Capitulo 10

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(continuação do ultimo capítulo)

*Pov Any*

O Josh acordou meio estranho hoje. Que ele parece um cachorrinho carente que precisa de carinho a cada 10 segundos, eu já havia descoberto à umas semanas, mas hoje ele tava impossível.

Só aquela brincadeirinha rendeu um papo que nem passou pela minha cabeça, mas pela do doguinho ali passou.

Agora estávamos em uma lanchonete que me remetia à varias lembranças. Algumas boas, outras difíceis, mas à princípio, ela me trouxe até o que eu sou hoje, então sim, ela é bem importante para mim.

Eu sai do Brasil só com o dinheiro da passagem de ida pra cá, com uma mala simples, poucas roupas, e um apartamento bem pequeno, com somente três cômodos, mas era o suficiente para mim e foi tudo com meu dinheiro e esforço, somente.

Sai do Brasil para tentar uma vida melhor aqui.

Desde pequena sou apaixonada por fotos. Em todo natal eu ganhava uma câmera nova, mas apesar de amar o quanto minha mãe se dedicava para me dar aqueles presentes, eu percebi, depois de uns anos, que ela não tinha condições de fazer aquilo por mim, mas ela ia e fazia. Apertava uma conta aqui e outra ali e me dava uma câmera.

Quando percebi isso, proibi ela de me dar presentes, por mais baratos que fossem e comecei a trabalhar em um mercado do pai de um amigo dela.

Todo dinheiro que eu ganhava, eu ajudava nas nossas contas e o que sobrava eu dava para ela fazer o que quisesse pra ela ou para minha irmã mais nova, mas que não fosse pra mim.

Ela brigou muito no começo, mas depois foi aceitando e com um simples emprego num mercado, eu já consegui ajuda-la a melhorar as coisas em casa. Depois de um tempo arrumei outro emprego e passei à pagar as contas. O dinheiro dela servia para outras coisas que ela não podia fazer antes e eu nem sei explicar como eu era feliz ali, mas eu precisava mudar mais aquele ambiente.

Decidi juntar o mínimo de dinheiro por mês, durante um ano e meio, e consegui vir para L.A. fazer minha faculdade, mas como eu disse, eu vim só com a passagem comprada, com minha malinha, e um pequeno apartamento alugado.

Eu não tinha mais nada, no máximo 500 dólares para alimentação, ou seja, se eu não arrumasse rápido um emprego, eu provavelmente viraria uma mendiga, mas pelo menos seria em Los Angeles.

Brincadeiras à parte, eu corri para procurar um emprego e o primeiro que eu achei foi exatamente aqui. Nessa lanchonete. E foi aqui que eu vi Joshua pela primeira vez também.

Josh- Amor? Ta tudo bem?- ele segura minha mão.

Eu- Está sim, só estava pensando.- sorrio fraco.

Josh- Sabe, eu também tenho pensado bastante.- olho para ele confusa.

Eu- Pensado em que?

Josh- Em nós.- ele sorri e eu retribuo.- Sabe, minha vida tem mudado muito durante essas últimas semanas, mas ela vem sendo mudada por uma certa baixinha, morena, de cabelos cacheados e que ama morangos à um bom tempo.- eu abro o maior sorriso que eu posso.- Você não faz idéia do bem que você vem me fazendo, meu amor. Eu me tornei um novo Josh. Um novo homem. Agora um novo pai. E estar ao seu lado tem sido incrível. Ver você cuidando do Dylan, cuidando até de mim, é uma sensação maravilhosa. Eu gostaria de te fazer dois convites hoje, aqui no lugar onde tudo começou.- da uma pausa e então deduzo ser pra esperar que eu me expresse.

Eu- Pode fazer.- ele me olha no fundo dos olhos.

Josh- Hoje à noite eu tenho um jantar na casa dos meus pais, e eu gostaria muito que você fosse, para que eu te apresentasse como minha namorada.- ele sorri fraco. Pego no ar, que, nessa frase já se encontram os dois convites dele, mas preciso me certificar disso.

Eu- Perai, namorada?

Josh- Bom, o segundo convite, caso não tenha ficado explícito...- ele se levanta da sua cadeira e se ajoelha ao lado da minha, com uma caixinha preta na mão. Ele abre a mesma e me olha nos olhos.- É que eu queria saber se você gostaria de estar ao meu lado. Ser só minha e, do Dylan é claro, mas minha também. Se você gostaria de acordar com essa calopsita ao seu lado todos os dias que você quiser. Eu queria saber se você aceita ser a minha namorada.- eu fico um tempo sem responder, mas não é por quê eu estou pensando no que responder. Eu já sei a minha resposta e ele também sabe, mas eu me perdi no oceano que é os seus olhos.

Ele me olha preocupado pela demora e eu pisco algumas vezes. Puxo ele pra perto e dou um beijo calmo e encerro com um selinho.

Eu- Eu aceito tudo com você, Joshua.- falo baixinho contra sua boca. Ele sorri e me beija de novo. Depois de perdermos o ar, ele coloca a aliança em meu dedo e me da um beijo na testa, faço o mesmo com ele e sorrimos que nem os dois idiotas apaixonados que somos.

Depois de um tempo, comemos nosso café e saímos para caminhar pelas ruas de Los Angeles de mãos dadas. Conversamos um pouco e decidimos voltar para minha casa por volta das 9h.

Chegamos e Josh se joga no sofá todo esparramado e fecha os olhos sorrindo. Observo ele um pouco, tiro meu tênis e me deito em cima dele, com a cabeça escondida em seu pescoço. Sinto seus braços me rodearam e dou um beijo em seu pescoço.

Josh- Eu estou tão feliz meu amor. Acho que nada estraga meu dia hoje.- ele beija o topo de minha cabeça.

Eu- Acredite, eu também estou.- levanto um pouco a cabeça e apoio meu queixo em seu peito para olhar seu rosto.- Sabe que eu acabei de lembrar que você tem um jantar hoje?

Josh- É, mas se você não quiser, tudo bem, sem pressão.- ele faz carinho em meu rosto.

Eu- Eu quero ir sim, mas como assim "apresentar"? Você nunca falou de mim para ninguém?- pergunto curiosa.

Josh- Não, mas não se sinta mal, eu só queria fazer direito. A única pessoa que sabe sobre você é meu cunhado, o Noah, por que ele acabou me vendo chorando um dia e eu tive que falar, mas o Dylan ainda é o nosso segredinho. Caso você deixe, eu gostaria de apresenta-lo hoje também.

Eu- Uou, a família Beauchamp não me descobriu ainda.- dou um sorriso fraco.- Eu já disse que aceito tudo com você, amor. E nós vamos ao jantar se você quiser a nossa presença.- ele sorri pra mim.

Josh- Eu adoraria.- ele me dá um selinho, que vira um beijo e ali no meio das nossas carícias ficamos até 11h quando me obriguei a levantar e fazer o almoço. Já já o pequeno chega e Josh o apelidou como "furacão Dylan" quando ele está com fome.

Ele fica emburrado, não quer falar com ninguém e só falta chorar, não sei à quem ele puxou isso não. (Cof cof).

Estava fazendo o almoço, e Josh arrumando a sala e os quartos. Não vai ter moleza aqui não, ele que pense.

Saio dos meus devaneios quando escuto meu celular tocando. Tinha deixado ele na sala e como minhas mãos estavam ocupadas pedi para Josh atender.

Depois de um tempo ele aparece pálido na cozinha e me preocupo, lavo minhas mãos e vou pra perto dele.

Eu- Ei, o que foi?- ele me olha, mas não fala nada.- Joshua? Quem era? Fala comigo amor. To ficando preocupada.

Josh- Era da... Hm... Bem... Da escola do Dylan.- ele diz atordoado e eu me desespero.

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Espero que gostem. Deixem a estrelinha, ajuda bastante.
Créditos à LuizaSilva570

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