Capitulo 14, temp 2

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(Continuação do capitulo anterior)

*Pov Any*

-Eu sei que não, e foi por isso que vim. Eu não aceitaria te perder.-Clara diz e sinto meu peito apertar. Ela nem me conhece.-Eu tinha uma filha, Any.-ela diz e eu me afasto dela, à olhando nos olhos.- Seu nome era Sun. Ela era o meu sol, ainda é. Sub engravidou aos 24 anos, mas o pai do bebê não quis assumir. Minha filha decidiu seguir com a gravidez mesmo assim, mas assim que a criança nasceu, ela faleceu.

-Eu sinto muito.-digo segurando suas mãos, mas por incrível que pareça, Clara apenas sorri.

-A criança sobreviveu, e eu cuidei do meu neto, do jeito que eu pude. Sozinha. Quando Daniel, Dany para os íntimos, completou 15 anos, ele descobriu que a mãe dele faleceu no seu parto, e passou à se culpar pela morte dela, então Dany se suicidou. No seu aniversário. Há mais ou menos um ano atrás.-ela respira fundo, mas continua sorrindo.-Eu me senti a pessoa mais inútil do mundo, querida. Eu não consegui salvar minha única filha, nem mesmo meu neto. Eu não conseguia me salvar. Eu iria fazer a mesma coisa que você, hoje. E enquanto eu ia na farmácia comprar alguns remédios, encontrei Joshua na rua. Eu estava conversando com uma vizinha que encontrei na rua e ela me perguntou se eu não queria trabalhar de novo na casa dela, mas como eu já sabia o meu destino, prontamente neguei e segui meu caminho até a farmácia, mas Josh me parou, alguns segundos depois. Por algum motivo eu aceitei conversar com ele, e o mesmo disse que ouviu a conversa, sem querer e estava precisando muito de alguém para cuidar de sua casa. Não me pergunte por que, mas quando ele me convidou para conhecer a sua mansão, eu fui. Desviei do caminho da farmácia, e fui. Entrei na casa, observei todo o local e escutei a historia de Joshua sobre seus filhos e pode parecer brincadeira, mas ele contou um pouco sobre você também. Ele me cativou, e eu acabei aceitando o trabalho, mas Josh me disse que eu teria que morar lá. Fiquei com medo, mas eu fui. Meses depois conheci Dylan e Liv, e você pode me chamar de doida, se quiser, mas Any, foram eles que me salvaram de mim mesma. Foi a forma como eles me acolheram assim que me viram, pela primeira vez, que eu me salvei. Foi neles que eu senti a presença do Dany. Era como se ele me dissesse à todo momento, que estava tudo bem e que se eu pudesse ser para outras pessoas no mundo tudo que eu fui para ele, eu deveria fazer isso. E eu estou fazendo. Agora. Então continue sendo a Any que você é para os seus filhos, com outras pessoas. Tem um mundo todo lá fora precisando do seu sorriso. Então não desista Any. Você mesma vai entender que seu sorriso vai te salvar. E eu estarei aqui para ver tudo isso acontecer.

-Eu sinto muito, dona Clara, de verdade. Mas eu tenho orgulho de como você passou por tudo isso, e eu prometo tentar. Obrigado mesmo.-digo e nos abraçamos forte.

-Agora vá tomar uma água, se acalmar. Ainda temos o restinho da noite para aproveitar, inclusive, não se esqueça do jantar com Dylan.

-Será que ele não desmarcou? Meu Deus Clara, eu vou ligar para ele.-me desespero e enquanto disco o numero do meu filho ouço Clara dar risada e pegar seu celular também..

~chamada on~

-Mãe? Você está bem? Aonde você está? Pelo amor de Deus, mãe.-Dylan mal atende e já me metralha de perguntas.

-Calma, meu amor. Respira.

-Você está bem? Olha, mãe, o que aquela doida disse não é verdade. Eu te amo muito, e você é sim importante pra mim, ok? Não pense nunca que você e inútil. Você é incrível.

-Incrível é você, baixinho.-digo brincando e rimos.

-Sou mais alto que você, me respeita.

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