47 -Reações

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Harry tentou o seu melhor, mas Severus foi inflexível – não havia razão para Harry faltar à aula amanhã, a menos que ele estivesse mortalmente doente ou magicamente esgotado e precisasse descansar. Ser adotado não estava na lista e então Harry se viu acordado às sete da manhã para tomar banho e se vestir por um corvo muito alegre e irritante.

-Gá!-ele gemeu e se virou, enterrando o rosto no travesseiro. -Skull, vá assombrar outra pessoa, ainda estou com sono!

-Agora não fique de mau humor,  bran - boy! Hora de se levantar e não me faça chamar Sev aqui-Skull gargalhou, sentado na cabeceira da cama. -Você não sabe o que ele faz com os alunos que acordam tarde? Malfoy nunca te contou?

-Não, mas tenho certeza que você vai- Harry resmungou, tentando voltar a dormir e falhando miseravelmente. Ele estava sonhando com algo agradável, e agora o sonho estava perdido.

-Ele joga um balde de água muito grande, muito frio e muito cheio neles e grita com uma voz digna de acordar os mortos para se levantarem  agora , ou então!- Aqui o corvo imitou a voz de seu bruxo tão bem que Harry poderia jurar que o Mestre de Poções estava bem ao seu lado. -Você quer que isso aconteça com você?

Harry abriu um olho zangado. Não, ele não fez. De jeito nenhum.
-Ok, pássaro. Estou acordado!- Ele rolou e se obrigou a deixar o ninho aconchegante de cobertores. Ele realmente desejava poder dormir até hoje, mas uma grande chance disso! Ele pensou, apenas por um momento, em ter o Sr. Weasley como pai ao invés de Snape, mas com a mesma rapidez o pensamento desapareceu. Ele sabia que Severus Snape se importava profundamente com ele, e apenas com ele, enquanto Arthur era mais como um amigo – ou o pai de um amigo, bom para risos e conselhos, mas não para coisas importantes. Que aparentemente incluía a escola. Por outro lado, quem poderia dizer que Arthur era diferente de Severus quando se tratava de preparar as crianças para a escola pela manhã?

Poderia ser pior,  Harry pensou, bocejando enquanto caminhava para o banheiro. Eu poderia ser acordado por Mad Marlene e sua maldita régua, ugh!  Ele não lamentou a morte daquela mulher nem um pouco, e distraidamente esfregou a picada inexistente de seu traseiro enquanto entrava no banheiro. Ou tia Petúnia.  Ele também não sentia falta dos Dursleys, embora se perguntasse quem iria explicar a eles que ele não voltaria para casa lá depois que o período terminasse. Dumbledore faria isso? McGonagall? Ou talvez o próprio Severus?

Imaginar seus rostos deixou Harry feliz e ele tomou um banho rápido com água quente e saiu ainda sorrindo. Então ele lembrou que tinha finais hoje e o sorriso se apagou. Ele vestiu seu uniforme e roupão, deixando a gravata para Severus fazer porque estava com preguiça de lutar com ela esta manhã.

Quando ele saiu do banheiro, o vapor ainda grudado em seus óculos, Severus o encontrou, vestido com sua habitual túnica preta de ensino.

-Bom. Você está acordado. Você gostaria de comer aqui ou no corredor com seus amigos esta manhã?

-Uh... no corredor, eu acho.- Harry murmurou. -Tenho muito o que falar."

-Tenho certeza que sim-Severus assentiu. Ele conhecia uma pessoa que não ficaria feliz com os acontecimentos da noite anterior. -Venha aqui. Deixe-me consertar sua gravata.

Depois de arrumar a roupa do filho e passar um pente no cabelo por cima dos protestos do menino de que  gostava  do cabelo daquele jeito, Severus sentou-se para ler o jornal antes de subir dez minutos para o corredor. Ele bebeu uma xícara de chá e deu uma para Harry também. Ele olhou para o menino enquanto Harry colocava quatro torrões de açúcar e mexia.

-Você vai tomar chá ou apenas comer o açucareiro?

-Eu gosto de açúcar no meu chá.

-Humph! Como você ainda não morreu de diabetes é um milagre.

Interresses Comuns (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora