Twelfth Chapter

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Pietro Santinelle

Assim que chego no hotel vejo uma das piores pessoas que eu poderia, Rebecca me esperava sentada no meu sofá.

- O que é isso na sua camisa? - perguntou ele me olhando debochada.

- Esbarei com um anjo estabanado que derramou todo o mousse na minha camisa - respondeu a mesma.

- Anjo estabanado? - o sorriso se instalou em seus lábios logo em seguida a indagação.

- Você tinha que ve-lo Rebecca - digo me sentando ao seu lado e sorrindo feito um completo idiota - ele é a coisa mais linda que eu ja vi em toda a minha vida.

- Vai me dizer o nome dele? - perguntou ele.

Paro e penso um pouco.

Como dizer para Rebecca que Brian é provavelmente o irmão mais novo de Edward, o ex namorado dela que provavelmente também foi o grande amor da sua vida?

- Ainda não - respondi sorrindo um pouco forçado - mas você não estaria aqui se não tive algo te preocupando para falar diretamente comigo.

- Quero saber se você conseguiu falar com o tal Esteban? - perguntou ela olhando diretamente para mim, seriamento, oque poderia me causar um grande arrepio se eu ja não acontece dês do momento em que nasci.

- Consegui - respondi dando um longo suspiro - mas ele so pode vir ate os Estados Unidos em cinco meses.

- Cinco meses é um longo tempo - disse ele dando um suspiro extremamente exausto - o que faremos se os mexicanos tentarem algo nesse tempo? - perguntou ele me olhando no fundo dos olhos.

- Se eles fizerem alguma coisa faça tudo na medida do possível e do impossível para pegar quem fez dentro dos Estados Unidos - respondo desviando o olhar do dela - vou esperar falar cara a cara com Esteban antes de retaliarmos em solo mexicano.

- Você deve ter um plano para querer esperar todo esse tempo - disse ele, não como uma espece de pergunta, mas sim uma afirmação.

- Esteban é o herdeiro direto da mafia mexicana - respondi olhando para ela - não acha que seria bom ter um acordo de paz e de negócios com os mexicanos?

- Como pretende fazer isso? - perguntou ela

- Eu ainda estou pensando - respondi dando no ombro - mas pelo que eu sei Esteban tem um irmão mais novo, Martin.

- Um acordo de casamento? - perguntou a mesma

- Não - respondi - se esse homem é louco o suficiente para mexer com a maior e mais temida família do submundo. Quando eu falei com Esteban logo depois que ele me ajudou no México, o mesmo deu a entender sutilmente que o pai era violento.

- Acha que se oferecermos proteção ao irmão mais novo dele aqui nos Estados Unidos ele toparia derrubar o pai do poder como Capo do México? - perguntou ele ainda meio em dúvida.

- Eu não sei - respondi sendo o mais sincero possível com ela - mas vale a pena tentar.

- Talvez falisse mesmo - respondeu depois de um tempo dando um suspiro pesado.

Brian Johnson

Assim que chego em casa, eu estou com a cabeça mais avoada do que o normal, minha mãe percebeu isso.

- Quer me contar o que está acontecendo? - perguntou a mesma se sentando na minha frente na mesa.

- Eu tenho muita coisa que eu poderia contar - respondo sendo um pouco sarcástico - como o fato de estar fazendo advocacia forçado.

Eu sempre fui um filho muito obediente e submisso aos meus pais, era apenas uma casca de obediência e submissão, que eu criei com o passar do tempo, mas hoje eu estou com a cabeça em Pietro, e sem paciência para os meus pais, principalmente minha mãe com sua postura submissa ao meu pai.

- Não fale assim com a sua mãe - escuto a voz do meu pai atras de mim, o que faz com meu corpo inteiro se arrepiar.

- Desculpe mãe - digo mesmo não querendo pedir desculpas para ela - eu só estou estressado.

Digo me levantando antes que eles falem algo e subindo para o meu quarto.

Pego o livro de direito e começo a estudar ele, eu tenho uma prova em dois dias e ainda não sei de nada sobre a matéria.

Que tédio.

__________*__________

Eu acabei adormecendo em cima do livro depois de mais ou menos duas horas de estudo

Eu so acordo com o meu celular chamando, assim que olho para a tela o número e desconhecido.

Penso um pouco em não atender, contudo algo dentro de mim diz para atender, e isso é o que faço.

"Alo - digo"

A linha do outro lado fica mudo por uns segundos e depois começa a falar, com uma voz doce que eu lembro dessa manhã/ tarde

"Alo, Brian Johnson? - perguntou a voz de Pietro do outro lado da linha".

"Você já sabe meu sobrenome, mas eu não sei o seu - digo sorrindo igual um idiota, eu sei disso, graças a Deus estou sozinho dentro do quarto".

"Quer que eu te mande minha ficha completa? - perguntou ele do outro lado da linha fazendo graça, o que me faz sorrir ainda mais".

"Só o nome com o sobrenome para mim já está bom - respondi dando uma pequena gargalhada".

"Se souber meu sobrenome não vai querer jantar comigo - respondeu ele do outro lado dando um suspiro pesado e meio triste".

"Por que não? - pergunto completamente curioso franzindo as sobrancelhas - matou alguém e foi condenado por isso e depois fugiu da cadeia? - pergunto debochado querendo quebrar o clima que se instaurou entre nós".

"Não posso afirmar ou negar que já matei alguém - disse ele gargalhando do outro lado - mas posso negar terminantemente que nunca fui preso, minha mamma já teria me matado se eu tivesse sido - disse ele ainda dando risadas igual a mim".

"Você é italiano?".

"Descobriu isso como? - perguntou ele com curiosidade na voz".

"Você não falou mãe, você falou mamma - respondo sorrindo - prova que ou e italiano ou aprende a língua e a fala regularmente quando está com a sua família".

"Eu a falo bastante quando estou com a minha família - disse ele com uma certa - sou descendente de italianos, na minha casa meu pai e dessedente e minha mãe é italiana nascida no país, eu sou somente um descendente que cresceu tendo os pais falando fluentemente em casa – contou".

"Eu sempre quis aprender italiano e francês - digo aleatoriamente".

"Eu sei falar francês, mas odeio falar a língua - disse ele do outro lado da linha - odeio a França"

"Não sei o porquê odeio a tanto um país tão romântico quando a França - digo fazendo um biquinho - mas isso não é importante e sim o fato de você não ter me dito ainda o seu sobrenome".

"Meu nome é Pietro - disse ele e logo depois deu uma pauso e um suspiro - Pietro Santinelle". 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now