Capítulo 18

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Minhas mãos pressionam firmemente a cintura da menina que esconde o rosto no meu peito

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Minhas mãos pressionam firmemente a cintura da menina que esconde o rosto no meu peito. O elevador se abre, dou o primeiro passo e Jasmim continua lutando para andar sem cair, mas constantemente tropeça nos próprios pés e batalha com o estômago que colabora para o mal-estar e a horrível sensação de enjoo. Afasto a porta para conseguirmos passar.

─ Eu quero vomitar. ─ Comunica, repousa a mão sobre a boca e corre na direção do banheiro.

Passo na cozinha e pego um copo de água. Entrando no banheiro, a encontro sentada de frente para o vaso, as mãos apertando a barriga e seu olhar longe demais de mim. Sento ao seu lado e entrego o copo, ela não o bebe.

─ Por que as pessoas mudam? ─ A voz dela é baixa, fazendo-me duvidar se ela fala consigo mesma ou comigo. ─ Nas festas de final de ano, eu e minha família vamos para a fazenda dos meus avós. Para todos ali meu pai é o homem perfeito, é o homem com quem minha mãe se casou, mas somente os filhos sabem que aquele homem morreu. É somente aparência... ele não é o pai carinhoso de antes, agora é o babaca que dorme com garotas com metade da idade dele. ─ Respira fundo e toma um gole da água. ─ Você também não faz juízo a sua imagem. Te enxergava como um garoto solitário que pegava aquele monte de garota para preencher a solidão, mas como elas nunca preenchia, você as descartavam como lixo. Julgava que você era um cara mal. Confesso que estava enganada, você não é mal, é engraçado, legal e não é um homem vazio... tem amor, compaixão e muitas piadas sem graça preenchendo você. ─ A cabeça dela escorrega para meu ombro. Talvez você pegue muita mulher porque é um idiota mesmo. ─ Abaixo meu rosto e encontro a boca que se transforma num sorriso brincalhão.

─ Acho que sou meio solitário. ─ Confesso num suspiro. ─ Não costumo a confiar muito nas pessoas, me fazendo ser um pouco solitário por dentro. Mas você tem razão, pego muita menina porque sou idiota. ─ Envolvo humor para cortar o clima depressivo que se cria em nossa atmosfera.

─ Confia em mim? ─ A cabeça dela se ergue para encarar meus olhos. Ao contrário de mim, não consigo manter um foco, os olhos dela estão mais claros que o normal e me sinto hipnotizado, os lábios vermelhos clamam por meu nome, o seu rosto um pouco vermelho que o normal emana calor e seus cabelos mesmos bagunçados a deixam ainda mais linda... eu quero beija-la. Sentir o gosto desses lábios, mas tenho que me controlar, hoje não é um dia para isso. Hoje não.

Levo minha mão em seu rosto e ela fecha os olhos como se me toque a causasse algo.

─ Você é minha Chica. Como não confiar em minha Chica?

Com o decorrer da noite Jasmim melhora e somente quando ela consegue caminhar sem tropeçar nos próprios pés a deixo tomar outro banho.

Encaro a tela do celular notando que faz dez minutos que Jasmim entrou no banheiro. Será que ela caiu?

Abandono qualquer pensamento negativo. Na verdade, não sou capaz de pensar em nada, não enquanto devoro Jasmim que, sai vestindo uma das minhas blusas de frio que fica enorme em seu corpo, mas ao mesmo tempo demasiadamente sexy. Seu cabelo está preso, mas cachos desordeiros caem pela lateral do seu rosto, dando um ar angelical para ela. A blusa mesmo sendo grande e larga não colabora para meu lado, deixando aparente o bico dos seios da menina. Falo para mim mesmo que é errado, mas não dá. As pernas curtas e nuas exibem sua beleza, complementado as partes que ainda não conhecia do corpo da menina que se deita ao meu lado na cama. Tímida, muito envergonhada se enfia debaixo dos cobertores e acabam com minha minuciosa análise.

─ Como é morar sozinho? ─ Tenho que piscar algumas vezes para forçar minha mente parar de voar e prestar atenção nas palavras e nãos nos lábios dela.

─ É legal. Às vezes um pouco tedioso, mas depois de um tempo acabamos acostumando.

─ Quanto tempo mora sozinho? ─ Vira o corpo na minha direção.

─ Três ou quatro anos. Mas vim para cá logo após que meus pais se divorciaram e minha mãe, e minha irmã foram morar em Barcelona.

─ Por que não foi com elas? ─ Nem sei o que responder. Não sou o tipo de pessoa que conversa sobre família, sobre minha vida no geral com outras pessoas, sempre guardo tudo para mim. Acumulo tudo aqui, impedindo que qualquer um tenha acesso à história da minha irmã, ao fato deu ter que trabalhar como garçom para me sustentar. Jasmim tem razão sou uma pessoa solitária, meu maior motivo de ser assim é não confiar em ninguém, não me abrindo e baseando minha vida em mentiras que serve para enganar Matheus e os outros que dizem ser meus amigos.

─ Não estava pronto. Naquele tempo muita coisa acontecia e eu não estava forte o suficiente para lidar com tudo aquilo.

─Você é forte agora?

─ Sou.

─ Você é! ─ A sonolência percorre em sua voz. Os olhos fechados e a consciência já desligada.

Apago as luzes. Entro debaixo das cobertas, entrelaçando minhas mãos atrás da cabeça permaneço, encarando fixamente o breu que nos envolve, deixo minhas lembranças tomarem conta, recordando o divórcio dos meus pais, as noites em que fiquei sem dormir procurando minha irmã que tinha fugido de casa pela segunda vez, as brigas dos meus pais, a surra que eu dei em Lorenzo, a dor que senti ao me despedir da minha mãe e da minha irmã e a raiva que senti ao ouvir que seria tio.

Estilhaçam meus pensamentos pelo ar quando mãos quentes repousam sobre a lateral do meu corpo, pernas desnudas entrelaçam-se as minhas e sinto um peso em cima do meu peito. A luz que emana da janela possibilita capitar os olhos trancados de Jasmim, ela não apresenta nenhum sinal de estar acordada, mas não posso deixar de pensar que cada movimento foi proposital. Poderia ficar a encarando durante toda a noite, elaborando planos para saber se são atos conscientes ou não, mas a medida que fecho os olhos eles pesam ainda mais e chega a um ponto que o único movimento que consigo cometer e de desentrelaçar os dedos e os repousarem nas costas da garota que dorme sobre meu peito

 Poderia ficar a encarando durante toda a noite, elaborando planos para saber se são atos conscientes ou não, mas a medida que fecho os olhos eles pesam ainda mais e chega a um ponto que o único movimento que consigo cometer e de desentrelaçar os ...

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Quero pedir desculpa por não ter postado capítulo de sábado e quarta, mas como recompensa do meu sumiço dois capítulo maravilhosos sobre o nosso menino, Alex. Espero que estejam gostando da história e quero muito que vocês me digam o que estão achando dos personagens e da história no geral, espero de todo coração  que tenham gostado do capítulo e da música.

Em breve vou disponibilizar uma playlist da Minha Garota no Spotify e quem tiver interesse vão conseguir encontrar o link no meu perfil ou no meu Instagram: Biella010.

Tchauzinho, flores do meu jardim🌻❤🌺🌼🌷⚘

Minha GarotaWhere stories live. Discover now