Capítulo 49

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Múrmuros masculinos avançam, ouço os filhos dizendo ao pai para repousar, para descansar, não adianta, recebem uivos ignorantes como repostas

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Múrmuros masculinos avançam, ouço os filhos dizendo ao pai para repousar, para descansar, não adianta, recebem uivos ignorantes como repostas. Em questão de minutos uma figura semelhante a Gabriel surge na porta, um homem de ombros largos e olhos escuros, está com curativo no queixo e manca um pouco, sua perna está com pontos, mas não parece doer já que o homem não esbanja nenhum sinal de dor enquanto me ataca. Sou atingido por socos no estômago, não caiu no chão por um milagre.

─ Chega, pai! ─ Bruno intervém, tentando me ajudar. Seu corpo serve de barreira ao meu, não deixando que o pai me agrida, mesmo tendo esse ato corajoso, é evidente sua voz falhada e as pernas trêmulas.

─ Cala boca sua bicha. ─ O homem empurra Bruno em cima de um espelho que despedaça, penso em ajudar Bruno, só que um chute atinge meu peito e caio no chão. Passo a mão pelo local, sentindo excessivamente a dor. Abro os olhos e vejo a imagem de um homem mais jovem, esse eu ainda não conhecia.

─ Isso é pela minha irmã ─ Chuta minha barriga. ─ pelo Gabriel ─ seu pé pega em minha cabeça. ─ essa por ter a coragem de aparecer aqui! ─ Seguro o pé dele antes de atingir minha boca, puxo o membro fazendo-o desequilibra e cair de costas no chão.

─ Levanta, Thiago! ─ O pai de Jasmim ordena.

Thiago tenta se levantar, mas antes que recupere o equilíbrio, Bruno o derruba com um soco no rosto, depois disso, é quase impossível evitar machucados, mais quatro pessoas entram no quarto, gêmeos vêm para cima de mim e tenho que usar tudo o que encontro no caminho para feri-los, pego os cacos de espelho no chão para usar como arma. Enquanto uma das cópias tenta me atingir, puxo seu braço, o trazendo para cima de mim, pego o pedaço de espelho e aproximo de seu pescoço, ameaçando o outro a largar o taco de beisebol que eu havia deixado do lado de fora. Empurro o garoto para longe de mim e me concentro em ajudar Bruno a se livrar de Thiago que o segura, enquanto Gabriel soca seu peito. Bato o taco na coluna de Thiago que solta um gemido de dor antes de ceder ao chão, em Gabriel uso bastão contra o pescoço de Gabriel, o fazendo cambalear para trás, deixando Bruno a salvo. Pego o caco de vidro e furo o braço de Gabriel que se assusta ao ver o vermelho jorrar de seu corpo. Os gêmeos somem da confusão, sobrando o quarto somente dois garotos que tentam levar o pai para fora do quarto, mas nada adianta, o pai de Jasmim luta para conseguir escapar dos braços dos filhos que querem que essa merda acabe.

─ Quem você pensa que é para vir a minha casa e bater nos meus filhos! ─ Berra, balançando as mãos em minha direção, como se tentasse esticar os braços para tentar agarrar meu pescoço, só que é uma tentativa falha.
Não me importo de responde-lo. Ajudo Bruno a se recompor, ele pega a mala dele e tento ajuda, mas ao pegar sinto minhas mãos arderem, e noto que as cortei quando peguei os cacos de espelho para me defender.

─ Me larguem! ─ Ele bate em um dos meninos que manda ele se foder e some pelo corredor. Os outros também o soltam e Bruno entra na minha frente, recebendo o soco que era destinado a mim. O pai o empurra, e não dá... eu não posso mais com essa situação.

Minhas mãos se fecham na garganta, com impulso o derrubo no chão. Minhas mãos se fecham em pescoço enquanto meu joelho esmaga suas bolas, uso a força do meu corpo para desarmar a raiva e o ódio dele, as mãos dele tentam alcançar meu pescoço a afundo meu joelho em seu órgão genital e vejo os olhos dele se encher de lágrima.

─ Era você quem deveria ter morrido e não a mãe deles. ─ Solto, gravando minhas unhas na pele do pescoço.

─ Você não pode falar daquela puta! ─ Ele arrisca em dizer com a voz embargada. ─ A mãe deles era uma puta que me traiu, que pretendia fugir com outro, e a jasmim é como ela. Uma traidora. As duas são traidoras. ─ Minhas mãos se afrouxam e reparo que ele consegue puxar o ar para seus pulmões. ─ Por isso a matei, ela mereceu morrer. ─ A sua voz é baixa, somente eu consigo ouvir, eu acho.
Levanto-me. Atordoado.

─ Eu sabotei o carro dela. ─ Revela passando as mãos pelo pescoço marcados por minhas mãos. ─ Era para Jasmim estar lá também, infelizmente a mãe foi ordinária o suficiente para tentar fugir sem levar a filha, e foi eu quem tive que lidar com a bastarda.

Jasmim não é filha dele.

Ela não é filha dele, por isso ele não a amou, por isso ele a torturou, por ódio da mulher. O filho da puta batia em Jasmim somente para descontar a raiva da mulher morta, ele...

Pego o bastão e bato contra o rosto envelhecido. Meu corpo está descontrolado, não quer parar, não sei quanto vezes a madeira é rebatida no corpo humano, mas sei que Bruno está me arrastando para trás com a ajuda de um dos gêmeos.

─ Você é doente! ─ Berro, com ódio trasbordando por meu corpo.
O corpo dele não responde. Bruno pega as malas e me faz acompanha-lo. Saímos e corremos para meu corpo, minhas mãos sagram, minha carne está fraca, abalada com tudo o que descobriu, eu nem sei o que pensar... Jasmim simplesmente passou a vida sendo fruto de uma traição, e o pior, a raiva que o pai sentia dela e os descasos eram feitos em forma de vingança, como se ele quisesse atingir a mãe dela, ou seja lá quem for.

─ O que devemos fazer agora? ─ Bruno pergunta, ele também ouviu tudo.

─ Eu não sei.

─ Acha que é melhor contar?

─ Não. Na verdade, não conte nada. Jasmim não merece viver com a ideia que a mãe pretendia fugir e deixar a filha para trás, já basta tudo o que ela sofreu com seu pai. Ele é seu pai?

─ Não sei. Eu não sei de merda nenhuma. E realmente não quero saber, não importa quem tenha me colocado no mundo, minha família é somente a Jasmim.

Minha GarotaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin