My Future

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Então eu queria dizer três coisas: 1. MUITO OBRIGADA a todas as histórias de vida que vocês compartilharam comigo nos comentários do capítulo passado, obrigada por exporem seus sentimentos e gostarem do outro capítulo, foi algo muito importante para mim. 2. FALTAM SEIS CAPÍTULOS PARA LETTERS TO CAMILA CHEGAR AO FIM, ESCUTEM MEUS BERROS DE DESESPERO. 3. Entrem no site do Rainy Mood.   


Fecho meus olhos, sentindo a caricia deliciosa em meus cabelos, enquanto as pontas macias de seus dedos acariciavam o meu rosto com a mesma delicadeza de sempre, me trazendo aquela paz única e que só Camila conseguia.

- Vai chover. – Camila sussurra e só então eu abro os olhos – Quer ir embora?

- Vamos ficar mais um pouco. – Murmuro e vejo ela sorrir sem motivo – O que?

- Nada, eu gosto de ficar assim com você. – Sorrio segurando sua mão e beijando a mesma – Obrigada por não ir ao estúdio hoje.

- Faz tempo que não saímos de casa no seu dia de folga. – Ela suspira – Você anda trabalhando muito, Dona Camila. – Me sento e ela revira os olhos.

- Você sabe o motivo. – Concordo com a cabeça.

Na semana passada três crianças e um adulto deram entrada no hospital por conta do cômodo da casa ter pegado fogo, acontece que a criança mais nova –de três anos- tem asma e está internada na UTI desde então, como Camila foi uma das pessoas que auxiliaram todo o processo para que a criança não morresse no hospital, minha esposa anda extremamente preocupada com a garotinha e acompanhando a mesma de perto sempre que tem plantão.

Era engraçado de certa forma, Camila se sentia extremamente responsável por uma pessoa que nunca havia conversado na vida toda, foi apenas um encontro triste e casual onde ela teve que ajudar a criança da forma que pode e conseguiu. Minha esposa andava ansiosa e fazia questão de me deixar completamente ciente do estado clinico da criança, mesmo que eu não entendesse o porquê de toda essa fixação repentina, Camila apenas dizia que precisava ajudar a criança.

- Ela está melhor? – Sussurro curiosa.

- Seus sinais vitais estão iguais o de sempre, ninguém tem previsão para quando ela vai acordar. – Torço a boca e puxo Camila para mim, que se encolhe em meu colo – Ela anda respirando com a ajuda dos aparelhos agora porque suas vias áreas sofreram muito com a fumaça.

- Vai ficar tudo bem, Camz. – Beijo sua bochecha e ela bufa – Anda, pensamento positivo, me dê um sorriso. – Camila dá um sorriso forçado e eu rio, a abraçando ainda mais – Isso não é um sorriso de verdade, vamos Sra. Jauregui. – Sussurro e ela me olha com um pequeno sorriso tímido – Quase isso. – Minhas mãos se apossam de sua cintura e meus dedos começam a correr pela mesma, fazendo cosquinhas.

- Lauren pare. – Ela tentava se livrar de minhas mãos, mas eu era mais forte e a tinha presa, o que facilitou tudo – LAUREN. – Grita rindo e eu sorrio, sem me importar com algumas pessoas nos olhando – Pare... agora. – Seu rosto estava vermelho e sua gargalhada gostosa parecia música para os meus ouvidos.

Camila quando ria de verdade parecia uma criança, seu rosto e pescoço ficavam extremamente vermelhos, além de que ela tentava de todas as formas parar as risadas, algo que nem sempre acontecia. Eu amava vê-la daquela forma e rindo com tanta vontade, mesmo que para que isso acontecesse fosse necessário um ataque de cosquinhas vindo de mim.

Meu corpo estava praticamente em cima do dela enquanto ela tentava inutilmente segurar minhas mãos, alguns pingos grossos começaram a nos atingir, parei meu ataque de cosquinhas e olhei para o céu, vendo que ele estava ainda mais escuro e as gotas da chuva caiam cada vez com mais pressa.

Letters To Camila - Segunda TemporadaWhere stories live. Discover now