhas unhas no colchão, a vontade de tocar nela, acariciar aquelas coxas ou os seios que balançavam presos num sutiã abaixo da blusa dela, tudo aquilo me incitava a enfiar nela com força e rapidez, pois era só o que eu tinha.
O gozo veio, eu fechei os olhos com força, rosnei bem alto e me senti esvaziar dentro dela, os músculos dela se mexiam, ela gozou também. Eu respirava desenfreadamente, ela também estava sem fôlego, o coração dela também parecia fora do ritmo ela colocou uma mão sobre seu peito.
Eu me afastei, vesti minha calça, ela se sentou na cama.
"Candid disse quantas vezes devíamos..." Era uma pergunta, mas ela não terminou a frase.
"O máximo possível." Ela ergueu uma sobrancelha.
"O que não é muito, você é humano." Eu assenti.
"Sim. Mas só me diga quando eu puder fazer de novo e eu faço." Ela acenou, se deitou de costas e abriu as pernas.
"Agora?" Ela perguntou, eu sorri. Ela não me conhecia.
Eu manipulei meu pau olhando para a buceta dela e não demorou eu estava pronto e entrei nela de volta. Dessa vez, foi como se eu não tivesse saído, eu já comecei bombeando forte, ela se mexia embaixo de mim me encontrando no meio do caminho, foi quente e rápido, ainda que ela também gozou.
Eu não saí de dentro dela e só esperei meu pau voltar a endurecer, afinal ele não tinha amolecido muito, eu estava muito excitado. E lá fomos nós com a diferença de que ela pareceu se cansar de apoiar as pernas na beirada da cama, eu as coloquei em meus ombros, ela não disse nada. Eu dessa vez fui um pouco comedido, eu estoquei nela devagar e não consegui não alisar aquelas pernas lindas, musculosas, bem torneadas.
Na quarta vez, ela me puxou sobre o corpo dela e me enlaçou com as pernas foi quente e apertado, os músculos dela pareceram espremer meu pau quando nós gozamos.
Na quinta, eu saí de dentro dela, Creek se virou me dando a gloriosa visão de sua bunda e foi por trás, eu quase não toquei nela, ainda que estivesse ajoelhado na cama e ela de quatro com a cabeça num travesseiro. Ela ditou o ritmo batendo a bunda contra a minha pélvis.
A sexta foi nessa mesma posição, era uma posição bem deliciosa, eu gemi alto quando o gozo veio, eu enfiava nela com tanta força que a cama batia contra a parede. Ela rugiu.
A sétima foi comigo sobre ela, a famosa posição papai e mamãe. Eu não sei por que ela me deixou ficar por cima, sobre ela, mas foi delicioso não ter que sustentar o peso do meu corpo, só entrar e sair, meu pau deslizava dentro dela por causa dos nossos fluídos. Quando eu gozei, eu escondi o rosto no pescoço dela, ela me abraçou, Creek se mexia contra o meu pau, parecia ter sido um gozo poderoso.
Na oitava, eu me sentei e ela se sentou sobre mim, ela comandou, teve dois orgasmos um clitoriano e um vaginal, eu gozei só de ver a beleza no rosto dela, nos olhos que estavam bem mais escuros, um tom de verde encontrado nas folhas no auge da primavera.
E ela pareceu ficar satisfeita, eu ainda aguentava mais um pouco, mas eu acho que para uma primeira vez estava bom.
"Eu não posso tomar banho em seguida, posso?" Ela perguntou e aquilo doeu. Doeu mais que eu esperava.
Eu dei de ombros, ela me esperou responder, eu acabei falando que ela podia.
Ela meio que correu para o banheiro, para tirar meu cheiro dela. Era esperado, mas eu me sentei na cama e cheirei os lençóis.
Eu não bati nela, não mordi seus lábios até sangrarem, não fodi sua boca forçando meu pau até sua garganta, cortando o fluxo de ar até que ela arregalasse os olhos. Eu não usei uma faca no ânus dela, não a enforquei, não mordi seus mamilos até sangrarem. Mas foi prazeroso, como podia ser isso?
Eu estava meio confuso, durante muito tempo eu tive que escolher bem minhas parceiras para que fossem ou daquelas que gostassem daquelas merdas, ou que estivessem dispostas a um sexo mais duro. Houve muitas poucas vezes que eu fui normal e não me lembrava de ter gostado. Mas com Creek foi bom.
Ela saiu do banheiro enrolada numa toalha, eu peguei um conjunto de moletom novo, fechado e estendi para ela. Creek o vestiu eu ainda senti meu pau se mexer quando vi os seios dela no curto espaço de tempo em que ela se vestiu. Eu peguei um livro e comecei a ler, apertando as páginas com força para minhas mãos não tremerem. Eu queria mais.
"Eu volto amanhã." Ela disse saindo, eu fiquei olhando as costas dela até que a porta se fechou. Acho que talvez ela possa ter gostado e estava com asco de si mesma por isso.
Eu saí e fui até a gaiola com os porquinhos da índia de Livie. Eu os contei e sorri, os pestinhas tinham pegado mais dois porquinhos.
Livie sempre quis porquinhos da índia, Honor lhe deu um casal de presente, um erro na minha opinião, por que em pouco tempo eles estavam com nove bichinhos. E eles não sabiam que os porquinhos eram deliciosos, então um dia, ela e Honor chegaram em casa e pegaram Pólux e Castor assando três filhotinhos na churrasqueira. Livie ficou muito triste, eles disseram que não iriam fazer de novo, mas quando o número de porquinhos chegou a vinte, cinco porquinhos sumiram, Candid assumiu a culpa por eles. Então, Nove perguntou se eu poderia cuidar deles, eu aceitei. De tempos em tempos alguns porquinhos sumiam, mas não eram só Pólux e Castor que roubavam os porquinhos, os outros filhotes também faziam isso. Eu inspirei e vi que Marble tinha estado ali também, talvez ele tenha querido experimentar.
Eu entrei na grande gaiola, os porquinhos vieram eu brinquei com alguns deles. Eu apertei o corpinho gordo de um e pensei que era realmente tão fácil machucá-lo! Eu só tinha de apertar até o bichinho explodir. Exatamente como era fácil machucar uma mulher, era só apertar seu pescoço. No começo ela iria sorrir e segundo diziam, por que eu nunca deixei que fizessem aquelas coisas comigo, iria sentir prazer. Mas então, eu iria continuar apertando, os olhos dela iriam se arregalar. Ela iria tentar dizer a palavra de segurança, mas não haveria ar, a palavra seria repetida em sua mente milhares de vezes e seria a última coisa que ela pensaria antes de desmaiar. Eu soltei o porquinho, Nove sempre aparecia ali e os contava. O porquinho da índia se deitou de lado, eu usei muita força. Eu mesmo iria assá-lo, eles eram uma delícia com catchup.
Eu suspirei, foi uma surpresa eu ter gostado do sexo com Creek.
Todo o tempo em que eu fui do jeito que eu era, eu só sentia prazer quando provocava dor em quem estivesse comigo. No caso das prostitutas de Candid, eu mal tocava nelas, Candid me moeria de pancada e não haveria ninguém que me defendesse dele. Eu estava correndo e treinando, mas Candid tinha a genética de Valiant e o filho da puta treinava muito, sempre que podia.
Eu me lembrei de como eu comecei, tudo era tão colorido, tão satisfatório! Eu sei que há humanos que separam as coisas que fazem na porra do BDSM de suas vidas normais, outros conseguiam levar suas vidas de forma conjunta e eram felizes com isso. Mas eu? Eu caí de cabeça naquela merda e fui ficando cada vez mais obsecado por aquilo. Meus relacionamentos duravam o tempo em que a mulher em questão conseguia aguentar meus abusos. Todos dizem que é uma coisa concensual, que há uma palavra de segurança e tem de ser bom para as duas ou mais pessoas envolvidas, mas isso era para as pessoas sãs. Eu nunca fui são. E usei essa prática para satisfazer minhas perversões.
O que eu fiz com Kit foi pouco comparado ao que eu já fiz com outras.
E aquele sexo baunilha com Creek me fez sentir algo que eu nunca me preocupei, algo que desde o início já devia ter me mostrado que BDSM não era para mim e que eu não deveria ter nem mesmo começado com aquilo. Eu me preocupei em satisfazê-la. E senti tanta vontade de beijá-la! O que isso significava?

FÊMEAS Where stories live. Discover now