Capítulo 23

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─ Nunca uma menina me questionou o porquê deu ter a beijado, na maior das vezes elas me pedem mais

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─ Nunca uma menina me questionou o porquê deu ter a beijado, na maior das vezes elas me pedem mais. ─ Solta um sorrisinho nervoso. Em lentidão passa a mão no cabelo, juntando os fios que caem na testa com o resto do cabelo negro molhado. ─ Eu te beijei porque queria beijar você, e eu sei que você não me beijaria na frente de todos. Não esquenta, não me esqueci que me beijar em público para você é uma vergonha. ─ Brinca, tentando soar de modo descontraído, no entanto, consigo perceber um certo ressentimento por debaixo das palavras.

─ Não sei se me concentro no fato de você ter me comparado com outras garotas com quem já trocou salivas roubadas ou se eu foco na parte de você insinuar que tenho vergonha de ficar com você. ─ Gesticulo com as mãos, as colocando ao lado do meu corpo como se fossem balanças e cada uma carregasse o peso das minhas opções de discursões. Levanto a mão direita. ─ Vamos focar no fato da vergonha. Eu não tenho vergonha de você! ─ Quase grito.

─ Tem certeza? ─ Alex cruza as mãos na frente do queixo e indaga com sua voz rouca, como se tentasse plantar a dúvida em mim.

─ Por que estamos tendo essa discussão? Não somos namorados. Não somos ficantes. Não somos nada. Nós beijamos, mas foi apenas isso, um beijo. Mas respondendo sua idiota pergunta. Sim, eu tenho certeza. Não me envergonharia de namorar você. ─ Pronuncio confiante. Confiante até demais. ─Alex, você é carinhoso, divertido, cumpre suas promessas e além de tudo isso, é gostosão ─ Ele lambe os lábios inferior e aproxima de mim, mas antes que ele ative qualquer sensação maluca em meu corpo, acrescento ─, mas também é um galinha.

─ O quê? ─ Para no mesmo momento. Um ponto de interrogação surge em sua face e eu tenho que segurar uma risada para não zombar da aparecia patética que ele esboça. Sempre acreditei que ele soubesse que era um galinha. Pelo semblante até parece que acusei o homem mais santo da terra do pior pecado já cometido sobre os mares.

─ Querido, com quantas garotas já dormiu? Muitas. Alex, todos os lados que vamos, às mulheres te comem com os olhos, muitos olhares já viram você pelado e os outros olhares se derem mole, você passa o rodo. ─ Ele balança a cabeça em negação. Parecendo ter ouvido a notícia mais deplorável que ouviu sobre o seu respeito.

─ É isso que pensa de mim? Sou um galinha que sai por aí pegando várias? ─ A decepção toma sua voz.

─ Eu citei tantas coisas por que raios focou no galinha?

─ Porque pensei que você não me julgaria assim. ─ dá uma pausa. Uma pausa extremamente longa, longa o suficiente para me sentir culpada por cada palavra dita. ─ Supus que seria mais inteligente, que elaboraria uma teoria onde eu sou um ser vazio a procura de prazer no corpo feminino, na busca de achar consolo... qualquer um pode me julgar como galinha, mas de você, eu esperava mais! ─ Filha dá égua! Estava me cagando de medo, acreditando mesmo que ele se sentiu ofendido por eu ter chamado de galinha... era zoação. Ele zoou com a minha cara. Cretino!

─ Babaca! ─ Xingo. E desmanchando aquele melodrama o sorriso reaparece em sua face.

─ Sei que sou um babaca, um idiota que sai com muitas, mas como recompensa por eu ser um bosta, o universo me fez gostosão, ao menos foi você quem confirmou. ─ Faz cosquinhas em mim, enquanto retoma meu elogio mais tolo.

Rendida no chão e morrendo de tanto rir, Alex finalmente tira as mãos de mim, permitindo que recupere meu ar. Se joga ao meu lado e olhamos o céu azul, nos desconectando dos gritos e de uma música vinda do carro de alguém.

─ Você beija bem. ─ Arregalo os olhos e no mesmo momento me viro para ele a procura do motivo desse comentário. ─ Mesmo nunca tendo beijado, o seu beijo foi bom, digo isso para você não ficar assustada na hora que for beijar o insignificante do Lorenzo. Quer dizer, pode melhorar, melhorar muito se tiver eu como professor. ─ É tentadora a proposta tão indecente, mas tenho que dizer não.

Tá, mas por quê não? Vocês não são amigos próximos, você não tá afim dele, mas sim do Lorenzo e beijar esse gostosão nunca será um sacrifício. Então eu pergunto: Por que não?

Ah, voz perversa e sábia. Olhando por um lado ela tem razão, não há nada a perder.

─ Como funcionário essas aulas, professor? ─ Assim como eu, Alex também esboça surpresa por minhas palavras. Posso voltar atrás na minha resposta já que Alex insiste em não dizer nada e só me encara com essa cara de espanto, mas caso eu volte atrás, vou perder uma chance de ouro. Que saber! Vou seguir a filosofia proposta por Alex, vou viver para fazer lembranças, ao menos quando estiver velha caindo aos pedaços olharei para trás e recordarei que fiquei com o garoto dos olhos mais lindos da escola.

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Capítulo curtinho para deixar todo mundo com gosto de quero mais para os capítulo de sábado kkkkk.

Minha GarotaWhere stories live. Discover now