26-Uma quebra de confiança

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Severus sentiu uma enorme enxaqueca chegando enquanto olhava furiosamente para seu pupilo rebelde, que parecia determinado a levá-lo à loucura com sua imprudência e desobediência. Ele cuidadosamente beliscou a ponte do nariz e começou a recitar várias receitas de poções em sua cabeça, lutando para controlar seu temperamento explosivo. Nunca se sentira tão perto do limite de seu controle, tão propenso a atacar o jovem audacioso de cabelo bagunçado que estava diante dele, dando-lhe um meio sorriso culpado um tanto torto. Severus estava dividido entre agarrar Harry e apertá-lo até a morte e agarrá-lo e bronzear seu traseiro. O fato de ele não ter feito nenhum dos dois era uma prova de seu controle duramente conquistado sobre suas emoções. Em vez disso, ele permitiu que sua postura e a expressão vulcânica em seus olhos falassem por seu estado emocional atual.

Harry se encolheu.

-Hum, senhor? .Err...

-Sr. Potter- começou o Mestre de Poções, com uma voz muito controlada.-Eu sugiro que você feche a boca e se junte a seus colegas de classe na parte inferior da escada de uma vez. Você está violando várias regras da escola, sem mencionar minhas próprias regras pessoais também. Mova-se!

Harry fechou a boca com um estalo e fez o que lhe foi dito, passando correndo pelo professor furioso e descendo as escadas.

Severus foi atrás dele, ainda recitando receitas. Skull estava empoleirado em seu ombro e, pela primeira vez, o corvo não tinha comentários atrevidos a fazer. Talvez ele tenha percebido o quão perto do limite seu mago estava e percebido que o silêncio era a melhor parte da coragem.

Harry encontrou Ron, Neville e Draco esperando no final da Torre de Astronomia, cada um deles parecia muito apreensivo e Neville parecia prestes a desmaiar. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa para eles, o professor se aproximou e disse friamente

-Vocês todos vão me acompanhar até o escritório do diretor.

Os meninos engoliram em seco e trocaram olhares horrorizados. Mas eles seguiram o chefe da Sonserina sem protestar.

-Merlin, acho que vamos ser expulsos!- Ron gemeu baixinho. -Minha mãe vai me matar!

-Quieto!-Severus retrucou asperamente.

Ron fechou a boca.

Harry se perguntou onde Hermione estava, se ela havia conseguido escapar do olho de águia de Snape. Ele esperava que sim. Ele já se sentia culpado por envolver Neville, Ron e até Draco em seu esquema de devolução do dragão. Ele estava com medo até de pensar sobre o que poderia acontecer com ele agora. Isso foi ainda pior do que a vez que ele e Malfoy duelaram no corredor das masmorras.

Ron estava tentando freneticamente encontrar uma razão plausível para todos estarem no topo da Torre de Astronomia, fora da cama, com um Pendragon bebê. Mas ele não conseguia inventar qualquer tipo de desculpa que fizesse o mínimo sentido, e seus nervos estavam à flor da pele depois do que acontecera naquela noite. Ele havia chegado perto de ser um brinquedo para mastigar um dragão, e a única coisa em que conseguia pensar - além da ira de Molly - era que algo havia acontecido com os amigos de Charlie. Ele esperava que eles não tivessem se encontrado com a mãe Pendragon e foi por isso que eles chegaram tarde.

Draco estava tremendo por dentro, esperando que o diretor ficasse com pena deles e não colocasse a aventura em seu registro permanente. Ele não achava que Dumbledore iria expulsá-los, embora temesse que seu chefe informasse sua mãe sobre esta última transgressão e desta vez Narcissa poderia até contar a Lucius. Ele tinha quase certeza de que Severus iria, uma vez que o Diretor tivesse acabado com eles, o levaria para seu escritório para uma sessão de remo. Ele estremeceu, nem mesmo querendo pensar sobre isso, mas incapaz de parar.

Interresses Comuns (Tradução)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora