CAPÍTULO 17

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Eu tinha ligado para Candid, nós tínhamos conversado. Ele me disse que teria de ser um macho humano ou Gabriel, eu pensei sobre não querer um companheiro e acabei chegando a surpreendente conclusão que fazia sentido ele ser o pai se eu não queria um macho. Por que eu não queria ele, isso era algo muito claro para mim.
Eu fui para o laboratório não secreto de Candid, eu entrei e vi que Gabriel já estava lá, ele comia panquecas com geleia de morango. Ele me sorriu e mostrou as panquecas.
"Eu nunca comi algo tão gostoso, eu acho." Ele tinha um pouco de geleia no canto dos lábios, lambeu com a ponta da língua, eu me senti estranha.
Eu passei geleia numa panqueca e comi, eu gemi enquanto mastigava ele se sentou mais ereto. Realmente era muito gostoso. Eu nunca tinha provado as famosas panquecas de Candid com a geleia de Noah, todos diziam que eram a combinação mais gostosa que já provaram. E era mesmo. Ele olhou para a montanha de panquecas e sorriu.
"Vamos dividir?" Ele perguntou ainda sorrindo, eu achei que estávamos muito camaradas e eu não era camarada dele. Ele ia me prestar um serviço, só isso, eu não queria a amizade dele.
"Pode comer tudo. Eu quero deixar algo bem claro, Gabriel. O que você está fazendo não muda nada sobre o que eu sinto por você. E não somos amigos." Ele fechou a cara, ainda que um rosto belo como dele não passava desconforto, nem dava medo.
"Você ainda sente asco por mim. Sim, eu posso entender isso, mas onde está o humano que vai engravidar você então?" Ele perguntou, o rosto bem sério, como se os meus sentimentos por ele não importassem, frio.
Com isso eu podia lidar, não com o olhar de admiração dele da nossa última conversa. Por que ele me olhou como se eu fosse única e isso me matava.
"Não há outro humano, não há tempo e Candid acredita que você é o melhor ." Ele assentiu e então se virou para mim, eu virei a cadeira que tinha me sentado para comer a tal panqueca e o encarei.
"Sim. Colhemos meu sangue ontem, Candid conseguiu uma desculpa para colher o sangue de Ben, já que o caso de Halfpint foi totalmente ao acaso. Ben é um humano comum, eu não ser um humano comum, teoricamente pode ajudar. Eu tinha dado a ela uma droga de aumento de desempenho, ela tinha..." Eu continuei por ele, eu estava aqui na época.
"Tinha brigado com Pink por causa de Jinx. Pink disse que só não batia nela por que bastava soprar e ela voaria. Estávamos no refeitório e bom..." Eu senti vergonha de mim mesma.
"Todo mundo riu. É, aquilo doeu muito em Halfpint, não se esqueça de que ela passou muito tempo tendo medo. Ela ficou anos sem deixar que um macho tocasse nela. Mesmo todos eles sendo carinhosos com vocês." Ele disse e eu assenti. E ainda havia o fato dela ser pequena, frágil, fraca.
"A questão foi que Pink é que se sentia ameaçada. As presentes não queriam os machos, mas os machos as queriam. Todas eram lindas com feições humanas, pareciam bonecas. Eu não sei, mas Halfpint é muito bonita com aqueles olhos e os cabelos loiros dourados." Eu disse. Flora tinha a mesma beleza impressionante de sua mãe. Halfpint realizou o sonho de todas nós e tudo por acaso.
"Sim, eu quase... Bom, todas vocês tentaram ter sexo comigo, ela também tentou." Ele disse, eu acenei. Quando resolveu compartilhar sexo com os machos, Halfpint fez isso pra valer, ela só não fez isso com os acasalados.
"E então, quando eu soube da gravidez, eu não fazia idéia do que tinha dado a ela. Vengeance viu que ela morreria, eu tive que procurar em minha mente o que tinha sido e..." Eu bufei.
