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Darlan | Preto ☠️

Desde menor tô nessa correria tá ligado, sempre fui disposição, via minha mãe passando sufoco e ia fazer os corre pra ajudar ela, já vendi bala e água no sinal, não rendia muito mas já era alguma coisa no final do mês.

Meu pai abandonou nós quando a coroa tava grávida da Danielle, nunca mais vi aquele filho da puta, deve nem ser chamado de pai, espero que teja morto aquele mandado, foi embora de casa por causa de outra mulher.

Sou nenhum santo, traio a Yaya, mas não me orgulho disso não, mina firmeza, mó daora, eu que sou um vacilão mermo, garota tá comigo desde quando eu não era nada na favela e eu faço essas palhaçada com ela.

Mas também não tenho culpa se as piranha joga na cara, sou homem pô, resisto não, elas que são mandada, ainda ficam explanando no twitter, ficam de piadinha com a Yaya, já deixei várias careca por isso, da próxima vez vou matar pra deixar de exemplo.

Se hoje tenho um cargo bom na favela foi graças aos meus esforços, tendeu, comecei como fogueteiro, fui radinho, soldado, gerente da endola, gerente de boca e hoje sou gerente geral, tô lado a lado com o chefe, tenho o meu conceito e sou purão com geral.

Trato bem quem me trata bem, gosto de ver quem eu gosto melhor do que eu, deixo forte mesmo, não falta nada pra minha filha, minha mãe, pra Yaya e nem pra Danielle, nenhuma delas precisa trabalhar, fortaleço abessa.

Minha filha é o meu maior tesouro, tá ligado, sou malucão pela Hanna, quando a Yaya disse que tava grávida fiz maior festa na favela, minha maior vitória pô, sou capaz de matar e morrer por ela, gosto nem de me imaginar sem ela.

Passei na boca, marquei o dez alí e guiei pra minha base, passando num beco o menor atividade me chamou, dei a volta e parei na frente dele.

Preto: Passa a visão do bagulho, fica na atividade aí em.

- Coé Preto, a Geovana do beco da dez tá atrás de tu, falando pra geral que tá grávida e o filho é teu.

Preto: Ela foi pra onde? - passei a mão no rosto imaginando o b.o que isso vai dá.

- Desceu aí com as amigas dela pô, sei pra onde foi não tendeu.

Preto: Já é, valeu, atividade no bagulho aí em, ver a mandanda aí passa o radinho. - acelerei a moto.

Dei role na favela atrás da filha da puta e nada, Yaya vai ficar boladona comigo pô, e com razão, mas esse filho não é meu não, com essas piranha eu uso camisinha pô, só vou no pelo com a Yaya mermo.

Radinho apitou, menor falando que tava maior barraco na frente da minha casa, guiei pra lá, cheguei tinha uns menor segurando a Yasmin e outros ajudando a Geovana a levantar.

Preto: Geral circulando no bagulho aí. - falei descendo da moto e dando tiro pro alto, rapidinho geral foi embora. - Leva a garota pra boca da ponte, Yaya bora conversar.

Yasmin: Eu não tenho nada pra conversar com você, acabou aqui Darlan, acabou. - disse entrando dentro de casa, fui atrás dela.

Preto: O filho não é meu amor, acredita em mim, pode ser de qualquer um aí, garota é rodada pela favela.

Yasmin: Cala a boca, para de se sujar mais, mais errado que ela aqui é você, é você que é comprometido e não ela, se ela passou pela favela toda eu não tô nem aí.

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História baseada em fatos reais...

Última ChanceWhere stories live. Discover now