Capítulo 45

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*Pov Joalin*

Chego rápido ao local indicado na mensagem. É uma rua bem deserta, poucas casas por perto, e mato. Muito mato.

Desço do carro e o motorista me encarava estranhamente, provavelmente por descer em um local tão esquisito.

Ele sai com o carro e no fundo eu torcia pra que ele percebesse que tinha algo acontecendo e entrasse comigo, mas ele era só o motorista de um aplicativo. Não se meteria em uma enrascada dessa, como eu me meti.

Ando um pouco até chegar na porta da casa. Era meio velha, mas conservada. Ao chegar na porta escuto o choro do Dylan e ele gritar "para".

Que droga ele tá fazendo?

Forço a maçaneta para baixo e a porta abre. Saio correndo em direção ao som e identifico o local. Abro outra porta e quando entro, o vejo em cima do Dylan, o enforcando. Corro até eles e o puxo de cima do pequeno.

-VOCÊ É LOUCO? SEU PROBLEMA É COMIGO, DEIXA O MENINO EM PAZ.-grito e ele segura meus pulsos.

-Olha só quem chegou. Ta achando que manda em alguma coisa aqui?- o mesmo aperta minha bochecha com força.

-O que eu te fiz?- falo com dificuldade. Só queria que ele me soltasse pra eu saber se Dylan está bem.

-Você tirou meus filhos de mim, Loukamaa. Você e sua mãe são duas interesseiras. Acha que eu não sei que ela só se casou comigo por dinheiro? Acha que eu não sei que você só pegou a guarda deles pra eu pagar pensão? Nós somos farinha do mesmo saco, lindinha e nós vamos para o mesmo lugar.-o pai dos meus irmãos diz.

-Você é doente. Minha mãe te amava, seu imbecil. Mas suas traições já deveriam ter dito mais sobre você. Como você mesmo me disse, eu deveria escutar mais os outros.- eu aperto seu braço, com toda a força que eu não sabia que tinha, mas pela sua feição, estava doendo.-Você disse, perante ao juiz, que não queria a guarda de dois pivetes chatos, e que era pra eu me foder com eles. Você os abandonou. Eu não tirei nada de você, mas quer me cobrar? Siga em frente. Me bate, me mata, mas deixa quem não tem nada a ver com isso, de fora.-dou uma pausa e a única coisa que se escutava ali era Dylan choramingar.-Eu nunca tive sorte na vida, Samuel, mas se tem uma coisa que Deus decidiu me poupar, foi de ter um pai como você. Infelizmente, você cruzou meu caminho, mas vamos lá. Se temos problema resolva comigo. Ele não tem nada a ver com isso.- falo me referindo à Dylan.- Eu posso me arrepender de dizer isso, mas eu preferia não ter irmãos à ter que deixa-los nas suas mãos.- digo e ele me empurra para trás com força. Acabo caindo no chão e antes de eu me levantar ele sorri e sai do quarto trancando à porta.

-Tia Jo?- escuto Dylan sussurrar.- Eu tô com medo.

-Vai ficar tudo bem.- digo no mesmo tom e o abraço.-Você tá bem?- aumento um pouco o tom de voz.

-Ta doendo.

-Aonde?- pergunto e me afasto dele um pouco.

-Ati.- ele aponta para a perna e o braço. Quando eu olho, automaticamente caem lágrimas dos meus olhos.

-O que ele fez?- digo num fio de voz.

-Ele disse que se eu não palasse de chora, ele ia me machucar, mas eu tava com medo, então eu chorei. Ele pegou uma faquinha e passou ne mim.

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