Capitulo 13, temp 2

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*Pov Josh*

Eu estou achando bem estranho toda essa parada da Any querer chamar Clara para ficar conosco em todas as atividades, mas eu percebo, sempre, que ela se esforça demais pra deixar um clima legal quando estamos juntos.

Depois de tudo que o Dylan me falou, eu não consigo imaginar o quanto eu à machuquei. Quantas noites eu à fiz perder. Quantas vezes ela pode ter pedido para morrer. Eu não consigo imaginar.

Eu amo. Ela sabe disso. Any sabe que eu ainda à amo, e eu também sei disso, mas não existe mais um "nós". Acho que é impossível existir de novo. Eu pisei feio na bola e até eu entender isso, eu já tinha cometido o mesmo erro diversas vezes, e eu já havia perdido a Any também.

Eu não poderia ter escolhido uma mãe melhor para os meus filhos. Eu tenho orgulho do que a Any representa pra eles dois.

E, assim como meu filho, eu senti medo. Medo quando aquele médico disse que se Any não se cuidasse direito, não pensasse nela mesma, ela poderia morrer em pouco tempo.

A morena emagreceu mais de 10kg, em menos de um mês. A Any não comia à 2 dias. Ela não dormia direito à mais de 1 semana. Ela ia morrer, se eu não à atendesse. E ela pode me dizer quantas vezes quiser, mas eu nunca vou acreditar que eu não tenho culpa nisso.

Tudo bem que foi ela que se colocou nessa situação, como ela mesma diz, mas quem fez toda essa merda acontecer? Eu.

Está decidido!

-JOSH.-alguém grita e eu me assusto, freando o carro rapidamente.-Você quer matar todo mundo, seu imbecil?-Any pergunta e eu reparo que eu ia passar no farol vermelho e já haviam vários carros passando na nossa frente, ou seja, eu ia bater feio.

-Jesus. Me desculpe, estava distraído.

-Que susto, papai.- Liv diz e eu respiro fundo.

-Desculpa.-digo e encosto a cabeça no banco, fechando os olhos em seguida.

-Tá tudo bem? Quer uma água?- Any pergunta calmamente, mas apenas balanço a cabeça, negativamente.-Só toma cuidado, por favor.-ela diz baixo e eu à olho, percebendo seus olhos cheios de lágrimas. Então me lembro que ela sofreu um acidente de carro, quando era pequena, e nele, ela perdeu uma tia. Droga! Me mexo um pouco e à puxo para um abraço, meio torto, devido as nossas posições, e ela chora em meu ombro.

-Me desculpa. Foi sem querer, desculpa!-sussurro em seu ouvido e ela só balança a cabeça, como se dissesse que não tem problema, mas eu sei que tem.

-O farol abriu, pai.- ouço Dylan falar e me afasto devagar da Any. Ela me olha e sorri fraco, mas logo encosta a cabeça na janela e fecha os olhos. Eu, por outro lado, sigo o caminho, calmo, mas com o coração disparado. Tirando ontem, quando eu à ajudei na sua crise, depois que nos separamos, essa foi a primeira vez que nos abraçamos.

A primeira vez que eu estive próximo dela. Que eu pude realmente sentir a falta que o calor de seu corpo emana para o meu. Sentir o quanto meu coração tem cada batida direcionada à ela. O quanto meu corpo chama pelo dela.

Isso doeu!

Depois de mais alguns minutos chegamos ao parque. Liv saiu animada do carro e rapidamente puxou Dylan e Clara junto, deixando, assim, eu e Any para trás.

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