"Você não se lembrou." Eu disse, ele me deu um sorrisinho de desculpas.
"Não é que eu não me lembrei, a questão é que eu não cometo erros e não era algo que viabilizasse uma gravidez. Halfpint queria ficar mais forte, suas palavras exatas foram que queria quebrar os dentes de quem risse dela dali para a frente. Eu me lembro de pensar que ela era pequena demais para caber tanta raiva dentro dela." Ele riu, eu também, era engraçado, Pint era menor que a maioria das humanas dali.
"E então, eu lhe dei uma dose da droga que Brass usou quando engravidou Sophia. Era uma droga para aumento de força, agilidade e reflexos. Não fazia efeito por muito tempo. Eu disse que ela tomasse um comprimido por dia. Eu dei a ela todos os comprimidos que eu tinha." Ele riu.
"Como fez comprimidos?" Ele sorriu.
"Numa farmácia de manipulação. Eu mandei os ativos com as etiquetas trocadas, eles misturaram e adicionaram alguns ativos comuns e me entregaram. Muitas fazem isso para médicos. Eles nem sabiam o que estavam fazendo."
"Era uma experiência então." Eu conclui, ele assentiu.
"Sim. Depois que todos riram dela, Pink veio pedir desculpas, ela perdoou, mas continuou tomando. Eu pedi que ela se exercitasse, mas ela não quis, embora em alguns testes eu notei que ela estava ficando mais forte. Era o esperado, não haviam mais comprimidos e a experiência foi deixada de lado.
"Ela e Leo tiveram um tipo de relacionamento nessa época." Eu lembrei.
"Sim, tiveram. E é graças a isso que sabemos que tem de ser um humano." Ele me encarou.
"Por que fez aquilo? Com Kit?" Eu mudei totalmente de assunto e o peguei desprevenido. Ele voltou os olhos azuis pra mim e eu vi o vazio de sua alma.
"Eu poderia dizer que tinha sido por causa do que ela fez com Sophia. E sim, no início foi, eu amei Sophia de um jeito que eu nunca amei ninguém. Eu queria dar a ela uma lição, ela teria matado Sophia por inveja." Ele disse, eu balancei a cabeça.
"Não. Sophia tinha cortado a boca dela, ela estava puta."
"Foi isso que ela disse?" Eu apertei os lábios, Kit não disse isso.
"Viu? Dói imaginar uma de vocês fazendo algo terrível por inveja, não é?" Eu me mexi desconfortável.
Era verdade. Esses sentimentos eram humanos e mesmo os humanos não deviam se orgulhar de serem invejosos ou despeitados.
"Vocês são melhores que isso, bela Creek. Eu nunca vou esquecer meu primeiro ano aqui. Toda a bondade e respeito que vocês professam é genuíno, é verdadeiro." Ele disse e eu vi que ele realmente acreditava naquilo.
"Nós não temos escolha. Somos assim. Mas depois de todo esse tempo já não somos tão puros mais." Eu disse e estava falando de mim.
"Sim, isso seria inevitável. Mas a virtude de vocês é verdadeira. Ainda são mais puros e mais sinceros. Os humanos hoje em dia estão num poço de falsas virtudes, todos querem parecer virtuosos e com isso se esquecem de serem eles mesmos. Não vêem seus erros, o que os impede de crescer, de melhorar e por isso estão cada vez mais vivendo uma vida artificial." Eu fiquei um tempo pensando sobre o que ele disse. Eu conhecia muitos humanos, sempre gostei deles e não concordava com o que ele disse, mas não queria me desviar do assunto.
"Não desvie do assunto." Eu disse, ele sorriu.
