Capítulo 26

404 38 190
                                    

Os horários de aulas foram tranquilos e minha única aula com Jasmim, vi algo que nunca vi antes, Jasmim dormindo em plena aula

اوووه! هذه الصورة لا تتبع إرشادات المحتوى الخاصة بنا. لمتابعة النشر، يرجى إزالتها أو تحميل صورة أخرى.

Os horários de aulas foram tranquilos e minha única aula com Jasmim, vi algo que nunca vi antes, Jasmim dormindo em plena aula. Tentei conversar com ela, mas as poucas vezes que a encontrei, estava deitada no colo da amiga e suponho que também estava dormindo nesse momento.

─ Procurando alguém, mano? ─ Matheus pergunta, socando meu braço forçando minha atenção pousar sobre ele e o assunto que ele e os outros caras discutem.

─ Não. ─ Minto. Continuo a vasculhar no meio da multidão pela bela adormecida, mas nenhum sinal.

─ Vai passar lá? ─ Matheus indaga pela segunda vez em cinco minutos a mesma pergunta e sem ânimo respondo com a mesma resposta da pergunta anterior. ─ Pode levar a baixinha desaforada, gostei dela. ─ Normal. Matheus sempre gostou das garotas sem rédeas na língua e malucas por natureza, por isso que o carro dele vive no conserto.

─ Como conheceu aquela sem noção? ─ Bernardo comenta.

─ O que disse? ─ Uso minha voz ameaçadora que geralmente uso para falar com os babacas. Quero ver se ele vai ser homem de chamar a Jasmim de maluca na minha cara, caso ele tenha essa capacidade, juro socar tantos esses olhos verdes que, nenhuma menina vai conseguir identificar a cor, já que vai estar mergulhado no sangue.

─ Calma, cara! ─ Levanta os braços mostrando não querer confusão. ─ Tranquilo, não chamo mais a doidinha lá de maluca, mas você tem que concordar que falar que sou frouxo não foi legal da parte dela.

─ Fodas! Não chame a Jasmim de maluca ou qualquer outro apelido que possa faze-la se sentir mal, ok? ─ Expresso de maneira tensa minha raiva contida. ─ Além do mais, não é culpa dela, você ter brochada com as meninas que combinou de se encontrar ou pensa mesmo que essas garotas não espalharam que você é um puto de um brocha?

─ Que discursão animada! ─ Lorenzo tenta se enturmar. Dou as costas e em passos longos me esforço em sair. ─ Ei, Alex!

─ Que foi? ─ Retorno a minha posição inicial.

─ Que história é essa de você conversar com Jasmim? ─ Tá zoando com a minha cara! Que merda de direito esse filho de uma mãe acha que tem sobre mim ou sobre a Jasmim? Se esse otário julga que com essa voz forçada vai me fazer recuar, tá muito engado. Isso somente aumenta minha vontade de bater nele.

─ Nunca mexi com suas garotas, também não quero que se envolva com as minhas, beleza?

─ Não. Não tá nada beleza! Não te suporto e você vem dizer na minha cara que não quer eu perto da Jasmim que não é nada sua? Vamos inverter os papeis, sou eu quem não quero um lixo como você perto dela, deu para entender?

─ Desde quando passou a defender as meninas? Não eram apenas pedaço de carne para você? Cara, ambos aqui sabemos que você só está sendo legal com ela porque eu a quero, então sai do meu caminho e procure outras porque aquela ali, é minha!

─ Ela é sua? Tem certeza que a Jasmim irá querer sair com alguém como você?

─ O que contou a ela? ─ A preocupação doma sua voz. Infeliz!

Não o respondo. Engulo todas as minhas palavras e deixo que a dúvida assole os pensamentos do detestável. Pela segunda vez dou as costas e sigo pelo meu caminho, não deixando que as provocações dele me pare.

A situação da minha irmã nunca foi imposta a sociedade, ninguém sabe o que aconteceu com ela e muito menos quem a levou à situação que se encontra hoje... minha vontade era de dizer ao mundo e a todos como é o Lorenzo, na verdade, mas quem acreditaria em mim? Eu o odeio muito antes da Maria Alicia sair com ele e sempre que perguntam sobre minha irmã, falei que ela decidiu morar fora do país, caso eu conte a verdade sairei como mentiroso do mesmo modo. Mesmo correndo esse risco, queria tanto entregar o lixo de homem que o Lorenzo é, principalmente para Jasmim. Mas temo que ela seja como Maria Alicia, que mesmo sabendo, acredita que ao ficar com o cara, vai conseguir muda-lo. Homens não mudam, Lorenzo não mudou por Maria e com certeza não vai mudar por Jasmim.

