Capítulo 55

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Saio do carro e corro, tentando ajeitar o material dentro da minha mochila e desejando que o porteiro não feche a merda do portão

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Saio do carro e corro, tentando ajeitar o material dentro da minha mochila e desejando que o porteiro não feche a merda do portão. Localizo o portão da escola que começa a se mexer, grito feito louco para esperarem, nada, elas continuam a fechar. Corro, corro e jogo meu corpo para dentro do local escolar, poderia ter quebrado o nariz, acertado a cara no chão, mas meu corpo é jogado contra outro corpo, um corpo do qual já decorei cada centímetro.

Ouço um gemer. Ergo-me o mais rápido que consigo, estico o braço para pode-la ajudar, Jasmim pega em minha mão e por acidente uso força demais, provocando que seu corpo choque contra o meu.

─ Desculpe. ─ Peço, encarando lindos olhos que encaram minha boca. Quero beija-la, quero muito sentir o gosto dela outra vez. Ela pisca algumas vezes, seus olhos são direcionados ao chão, e em seguida sua mão foge da minha.
Um passo para trás, um meio sorriso, são as únicas coisas que recebo como resposta.

─ Preparada para a prova de hoje? ─ Solto como uma iniciativa de puxar papo, mas ambos nos recordamos que estamos atrasados. Jasmim com suas pernas pequenas aceleram os passos o mais rápido que dá, em cinco passos meus, Jasmim está nove atrás e para piorar para o lado dela, ainda há dois andares de escadas para enfrentar.

Volto alguns passos e a pego no colo.

─ O que pensa que está fazendo? ─ Pergunta, mantendo seus braços firmes em volta do meu pescoço enquanto subo de dois em dois degraus.

─ Facilitando sua vida, Chica. ─ Uma luz acende em seu sorriso, identificando sentir saudade desse bobo apelido.

A deixo no chão e corro para o final do corredor onde se localiza a minha sala, o professor por gostar de mim, desconsidera meus cinco minutos de atraso e permite que eu faça a avaliação. Cinco cadernos de provas são entregues em minha mesa, sinto meu coração acelerar à medida que leio as questões, à medida que identifico as matérias, relembro dos conteúdos que estudei ontem e de algumas anotações que Jasmim fez nos meus cadernos com alguns macetes.

As provas não estavam tão difíceis quanto pensei, o que ajudou bastante para conseguir sair mais cedo do que imaginado, passo pela sala de Jasmim e a cadeira dela está vazia, desço as escadas e por ironia do universo encontro a baixinha mais linda alguns passos a minha frente. Sei que não devo continuar a insistir... que se dane, não posso resistir a tentação.

Passos meus braços sobre seus ombros e um grande sorrir expande pelos lábios rosas.

─ Olá, Chica.

─ Olá, Chico. ─ O rosto de boneca se vira para mim. ─ Obrigada por facilitar minha vida hoje de manhã.

─ Não há de quê. Sabe como é, devemos ajudar os penas curtas. ─ zombo, um revirar de olhos e um empurrão são suas imediatas reações.

─ Por que chegou atrasada hoje?

─ Meu celular não despertou. E você?

─Acordei atrasado.

Entregamos os papeis de autorização de saída ao porteiro que abre o portão. Jasmim sai, examina a esquerda, a direita e nossa frente. Não sei dizer se procura algo, ou só não quer olhar para mim.

─ E sua mãe e irmã? A viagem?

A voz sai falhada ao se referir a viagem. Ela quer que eu fique, só queria ouvi-la dizer em voz alta, quem sabe desse modo tenha a coragem de jogar tudo para o ar e ficar aqui, com ela.

─ Todos vão muito bem. A viagem continua de pé, assim que os resultados finais saírem vamos embora. ─ Minha garganta se fecha a cada frase falada e a atitude de Jasmim é sorrir, concordar, atitudes que me matam.

─ Fico feliz.

─ E você, fez amigos novos no novo apartamento? Gosta dos seus vizinhos? ─ Deveria ter finalizado ali..., mas se eu desse as costas e não perguntasse sobre aquele idiota que eu vi conversado com ela, não teria sido uma atitude original minha, teria sido um deixa para lá, deixa ela viver a vida dela, e mesmo que não tenhamos mais um namoro, não quero deixa-la para lá. Fodas, sou egoísta e só de imaginar a Jasmim rindo, dizendo que ama outro cara, me faz ter vontade tacar minha cara da parede.

─ Bom... ─ Abre seu sorrisinho. Ela sabe que eu a vi com o outro garoto. Ela sabe que estou consumido de ciúmes e consigo identificar em sua face que gosta de me ver assim. ─ Gosto do apartamento. Os vizinhos são gentis e fiz um amigo, o nome dele é Júlio, aquele com quem estava conversando na rua quando você passou de carro.

Abaixo meu rosto, envergonhado, mas gostando do rumo de nossa conversa.

─ Você me viu.

─ É impossível não o ver.

Alguns segundos de silêncio, apreciando a companhia dela.

─ É isso o que queremos? ─ Pergunto, em dúvida sobre tudo. Tudo ao meu redor e até mesmo sobre meus próximos passos a tomar. A amo, e não quero me separar dela sabendo que não estou tentando o suficiente. Quero ouvir da boca dela por uma última vez que ficarmos juntos é errado, caso ela diga, eu me conformo e paro definitivamente de tentar mantê-la em meus pensamentos.

─ Não, não é isso que queremos. ─ As mãos dela em formato de concha envolve meu rosto, um sorriso melancólico ela dá, vejo um piscar com força... ela luta para não chorar. ─ Mas é o que precisamos fazer. Não há nada mais importante do que a família, Alex, sua mãe precisa de você, então a ajude. ─ Um respirar fundo. Limpo uma intrusa lágrima que traça um caminho pela bochecha dela.

─ Sabe que não é a pessoa mais aconselhável para falar de família, não é? ─ Brinco em meia a dor que sinto.

─ Família é quem te apoia, quem te ama e sempre está com você. Minha avó e Bruno são minha família, aqueles que me tratavam como empregada e me batiam são seres com o mesmo Dna e nada mais. Ao contrário de mim, você tem uma mãe que te ama, aproveite isso.

As mãos dela passam em volta do meu pescoço, os pesos dos pés lutam para se equilibrarem nas pontas do dedo, seus lábios ligam-se aos meus. A prendo contra meu corpo, não quero que esse beijo nunca acabe, porque quando os pés dela se firmarem no chão, será nosso Adeus.

Seus úmidos lábios tentam se afasta, enfio minha mão entre seus cabelos e pressiono seus lábios contra os meus novamente. Permito que meus lábios absorvam o calor dos dela, que minha língua explore os lugares que não lembrava mais, faço com que nosso beijo de despedida valha a pena.

─ Eu amo você. ─ Declara. Repousa os pés no chão, não tenho tempo de devolver uma resposta a frase, ela corre.

Foge.

Não há nada para se fazer, não há nada para se falar, tudo o que era para ser dito, foi dito, tudo o que era para acontecer, aconteceu. Prometi para mim mesmo que desistiria dela caso tivesse noção do que estava fazendo e sim, ela tem certeza de suas escolhas, não posso fazer nada, porque ela deu a última palavra.

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