My New Way

Capitulo 19

*Pov Josh*

Eu sinceramente nem sei como ainda estou aqui para contar história. Eu não tenho forças nem para sair de casa mais, já virei um móvel de casa. Trabalho pelo computador daqui mesmo, só como quando Sina vem aqui, e só dou risada quando a pequena Emma aparece para me dar bronca por não ir mais buscar ela na escola.

Ela me lembra tanto o pequeno. Eu só percebi toda a merda que eu tinha feito, quando eu já tinha ingerido metade dos remédios, mas achei que não ia ter que lidar com a minha própria rejeição.

Eu preferiria não estar mais aqui, para começo de conversa, mas como me alertaram desde o começo "saiba lidar com as consequências dos seus atos", cá estou eu.

Não era eu no meu próprio corpo quando fiz tudo aquilo, eu estava assustado comigo mesmo. Eu não falei pra ninguém, mas eu já não estava bem, psicologicamente, a um bom tempo. Quando Any apareceu, eu já estava mal, e cogitando a idéia de não existir mais, mas por ela e por Dylan, eu tentei mais. Eles me fizeram feliz, por fora, mas por dentro eu já não queria mais estar aqui.

Quando Dylan passou mal pela primeira vez e eu fiquei todo pálido, não foi pelo susto da ligação, mas eu estava tendo uma crise no quarto da Any, mas para não à preocupar mais, eu fiz o máximo possível para me acalmar, mas quando, por descuido meu, o pequeno quase morre, eu entrei em pânico.

Eu precisava, por tudo, afastar eles dois antes de fazer o que eu planejava. Eu sabia que ia machucar, mas era melhor eles receberem uma má notícia, estando com o coração machucado, do que ainda tendo um laço comigo. Doeria menos. Mas eu não obtive sucesso, e agora tenho que lidar com a rejeição de Any, talvez Dylan, pois Sina me contou o quanto Any fez o pequeno não me odiar, e com a minha rejeição.

Se minha irmã não vem aqui, eu não como, não bebo água, não faço nada. Não limpo a casa, não falo, não assisto nada. Só me mexo para olhar o computador, ou ir ao banheiro, mas ando tão fraco, que essas idas ao banheiro quase não acontecem. Acho que nem água no meu corpo tem mais.

Escuto meu celular tocar, mas não quero falar com ninguém, então nem olho. O barulho não me irrita mais, nada me irrita.

O telefone toca mais uma vez e eu olho só para saber quem é, e vejo o nome da Sina brilhar na tela. Bom, pelo menos ela ainda liga pra mim.

~chamada on~

-Oi.- falo com a voz rouca, já que não abro a boca à uns dois dias, desde que Sina veio pela última vez aqui.

-Acordou agora? Preguiçoso.- ela ri baixo.

-Não.- respondo seco.

-Uau, calma ai garanhão, só quero saber como você está, não precisa de grosseria.

-Desculpa, não esperava a ligação. Não deu tempo de mudar o humor.- brinco e ela ri.

-Mas eai, já comeu hoje?

-Bom, acho que não.

-Como acha que não? Ou você comeu ou não comeu, não me enrola Joshua, vai comer, não dá pra eu passar ai hoje.- ela me da bronca.

-O que faz de tão importante que não pode cuidar do seu irmão querido?- falo e escuto ela suspirar.

-Espera um minuto.- escuto ela andar um pouco e depois falar baixinho "é o papai". Eu me sento rápido na cama. Não pode ser.