"Não há muito o que dizer. Ela estava a minha mercê, eu abusei dela. No começo eu batia na cara dela, a mordia, a possuía com muita força. Depois tudo foi ficando pior, eu fui me desconectando de mim mesmo, fui me tornando um viciado naquilo, ninguém sabia, só isso já era muito satisfatório. Sophia passava horas alisando o rosto dela, contava como estava indo com Brass, falava de John. E eu sentia tanto ódio! Não de Kit, de mim mesmo, por que eu cuidei dela quando ela chegou toda machucada, eu a recuperei, ela iria morrer! Eu a salvei. E para quê? Para que ela ficasse com Brass! E o idiota nem viu o que tinha nas mãos, ele a deixou ir." Ele disse e eu senti a dor nas palavras dele.
"Eu não sou como vocês. Na verdade, eu nem sou como os humanos comuns. Eu descontei toda a minha frustração, toda a raiva por que a cada dia Sophia parecia mais linda. Ela engordou, seus cabelos ficaram maiores, mais negros, mais brilhantes. Seu sorriso!" Ele se levantou e tocou o peito.
"Eu não podia tê-la, mas não podia matar Kit. Não quando ela amava Kit do jeito que amava. Eu não poderia fazê-la sofrer. Então, eu quis usar Kit em meu proveito. Mercille sempre tentou fazer vocês engravidarem, nunca conseguiu, eu ia conseguir, afinal eu tinha uma fêmea ao meu dispor. Eu colhi óvulos dela e trabalhei neles. Diferente dos espermatozóides dos machos, os óvulos de vocês são mais resistentes, isso ajuda a manipulá-los. Porém, eu não sabia como preservar o esperma de seus machos. Mas havia esperma humano, facilmente preservável. Eu tinha sido médico de alguns homens, um ou outro caso que a medicina tradicional não alcançava, eu tinha material. E então, eu consegui, depois de aplicar algumas drogas em Kit. Não foi o mesmo com Halfpint. Eu escolhi Robert por causa do cargo dele na política. Um congressista. Meu plano era que ele anunciasse ao mundo a segunda geração dos Novas Espécies. De certa forma, eu consegui."
"Mas não do jeito que você pensava." Eu disse.
"Sim, embora não foi de todo ruim. Os grupos anti-espécies entraram em combustão e isso injetou muito dinheiro para pessoas como eu." Ele disse.
"Então o caso de Kit não foi pessoal?" Ele suspirou.
"Não. Ela mexeu com a pessoa errada. Poderia ser qualquer uma." Ele disse, eu estremeci.
"Eu não sou um homem de sentimentos singelos, Creek, nunca fui. Eu me arrependo, mas só agora. Eu passei muito tempo sem nem pensar nisso. Eu sou um monstro." Ele disse, eu fiquei em silêncio. Ele falou tudo de forma desapaixonada, poderia estar contando algo feito por outra pessoa, exceto quando falou de Sophia.
"Ainda ama Sophia?" Eu perguntei ele sorriu seu mais lindo sorriso, aquilo me tocou.
"Sim. Sempre vou amá-la. Sempre." Ele disse.
Eu o encarei, ele me encarou de volta.
"Se pudesse tocar nela, seria como você disse, você a machucaria?" Eu perguntei, ele ficou um tempo olhando para suas mãos.
"Acho que sim." Ele me respondeu e engoliu em seco. Uma lágrima desceu pelo olho direito dele, depois outra brotou em seu outro olho. Ele se levantou e inspirou profundamente.
"Eu nunca a tocaria. Eu não sei amar, linda Creek. Não se preocupe em me odiar, não existe pessoa que me odeie mais do que eu mesmo." Ele disse e enxugou o rosto.
"Eu me arrependo e muito de ter feito o que eu fiz com Kit. Ela não merecia. E Ann Sophie, bom, ela é incrível, não é? Linda e muito inteligente. Ela é o orgulho de todas vocês, não é assim? Diga pra mim, bela Creek, você quer uma filhote como ela? Eu posso te dar. E quando eu voltar para a minha cabana, poderei dizer a mim mesmo que eu fiz algo bom, que eu te fiz feliz, que graças a mim, você e a minha filhotinha são felizes." Ele se aproximou e eu não resisti, eu toquei no rosto dele, na pele lisa e perfeita de seu rosto de anjo.
"Demônios são anjos caídos, não são?" Eu perguntei, ele fechou os olhos e colocou sua mão sobre a minha.
"Sim. Eles eram perfeitos e serviam ao Criador. Foram criados para isso mas quiseram ser servidos. Se rebelaram como crianças mimadas, sem razão alguma, pois tudo o que eram lhes foi dado pelo Criador. E não eram maiores que Ele, nada nunca foi ou será. Então caíram. E agora nunca mais terão o que tinham, pois se afastaram do Amor Supremo. Só lhes resta dor e sofrimento. Está dizendo que eu sou um demônio, Creek?" Ele me perguntou, eu estava tão perto dele, tão perto que eu o beijei. Não foi um beijo com sentimento, foi apenas um encostar de lábios. Só isso. Ele afastou o rosto, eu me afastei mais.
"Piedade. Isso é triste, mas é muito melhor que seu asco. Vamos partir daí." Ele disse, eu assenti.
Ele me mostrou um kit de coleta, eu estiquei o braço, ele limpou com álcool por mais tempo que precisava, eu esperei. Ele colheu o sangue e começou a colocar algumas gotas em outros frascos com líquidos incolores. Eu ergui as sobrancelhas, ele ia me explicar o processo, mas Candid e Honest entraram.
Gabriel olhou para Candid, o filhote fez sinal para que ele tirasse os frascos de vista.
"Estamos bem ocupados, Hon. Basta que você saia da aposta e eu vou dar uma olhada no seu chip." Candid disse, eu rosnei.
"Você continua com isso, seu filhote nojento? Não pode colocar..."
"Uma aposta na frente da vida de seu irmão, eu sei, você já disse isso, eu te chamei de puta, Gabriel tentou me bater. Foi bem divertido mostrar que ele não pode, aliás." Ele me encarou, os olhos frios.
"Não se meta nisso." Candid disse, ele parecia muito estressado.
"Joe me defendeu, Creek, ele machucou Candid bastante." Gabriel disse, Honest riu.
"Eu o machuquei mais. Mas vamos lá. Eu não posso, tá bom? Um chip não é algo que você faz manutenção, Hon. Se não acredita em mim, pergunte a Gabriel." Ele apontou Gabriel, Gabriel se levantou, tirou uma caneta iluminadora do bolso e examinou os olhos Honest. Ele sentou Honest na cadeira onde estava sentado e tateou seu couro cabeludo. Eu achava os cabelos dele tão lindos! Eram brancos, muito brancos e lisos.
"Aconteceu isso quando eu implantei minha mãe. No início ela não quis ficar comigo e ela sabe como controlar o chip. Ela deixava a mente da garota funcionando, a fazia fazer coisas horríveis e a garota chorava muito depois de tudo." Ele disse, eu arregalei os olhos. Aquelas coisas tinham de ser destruídas!
"Acha que Doze é como sua mãe? Acha que ele pode me dar o controle e tirar?" Honest perguntou, eu fiquei tão preocupada!
"É possível. Mas sua mente é a dominante." Gabriel disse.
"Se o que você diz for verdade, o que eu ou você podemos fazer?" Candid perguntou, o rosto sério.
"Joe pode ajudar. Ele pode sugestionar Doze, de dentro da mente de Honest." Gabriel disse.
"Como Pride fez com Samantha?" Candid perguntou, Gabriel olhou para Honest. Honest negou com a cabeça.
"Não. Pride fez isso com Livie no comando, mas foi Livie que colocou a sugestão dele em contato com Samantha. Os anos em que a puta teve o controle possibilitaram que Livie fizesse isso, Samantha a considerava uma fraca e relaxou, foi arrogante. Pride e Livie fizeram isso juntos." Honest explicou, Gabriel sorriu, ele sorriu de volta. Nada demais, Honest era bom.
"Tem de ser o que Joe fez com a mãe de Elize." Candid afirmou.,
"Sim. Mas Doze tem de estar no controle." Gabriel disse, Candid rosnou, Honest fez um som desanimado.
