Capítulo 38

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(Yáng Shun)

Meu coração está inquieto com a notícia trazida por meu general mas assim que vejo a garota se aproximar qualquer problema é esquecido e só existe ela em minha mente, quando se aproxima de mim da um leve soco em meu ombro e dou risada ao vê-la crescida mas usando roupas masculinas como quando criança.

- Hei camarada.

Continuo rindo e a vejo fazer um biquinho com os lábios exatamente como lembrava.

- Não foi fácil escapar... Mas foi muito fácil decifrar seu enigma, achei que era mais inteligente.

Ela diz colocando um dedo no queixo fingindo estar decepcionada. Ela me chamou de burro?

- Ayaa está chamando seu marido de burro?

Digo sem pensar e vejo ela congelar ao ouvir minhas palavras, sinto meu rosto esquentar e coço a cabeça desviando mais olhos dos dela, ela parece tímida e sua beleza mesmo escondida sob roupas masculinas continua avassaladora.

- Tenho algo para você.

Digo e vejo sua expressão mudar para curiosidade então sorrio e mostro minha outra mão escondida atrás de mim.

- Woou que bonita, você que fez?

A lanterna branca e tomada me minha mão, ela está sorrindo e pulando como uma criança enquanto olha para a lanterna, passei as horas anteriores pintando um casal, ao ver seus olhos brilharem como a muito tempo não brilhar faz valer a pena, meu coração dói ao saber que se machucou e dói mais ao pensar que poderá se machucar ainda mais, desejo mantê-la segura em meus braços, por todos os dias de minha vida, pretendo compensá-la por sua dor.

- Hum sim você gostou?

Abaixo de leve para ficar com o rosto da altura do seu rosto, ela faz que sim com a cabeça sem olhar para mim, meu coração bate forte um forte barulho ressoa pela noite e sem pensar uma segunda vez a puxo para perto e  envolvo em um abraço usando meu corpo como escudo para o seu corpo. Mas então o céu se ilumina quando fogos estouram no alto.

- Gēgē...

Escuto sua voz fraca abafada em minha roupa e então abro meus braços a soltando, alguns que passam resmungam entre si ao nós ver tão próximos. Pego seu pulso e a puxo correndo pelas ruas, a guio para longe das pessoas e então paro e olhando em seus olhos ascendo a lanterna, nossos olhos se encontram na escuridão iluminada pela pequena chama tremeluzente entre nós, com nossas mãos segurando a lanterna cada um de um lado e as pontas dos dedos encostando a luz da lanterna reflete em seu rosto e seus olhos brilham mais que as estrelas, com um único impulso ela sobe aos céus, os minutos passam e ela some na escuridão, me aproximo mais um passo dela, seus olhos estão com os meus, me aproximo mais um passo, o suficiente para ouvir sua respiração, me sinto perdido.

- Gēgē...

Vejo suas sobrancelhas ficarem mais unidas enquanto ela olha para mim, vejo suas mãos sobre o abdômen e logo saio do meu transe. Ela está com dor?

- Estou com fome?

Suspiro aliviado e não consigo parar de rir, coço minha cabeça, como palavras assim podem fazer meu coração bater tão forte? Como ela pode fazer isso comigo?

- O que eu devo fazer com você? Espere aqui!

Faço um sinal para que ela espere e corro para onde a festividade está com mais pessoas e onde a fumaça de comerciantes vendendo seus pratos cobre o ar, escolho os melhores espetinhos de porco agridoce e frutas caramelizadas então volto para ela, a vejo sentada no chão escorada em uma parede olhando para o céu então sento ao seu lado e ofereço um espetinho.

A queda de LíangWhere stories live. Discover now