Capítulo 8

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-(Continuação do ultimo capítulo)-

*Pov Any*

Josh nos deixou em casa, e sem esperar um convite, me seguiu com Dylan no colo e entrou no meu apartamento. Colocou Dylan em seu quarto e depois fomos para a cozinha.

Eu- Quer algo para beber?- pergunto.

Josh- Não não, obrigado.- ele coça a nuca e olha para o chão. Se tiver algum resquício do Josh do passado nele, eu imagino que ele esteja querendo falar algo, mas está com medo. Por que ele teria medo de mim? Não faço mal nem à uma formiguinha.

Eu- Fala.- ele me olha confuso.- Sei que você quer falar algo, não precisa ter medo. Sou eu aqui.- dou um sorriso leve que foi rapidamente correspondido. Ele suspira e fala.

Josh- Você não acha que... Ahm... O Dylan já pode saber que eu... Ah. Você sabe. Sou seu pai?- ele estava nervoso com isso?

Eu- Você está nervoso com isso?

Josh- Não nervoso, mas assim, se você não quiser contar agora, tudo bem, eu entenderia.- ele fala tudo num fôlego só e eu dou risada. Me aproximo dele, que estava encostado na bancada olhando para baixo, seguro seu rosto com minhas duas mãos e faço ele olhar em meus olhos. Nos encaramos por um tempo.

Eu- Você não precisa ter medo. Eu adoraria que ele soubesse que tem um pai e que esse pai é o "titio Doxi".- dou um sorriso leve e ele retribui prontamente.- Ele já sabe. Lá no fundo. Tudo que você tem feito nesses últimos dias tem sido muito importante para ele. Acredite. E quando você estiver confortável, você pode contar.- eu disse tudo bem baixinho, olhando em seus olhos.

Ele me encara sem dizer nenhuma palavra, e sem perceber seus lábios já estão nos meus. Eu não sabia o que eu estava sentindo.

Nenhum dos dois se moveu. Só estávamos com os lábios colados. Depois de um tempo parados, ele pede passagem com a língua e eu suavemente cedi.

Era um beijo calmo. Ele estava com uma mão em minha nuca e a outra em minha cintura enquanto eu fazia carinho em sua nuca com uma mão e a outra se encontrava em sua bochecha.

Eu não conseguia pensar em nada além da saudade que eu estava daqueles lábios. Não vou dizer que senti saudade desse beijo em específico porque ele nunca aconteceu. Nossos beijos, sempre, foram quentes. Rápidos, cheios de luxúria, preliminar, nunca tivemos tempo para selinhos pela manhã, um beijinho calmo para matar a saudade.

Esse beijo era novo para mim, pois Josh foi meu primeiro em tudo, então, tudo que ele testasse comigo, seria novo para mim. Mas esse beijo estava sensacional. Era uma sensação extremamente nova, e gostosa para caralho, diga-se de passagem.

O ar começou a faltar, então ele encerra o beijo com dois selinhos, outra novidade, e encostamos as nossas testas, sem mudar as posições de nossas mãos.

Eu não tive coragem de abrir os olhos, mas pude sentir que ele deu um sorrisinho. Convenhamos, nós estávamos próximos demais, qualquer som que ele emitisse, por menor que fosse, eu escutaria.

Eu escuto seu coração batendo rápido demais, sua respiração ainda desregulada, até o piscar de seus olhos eu consigo ouvir, acredite.

Depois de um tempo, abri meus olhos e encarei aquele oceano. Ele me olhava profundamente.

Josh- Me desculpa?- ele pergunta do nada, sussurrando.

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