"Você se lembra de algo com ele no comando?" Gabriel perguntou, Honest balançou a cabeça, Candid rosnou.
"É por isso que não vou deixar a aposta para te ajudar, por que você merece uma surra!" Ele disse, Honest rosnou e se aproximou dele. Gabriel fez que ia usar seu corpo para me proteger, eu rosnei. Ele ficou na frente deles de qualquer jeito.
"Eu não sei, tudo é muito nebuloso, eu não tenho certeza de nada!" Honest disse, mas com os dentes arreganhados.
"Você está mentindo, Hon. E por acaso, eu sei por quê. Por causa de Dezesseis. Mas é como eu disse, desista da aposta." Candid piscou para Gabriel, ele assentiu. Honest fechou os olhos com força, Gabriel se virou e pegou uma banqueta de madeira e a bateu com muita força contra a cabeça de Honest. Ele caiu, mas não demorou para saltar e rugir. Gabriel ficou na minha frente e aí sim, eu aceitei a proteção dele. Honest naquele corpo primata era até maior que Candid.
"Que porra é essa?" Ele perguntou, os olhos totalmente diferentes.
"Estamos numa aposta, uma muito séria e eu não quero me preocupar com Honest. E eu posso acabar com você a hora que eu quiser, então, aproveite o tempo que você tem." Candid disse, eu segurei na camisa de Gabriel, ele cheirava bem.
"Acontece que tudo o que seu irmão idiota pode fazer eu também posso, só que melhor. Eu tenho a mente de Bishop aqui." Ele sorriu batendo com um dedo do lado de sua cabeça, eu olhei para Gabriel, Gabriel parecia bem interessado.
"Quanto tempo para que a primata gostosa engravide?" Ele perguntou, Candid deu de ombros.
"O mais rápido possível."
"Tem dinheiro na parada?" Honest perguntou, eu fiquei imaginando para quê ele iria querer dinheiro.
"Mil dólares." Candid disse, Honest fez um som de desprezo com a boca.
"Eu cubro seus mil e coloco cinco mil na mesa." Ele disse, Candid sorriu
"Por que não dez mil?" Ele perguntou, Honest ficou em silêncio. De onde eles tirariam dez mil dólares?
"Feito. Afinal, eu não preciso ter dez mil, você sim." Ele saiu e eu olhei para Candid, ele sorriu cansado.
E tudo fez sentido. Honest como primata poderia ouvir toda a Reserva, Dusky fazia isso. Candid não estava preocupado com a aposta, ele queria que Honest, ou melhor, o tal de Doze pensasse isso.
"Acha que ele..." Candid fez um sinal de silêncio e riu.
"Dez mil dólares! Até parece que Hon tem dez mil dólares." Ele disse fechando a porta e baixando alguns controles num quadro de força.
"Estamos seguros?" Gabriel perguntou, Candid deu de ombros.
"Tanto quanto estaríamos numa outra cidade. Como Doze ele não é tão poderoso quanto Hon, mas a porra dos ouvidos dele são bons." Eu tinha uma outra preocupação:
"Acha que ele vai se lembrar do plano da sugestão?" Eu perguntei.
"Sim, ele vai. Mas não é isso que faremos. Não se preocupe com isso, bela Creek." Candid disse zombando do modo como Gabriel me chamou.
"E agora?" Candid não respondeu, ele continuou o que Gabriel fazia com meu sangue e os frascos. O lugar ficou silencioso, eu me sentei no banco que Gabriel bateu na cabeça de Honest.
"Tem comida." Candid disse, eu acenei. Era engraçado, nós três ali, cada um imerso em seus pensamentos, mas sem nos sentirmos desconfortáveis. Eu pelo menos sempre gostei do silêncio.
"E estamos de volta ao jogo, senhoras e senhores." Candid disse mostrando um frasco que tinha ficado verde.
"Agora Gabriel só tem que foder você."  Candid disse com um sorriso malvado.

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