Capitulo 19, temp 2

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*Pov Any*

Acordo sentindo meu corpo ser brutalmente balançado. Abro os olhos atordoada e tentando me acostumar com a claridade dez vezes maior que essas paredes brancas proporcionam ao local.

Me assusto assim que vejo a figura de uma pequena menina pulando em cima da espaçosa maca (sintam a ironia) em que eu me encontro deitada.

-Mamãe.-o pequeno corpo é arremessado contra mim e por um momento me vejo sem ar, mas o desconforto logo é substituído pela sensação de coração quentinho. Me mexo com certa dificuldade até conseguir abraçar o corpo de Liv e quase espreme-la contra meu próprio corpo.-Você está me deixando sem ar, mamãe.

-Me desculpe.-tiro um pouco do peso de meus braço de cima dela e Liv se aproveita para me dar beijinhos pelo rosto, mas para repentinamente, me assustando um pouco com tal ato.-O que houve, meu amor?

-Você está chorando. O que foi?-ela pergunta evidentemente preocupada e eu sorrio fraco.

-Só estou feliz que você está aqui. Estava morrendo de saudade.-digo e não me contenho ao abraça-la forte novamente e se ela fosse um pug, com certeza seus olhinhos teriam pulado para fora. Seria engraçado, se eu não estivesse mesmo imaginando os olhos de um pug pulando para fora.

-Eu não sei você, mas eu não quero que minha irmã morra.-escuto uma voz um pouco grave e levanto meu olhar seguindo o som emitido, vendo meu filho me olhar com certa ternura no olhar.

-Meu Deus, como você cresceu. Faz quantos dias que não nos vemos?-digo brincando e ele vem me abraçar empurrando a pequena do meu colo, só por implicância.-Calma gente, tem Any pra todo mundo.

-Então eu também quero um abraço.-mais uma voz soa no local, mas eu não reconheço de primeira. Só sou capaz de identifica-la quando os cachos de Allyson aparecem em meu campo de visão.-Espero que tenha espaço pra sua nora ai, em?

-É claro que tem espaço para minha nora preferida.-digo brincando e meus filhos se afastam um pouco para que eu possa abraça-la. Conscientes, eu diria. Tem Any para todo mundo, mas eu ainda só tenho dois braços, o que dificultaria minha fala de "todo mundo" se tornar realidade.

-Ela é a única, mãe.-Dylan fala confuso.

-Não impede de ser a preferida.-digo e rimos.-Como vocês estão? Me contem tudo, temos o dia inteiro. Puxo assunto com os três e dito e feito.

O dia inteiro passamos conversando e pude me aproximar mais de Allyson. Pude aprender mais dos novos gostos de Liv e percebi que vê-los quinzenalmente, ainda sim, pode me fazer ser uma mãe bem desinformada.

Dylan não tinha muitas novidades, mas vê-lo me olhar com um olhar singelo de ternura e amor, me fez entender tudo que eu estou perdendo nesses dias que não posso estar com eles.

-Any?-saio do meu transe quando escuto uma voz bem mais grave que o normal. Faço um movimento brusco com a cabeça e encontro um homem alto, moreno e com as bochechas levemente coradas.

-Andy. Quanto tempo.-abro meus braços e ele se aproxima me aconchegado em um abraço rápido, mas muito confortável.-Nem me liga mais, estou só vendo.

-Eu preferi dar espaço, não queria atrapalhar sua melhora.-ele diz ficando mais vermelho. Acredito que algum dia eu possa fazê-lo explodir.

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