32-Patinando à beira do desastre

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Harry olhou para cima em alarme ao ver uma Marlene muito zangada caindo sobre ele. Seus olhos estavam queimando de fúria e ela parecia pronta para estrangulá-lo com as próprias mãos. Ele lentamente se afastou do livro, com os olhos arregalados.

-Tia Marlene!- ele exclamou.-Eu... Eu só queria dar uma olhada-

A bruxa furiosa veio ficar na frente do pódio.

-Aquele livro, meu jovem, é um livro de feitiços muito antigo e perigoso. Você não tinha nada a ver com ele! Ninguém nunca te ensinou a não tocar em objetos mágicos que você não conhece? Ou que pertencem a outras pessoas?

-Sinto muito- Harry se desculpou, na esperança de acalmá-la. Ele tinha a sensação de que estava em terreno perigoso. -Tudo o que fiz foi abrir o fecho. Se o livro não deve ser tocado, por que não está trancado?

Seus olhos se estreitaram.

-Se eu não quiser trancar um livro em minha casa, é minha decisão. Não seja atrevido. Você nunca deve tocar neste livro novamente, entendi? Não preciso de seus dedos sujos por toda parte e duvido que você vá entender alguma coisa. Não vou tolerar nenhuma desobediência, Harry James. Eu lhe disse para ficar em seu quarto e aqui eu o encontro vagando, tocando em livros de feitiços que não são seus. -Sua boca se estreitou em uma linha fina e fria.-Vou lhe dar uma lição, jovem. Estenda a mão.

Intrigado, Harry fez o que ela pediu, estendendo a mão com a palma para cima. Houve um assobio alto e então uma régua apareceu do nada e acertou sua mão três vezes. Harry gritou, incapaz de se conter.

-Oww! Mas eu não fiz nada com o livro! Eu não sabia que não podia tocar nele.

-Não dê desculpas para si mesmo.- Ela disse em um tom frio.-Como um Sonserino covarde."

-Sonserinos não são covardes e não estou dando desculpas-Harry deixou escapar antes que pudesse pensar melhor.

-Como você ousa me contradizer? Eu sou seu mais velho e sua madrinha!- ela retrucou.

Harry gritou de dor quando o governante prontamente deu um tapa forte na bunda dele. Ele saltou e tentou se virar, mas o governante o seguiu e o golpeou várias vezes, até que seu traseiro latejasse como dez infernos e ele soluçasse baixinho.

-Você vai me responder de volta?- ela rosnou.

Harry balançou a cabeça, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Ele estava segurando a mão contra o peito e a outra cobrindo seu traseiro, onde a régua pairava. Ele não tinha certeza do que doía mais, sua mão ou seu traseiro.

-Bom- ela ronronou. Havia uma luz estranha em seus olhos, quase como satisfação, quando ela olhou para ele.-Você aprendeu sua lição então, criança?

-Sim- ele conseguiu dizer.

-Sim, o que?

-Sim, tia Marlene.

-Lembre-se disso, ou da próxima vez você vai piorar- afirmou ela, e seus olhos eram frios e implacáveis. A régua desapareceu com um estalo.

Harry estremeceu com o olhar que ela deu a ele. Era um olhar que alguém poderia ter dado a um cão ou escravo malcomportado. Não era um olhar que alguém teria dado a um sobrinho querido. Harry rapidamente enxugou os olhos na manga. Ele nunca havia sido espancado antes e ter se metido em tantos problemas por causa de um erro inocente e um comentário atrevido parecia monstruosamente injusto. Mesmo Snape em seu pior estado nunca o machucou tanto. Harry se perguntou o que Marlene pensaria se soubesse que era mais tirana do que o chefe da Sonserina e mais cruel em suas punições do que até mesmo seus parentes.

Interresses Comuns (Tradução)Where stories live. Discover now