34 -Crime e Castigo

1.3K 107 47
                                    

Harry não conseguia acreditar em como Severus parecia ameaçador e assustador. Ele nunca tinha visto aquele ódio terrível no rosto do mago mais velho antes. Claro, Severus tinha o direito de odiar Marlene - ela não só estava louca de ciúme e preconceituosa com os sonserinos, como também ousara machucar Skull e também Harry, os dois que Severus mais amava. Harry podia entender isso, mas ao mesmo tempo não queria que Severus tivesse problemas por derrubar um adversário a sangue frio. Então, quando ouviu Severus pedir a McGonagall para lhe dar um bom motivo para não matar Marlene, ele falou.

-Porque ela não vale a pena ir para a cadeia, tio Severus. Ela está totalmente maluca e tudo mais e ela merece ser punida pelo que fez, mas você não deveria matá-la ... não assim.

Ele lançou a Severus um olhar meio suplicante de seus olhos verdes. Ele colocou o Codex ao lado do corvo atordoado e gentilmente o apalpou em busca de ossos quebrados. Até onde ele sabia, nada estava quebrado.

-Ele está certo, Sev. Ardiloso interrompeu de repente, sentando-se e sacudindo-se.-Ela está a dois sanduíches de um piquenique e eu realmente não gosto dela, mas você não deve sujar as mãos com ela. Deixe o Ministério, ou melhor ainda, a Sociedade, lidar com ela. Seus crimes eram contra eles também como Harry. Que ela seja julgada por um júri de seus pares.

Severus ficou em silêncio, refletindo sobre o assunto enquanto dava tempo para a cadela se contorcer, já que seu rosto ainda estava com aquele brilho terrível. Ele sabia que Harry e Skull estavam corretos em dizer a ele para não cometer assassinato. Mas sua raiva estava muito perto da superfície e ansiava por ser lançada sobre a bruxa que tinha como alvo Harry para humilhação e abuso. Sem mencionar que também prejudicou Irma e Skull e roubou um livro mágico raro da Sociedade dos Corvos. Sim, Marlene era culpada de muitas coisas, especialmente sequestrar Harry e mantê-lo prisioneiro. Só isso já valia uma série de maldições.

Mas ver Harry parado ali, parecendo ileso, seus enormes olhos verdes fitando inocentemente os de Snape, acalmou alguns dos fogos da vingança. O menino estava bem, e Severus não queria manchar aquela inocência fazendo Harry testemunhar uma execução, por mais merecida que fosse. Além disso, McKinnon era um puro-sangue, e a morte dela pelas mãos dele causaria um escândalo, já que ele era um meio-sangue ex-Comensal da Morte.

-Severus, pense em Harry- Minerva sussurrou.

O Mestre de Poções deu um suspiro agudo.

-Eu Estou.-Lentamente, ele abaixou sua varinha. -Você anda por enquanto, McKinnon. Mas o diabo terá o que merece, mulher. Estou trazendo você de volta para enfrentar um julgamento. E se os destinos forem gentis, você será condenada pelo resto da vida ou enfrentará um Dementador ou o julgamento da Sociedade.

Ele mostrou os dentes em um sorriso malicioso e frio.

Marlene tentou encontrar seu olhar, mas falhou.

-Muito bem, Sev!- o corvo resmungou, empoleirando-se no braço de Harry.

-Ardiloso, você está bem?- Severus perguntou, preocupado.

O corvo afofou suas penas.

-Só uma batidinha na cabeça. Vou ficar bem em um ou dois dias.

Severus respirou novamente. Perder Skull era impensável. Ele se virou para Harry

-Você está bem?

Em resposta, Harry foi até seu guardião e o abraçou com força. Ele enterrou o rosto nas vestes de Snape e apenas respirou o cheiro do outro homem.

-Eu estou agora. Você veio para mim.

Severus passou os braços em volta do garotinho e o abraçou com força.

Interresses Comuns (Tradução)Where stories live. Discover now