Fourth Chapter

1.8K 139 36
                                    

Brian Johnson

As vezes sinto como se meu quarto fosse a único lugar seguro, onde posso ser um mesmo, sem usar essa camada de mentiras que cerca meu corpo no momento em que eu saio dele, a camada que meus pais sempre veem, a camada que todos veem, a camada que eu tanto odeio.

Ando até o criado mudo da minha cama e pego o último presente que meu irmão me deu, a mesmo tinha uma cruz no meio em prata, com todas as bordas em azuis, a coisa mais linda do mundo.

O único capítulo que eu havia lido com meu irmão estava grifado, Salmos 24.

Me ajoelho ao lado da minha cama e começo a recitar baixinho com a bíblia aberta.

- Salmos 24: 01 a 06: O senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias - recito calmamente.

Peço a Deus pela minha alma, agradeço a ele por tudo, e peço para que um dia eu possa viver sem essa camada de mentiras.

Logo depois eu só me jogo na minha cama e logo durmo.

Dois Dias Depois

Hoje eu acordei mais do que só feliz.

Hoje eu finalmente e meu dia de fazer o trabalho voluntario no hospital.

Mesmo eu querendo ser bibliotecário, eu ainda sim tenho um fascínio por enfermagem, se eu pudesse também faria faculdade de enfermagem, não de medicina, não me daria bem como médico, mas de enfermagem com a maior certeza.

Eu sou voluntario na parte de tratamento vítimas nucleares. Depois da explosão do reator um na usina de Usina Vogtle, no estado da Geórgia a maioria das vítimas foi realocada para os hospitais da família Santinelle, em Nova York e em Washington. O desastre foi infelizmente maior do que o de o acidente nuclear de Chernobil, deixou muitos mortos, e as pessoas que sobreviveram tem efeitos diversos a radiação.

Eu sinceramente nunca vi nada mais triste na minha vida.

Essas pessoas foram expostas a níveis enormes de radiação tudo para que todas as pessoas nos Estados Unidos não fossem completamente expostas a radiação.

A parte mais triste disso, e que essas pessoas estão morrendo aos poucos e dolorosamente, e a maioria das cidades americanas não faz nem ideia que eles estão por aí, sofrendo para que eles pudessem estar aqui vivendo a linda e colorindo a vida deles.

Eu escolhi essa parte como voluntario justamente para isso. Faço o que eu posso para alegrar a vida deles enquanto estão no hospital.

Me levando feliz da vida, tomo um banho gelado para acordar de vez, faço minha higiene matinal, e logo depois vou me trocar.

Saio do quarto com uma calça de moletom preta e uma camiseta branca, com tênis também preto.

Eu estava com um grande sorriso no rosto.

Assim que chego na cozinha encontro uma das últimas pessoas que eu esperava ver, minha prima Sophia.

- Sophia - digo sorrindo para ela.

- Brian - disse ela sorrindo correndo para mim me abraçando - priminho eu senti tanto a sua falta.

- Eu também senti muito a sua falta Sophia - digo inda abraçado com ela – Deus, o que faz aqui?

- Vim visitar vocês por alguns meses - disse ela sorrindo - na verdade minha mãe pediu para os seus pais me abrigarem aqui enquanto eu estou fazendo a faculdade, consegui uma bolsa de faculdade aqui perto.

- Vai fazer faculdade do que? - pergunto olhando para ela

- De química - disse ela sorrindo - consegui convencer meu pai, se no primeiro semestre eu ver que isso não é para mim vou seguir sua vontade e fazer faculdade de arquitetura.

- Parece realmente uma coisa horrível fazer arquitetura - digo olhando para ela depois que nos separamos e sorrindo.

- Estou do mesmo jeito com a possibilidade de fazer arquitetura com o que você fez quando os seus pais obrigaram você a fazer advocacia - disse ela sorrindo enquanto me observava.

- Nos não o abrigamos a fazer advocacia - disse minha mãe nos olhando indignada.

Não digo nada, apenas dou um suspiro me sentando e começando a comer quieto.

- Não é mesmo Brian Johnson? - perguntou minha mãe depois de uns segundos.

- Eu tenho o trabalho voluntario no hospital hoje - digo me levantando mesmo ainda comendo uma panqueca - volto mais tarde.

Quando eu estava me virando escuto a voz do meu pai.

- Você deveria arrumar uma namorada logo Brian.

Pietro Santinelle

Estou nesse momento na minha sala olhando para meu computador.

São papeis e mais papeis que precisa da minha aprovação. São coisas e mais coisas que precisam de mim ou de Luca ou até de Rebecca para andar, parece até que nossos subordinados não são competentes o suficiente para fazer nada sozinhos, chega a ser frustrante.

Estava com Samuel no meu escritório até agora de pouco. Claro que não deixaria Bernardo e Pietro na mão em um momento em que eles queriam tanto fazer sexo, o menino e meio tímido, mas é também uma graça, sinceramente amo ele, é minha família no final das contas.

Se o filho da puta do Bernardo tivesse vindo para os Estados Unidos, ainda mais para Nova York e não tivesse me trazido aquela coisa fofa para eu ver iria matar ele.

Luca tem Simon e Fredericco para se preocupar, o que toma tempo dele. Rebecca dês da morte de Edward é uma pessoa vingativa e sem coração. Ela [e uma das melhores torturadoras que temos na máfia americana, também é a atual consiglieri (conselheira) da máfia.

Dou um suspiro autorizando mais uma viagem de negocioso para Isabella, uma viagem de trabalho.

O trabalho? Matar a filha do Capo da Bélgica. Ela obviamente vai usar balas sem ligação com a família Santinelle, ninguém nunca saberá que fomos nos quem cumprimos o serviço, como deve ser.

Bom dou um suspiro, já estou exausto, tenho uma cirurgia daqui a algumas horas, já são três da tarde e eu ainda não comi nada.

Devagar me levanto, mas antes mesmo que eu pudesse sair de trás da mesa uma pessoa entra na sala, Alexandra Lorenzeti, mais conhecida como a mulher que não para de encher meu saco mesmo sabendo que eu sou completamente e abertamente gay, mas isso não parece ajuda interferir no julgamento dela.

- Come posso aiutarla, signorina Lorenzeti? (Em que posso ajudá-la senhorita Lorenzeti?) - pergunto olhando para ela.

- Potresti buttarmi sul tavolo e fottermi, mettermi un bambino dentro e sposarmi fino alla fine del mese? (Você poderia me jogar em cima da mesa e me fuder, colocar um bebê dentro de mim e casar comigo até o fim do mês?)  

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now