Forty Fifth Chapter

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Pietro Santinelle

Dois Meses Depois

Estava tudo indo bem nesse momento, olho para Brian, o mesmo dormia de barriga para cima, a barriguinha dele estava começando a aparecer, nada além de um pequeno inchaço, mas já era alguma coisa.

- Oi - digo assim que vejo ele de olhos abertos.

- Oi - disse ele.

Me curvo sobre o seu corpo e beijo seus lábios, mas somos interrompidos pelo meu celular tocando.

- Odeio o seu celular - resmungou ele com um biquinho manhoso nos lábios.

Dou mais um beijo nele e olho a tela do celular vendo que é o número do meu irmão.

"Ti sei ricordato di avere un fratello? (Lembrou que tem irmão?) - foi a primeira coisa que disse assim que atendi sua ligação".

"Tambem senti sua falta fratello (irmão) - disse ele depois de uns segundos - preciso de um favor seu"

"É claro que precisa - digo dando um suspiro - fale para o seu fratello minore (irmão mais novo) o que ele pode fazer por você? - perguntei depois de uns segundos".

Eu estou guardando segredos dele, meu belo irmão ainda não sabe que vai ser tio, não sei por que não falei, apenas não quis dizer nada por enquanto, não depois daquele susto, que graças a Divindade não voltou a acontecer.

"Na verdade, eu precisava encontrar com você para conversarmos - disse ele suspirando".

"Posso ir à sua casa amanhã se quiser - propus depois de uns segundos - se quer falar comigo e importante eu acho que posso pegar o primeiro avião do Nova York para Washington".

"Pode ser - respondeu ele - na hora do almoço".

"Combinado".

- AMOR EU QUERO COMER LAZANHA - Brian grita para mim.

Fico alerta no mesmo momento, o doutorzinho me disse que os desejos poderiam começar mais cedo mesmo.

"Eu tenho que ir - disse ele pelo telefone - amanhã nós conversamos. Falando nisso eu posso levar uma pessoa? - perguntei, mas não dei tempo para ele responder".

Saio do quarto e vou correndo praticamente para a sala, onde Brian estava.

- Lasanha, é? - Perguntei assim que entrei na sala e vi ele deitado passando a mão na barriga.

- Quero comer lasanha amor - disse ele fazendo biquinho - nosso bebê quer lasanha, daquele restaurante que nós comemos mês passado - disse ele me olhando com aquela carrinha de cachorro.

- Vou pedir uma grande porção para você amor - digo olhando para ele e já pegando o telefone.

- Isso mesmo - disse com uma carinha de satisfeito - eu estou comendo por dois aqui, não faz mais do que sua função de me alimentar, a mim e ao bebê - disse ele arrebitando o nariz e virando a cabeça.

Eu sorrio desse gesto dele, e uma coisa muito fofa.

- Eu fico mais do que feliz em alimentar meu príncipe e nosso piccolo principe (pequeno príncipe) - disse rindo dele.

O mesmo ainda de nariz empinado vira o rosto para mim e me lança um sorriso.

- Vou amanhã para Washington - digo depois de ligar e pedir a lasanha.

- O que aconteceu? - perguntou ele preocupado - tem a ver com aquela ligação que você recebeu?

- Meu irmão me ligou e pediu um favor, eu acabei sugerindo almoçar com ele amanhã - digo dando um suspiro - quero que vá comigo para apresentar você a ele.

- Amanhã? - perguntou ele e eu apenas concordei - eu tenho uma reunião amanhã amor - disse ele vindo até mim com um biquinho manhoso já formado.

- Algo que eu deva me preocupar? - perguntei o olhando.

- Nada - respondeu o mesmo - só um problema no centro, nada que se preocupar.

- Confio em você - digo o olhando.

- É bom que confie mesmo - disse ele - volte o mais rápido possível, nós temos a consulta do bebê.

- Prometo que estarei lá - prometi olhando para ele.

- Por favor esteja.

Dia Seguinte

O almoço com Luca e Simon foi tranquilo, contei um pouco para Fredericco sobre o bebê e quando Simon o retirou para comprarem a sobremesa vi o momento ideal para ter aquela conversa com meu irmão.

- Parece que quer me contar alguma coisa – vocalizou enquanto levava o copo de uísque até os lábios e se deliciava com seu gosto.

- Hum – foi a única coisa que conseguia dizer, não sei por que, mas estou tenso, nervoso – eu tenho essa pessoa especial sabe, e... e nossa família vai aumentar logo. Eu e Brian vamos ter um bebê - completei com um sorriso.

Luca apenas me olha por alguns segundos antes de sorrir também.

- Ele te faz feliz? - perguntou me olhando, a única coisa que pude fazer foi assentir - então estou feliz que vai construir uma família com ele.

Brian Johnson

Olho mais alguns segundos para o homem a minha frente.

- Repete - peço o olhando ainda em choque.

- Eu sou da... - eu o interrompo.

- Fale de novo do começo - digo o interrompendo.

- Eu nasci e cresci em Portugal, como você já sabe - disse ele dando um suspiro - meu pai e minha mãe não foram os melhores pais do mundo - ele faz um a pausa dramática - meu irmão mais velho era sempre muito envolvido em coisas de trabalho, eu nem ligava até uns homens armados entrado no meu quarto e apontaram cinco M17 para minha cabeça - disse ele dando no ombro como se não fosse nada - bom foi mais do que só fácil desarmar e matar todos eles, não me pergunte como, mas eu fiz - ele fez outra pausa - então eu comecei a fazer perguntas, até que a resposta foi dada para mim uns dias depois, meu pai era o Capo da máfia portuguesa - disse ele dando um suspiro.

Olho mais alguns segundos para o mesmo ainda um pouco, um pouco em choque com o que acabei de ouvir, pela segunda vez.

- Você é da máfia? - perguntei o olhando.

- Eu sou teoricamente o Capo da máfia portuguesa - disse ele dando um suspiro - meu irmão morreu no mesmo dia que os meus pais morreram, um ataque organizado pelos holandeses, eu já não estava mais em Portugal nessa época e como minha irmã já tinha mais de dezoito anos então ela foi colocada como Capo até me acharem - disse ele sorrindo minimamente.

- Mas ainda não te acharam – completo.

- Mais ou menos isso - respondeu ele sorrindo.

- E por que está me contando isso agora? - pergunto não entendendo a aonde ele queria chegar.

- A máfia holandesa me acho - disse ele dando um suspiro - eu vim para a América juntamente para fugir da máfia e porque meu falecido marido, o Oliver conseguiu um bom emprego aqui, porém, agora não tem nada que me prende aqui, e além do mais com essa ameaça eu tenho que pensar nos meus filhos - disse ele sorrindo para mim - e sobre contar para você é porque aqui você e o Pietro com os meus filhos são a coisa mais próxima que una família que eu tenho - ele admite baixinho.

No mesmo momento eu me levanto e dou um abraço nele.

- Você, Pietro e as crianças, mesmo não conhecendo eles completamente, e meu bebê, você também é a minha família. 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now