A campainha alerta que Jasmim chegou. Passo as mãos pelos cabelos, os bagunçando, as mulheres acham um charme quando pareço desleixado, torço para que Jasmim também pense assim.

Abro a porta e os cabelos cacheados caídos pelo rosto sonolento miram em meus cabelos.

─ Gatinho. ─ Diz, apontando para meu cabelo bagunçado.

Ela passa pela porta e como se fosse de casa, tira a mochila e a joga no chão, em seguida derrame-se no sofá.

─ Não me julgue. ─ Fala com a voz manhosa, enquanto cobre os olhos com o antebraço.

─ Cansada? ─ Tiro a sandália que ela usa e a deixo no chão, ergo as pernas dela para cima e sento no lugar que antes era ocupado pelas pernas dela.

─ Sim. Lembra que eu disse que o dia da morte da minha mãe são terríveis para mim? ─ Balança a cabeça confirmando. ─ Não é somente porque ela morreu, dias como esse meu pai fica insuportável. Ele passou a noite de ontem gritando o tempo todo. Ah, não podemos esquecer das músicas de 30 anos atrás que tocou durante a madrugada inteira.

─ Agora entendo o motivo de você ter dormido durante a geografia. ─ Acuso com tom humorado.

─ Não estava dormindo, somente fechei os olhos para me concentrar melhor.

─ Ok, vou fingir que acredito. ─ Ela devolve aquele olhar que diz: não me enche!

─ Quer começar o trabalho? ─ Pergunta mais desanimada do que nunca.

─ Não. ─ A cabeça dela e os olhos mais lindos me encaram com confusão, como se não tivesse entendido direito ou julgando que eu esteja brincando. ─ O que acha de tirarmos um cochilo? ─ Os olhos dela piscam mais rápido do que eu possa acompanhar.

─ Tá brincando? ─ Questiona.

─ Não. Você está cansada, nosso estudo não vai ser legal caso eu tenha que ficar acordando você a cada cinco minutos.

─ Tá dizendo na minha cara que não sou produtiva? Está mesmo falando para um nerd que ela não é esperta? ─ Me incrimina, apontando o dedo no meu rosto.

─ Deixa de ser ranzinza. ─ Tiro o dedo dela do meu rosto e um biquinho surge em seus lábios.
─ Ainda é cedo. Vamos fazer assim: dormimos um pouco e quando acordarmos lemos material, ok?

─ Não! Vamos ler o material agora e depois eu vou embora. ─ Finjo não ter ouvido nenhuma palavra se quer. Puxo Jasmim pelas pernas e a jogo por cima dos meus ombros. ─ Ei! ─ Grita, sacudindo as pernas em busca do chão. Ignoro seus protestos e apenas a levo para cama.

A deito. Me jogo ao seu lado e pelos protestos imaginei que ela se levantaria e voltaria para a sala, no entanto, era apenas drama. Sem forças e imaginando que vou brincar com qualquer palavra que ela use, ela adere a ficar quieta.

Pouco a pouco os olhos grandes se rende ao sono. Olhando para ela dormir nem parece que é petulante, a face angelical mostra a garota mais doce, mais delicada que o mundo poderia ter. Levanto e pego uma coberta para cobri-la, quando subo a coberta para cobrir os braços dela, meus olhos identificam uma marca vermelha no pulso dela, o que me faz pensar em coisas terríveis.

Levemente passo o polegar na marca e ainda e recente, pois quando pressiono Jasmim solta um gemido de dor... meu sangue ferve, querendo triplicar a dor em quem causou essa marca. Analiso o restante do corpo, ao menos o braço e as partes descobertas, mas graças a deus está tudo limpa, nenhuma marca ou roxo. Volto a me deitar, mas minha cabeça não para de dar voltas e voltas pensando que possa ser o pai dela quem a machucou, tentando imaginar o que possa ter acontecido na noite de ontem ou por que Jasmim não ter me contado.

Minha Garotaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن