Sempre gostei de fazer planos. Amava ter tudo sobe o meu controle, só que na verdade, não tinha controle de nada.
Meu pai é um homem que vive no século XV, segue os preceitos que as mulheres não devem agir com liberdade, muito pelo contrário, defen...
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─ Vai aparecer na minha festa? ─ Hugo toca meu ombro, obrigando-me a desviar a atenção da tela do notebook.
─ Claro. Aliás, vou levar a Jasmim comigo. ─ Comunico. Retomo minha atenção no texto que pretendo terminar antes de encontrar com Jasmim, às quatro horas.
Depois ter lido a parte dela, achei minha história uma bosta por isso estou trabalhando desde ontem a noite numa nova. Mantenho a nossa prisão no cemitério, mas acrescento passeios educativos a nossa viagem, pois se fosse uma história real, aposto todo o dinheiro que tenho no banco que teria que acompanhar aquela baixinha em passeios chatos pelos lugares turísticos da cidade do México.
Um soco atinge meu ombro, lanço um olhar nenhum pouco amigável para o cara que insiste em me encara com aborrecimento.
─ Tá surdo, idiota? Escutou o que eu disse? ─ Ele falou alguma coisa? Minha cara de desentendido vale mais que minhas palavras e Hugo já suspeitando da minha resposta, nega minha atitude egocêntrica. ─ Perguntei se está acontecendo alguma coisa entre você e a Jasmim, babaca. ─ Esclarece.
Viro minha cabeça para o aparelho a minha frente. Respondo acenando de forma negativa. Volto a digitar de modo rápido e direto conforme as ideias que surgem a minha mente.
─ Gosta dela? ─ Os olhos deles estão sobre mim e isso é irritante. Hugo é o certinho da família. Não fica bêbado, odeia vadiagem e tem planos claros para o futuro e depois que conheceu Sófia, se tornou um cachorrinho apaixonado. Se tornou um iludido completo, o cara tem 21 anos, mas tem planos claros envolvendo casamento. Quem quer se casar nessa idade? Ninguém esperto o suficiente para saber que casamento é uma merda embrulhada com papel de presente. Mas além dele ser burro, julga que eu seja burro também ao ponto de me apaixonar e jurar amor eterno, que não vai alcançar nem um mês.
─ Hugo, o único idiota aqui é você para embarcar no trem do amor. ─ Mesmo não abrindo a boca para me contradiz, a face dele se encarrega de expressar sua opinião oposta. ─ Jasmim é bonita, engraçada. Não gosto dela, gosto da aparencia dela. O corpo me chama a atenção e você sabe que eu somente conversei com ela naquela sorveteria, porque pensei que ela me daria mole.
─ Não rolou?
─ Não. ─ Escapa um suspiro frustrado. ─ Ela não me quer. ─ Hugo rir. Caçoa da minha cara por não conseguir ter a garota que planeja ter na minha cama na semana passada, mas não foi como planejei. E, após conhecer Jasmim melhor, descobrir que ela não merece perder a virgindade com um cara como eu e muito menos com um cara igual ao Lorenzo. Espero que ele não a machuque, desejo que ela encontre a verdadeira face daquele canalha antes que seja tarde demais.
─ Bom para ela. Ela parece ser boa demais para você, e sabemos que você sempre destrói as coisas boas da sua vida. ─ Não as destruo, simplesmente as afasto. ─ Já começou no novo emprego? Sabe que se precisar de dinheiro pode contar comigo, não sabe?
