Fifth Chapter

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Pietro Santinelle

Me sento novamente na cadeira e olho uns minutos para a mulher a minha frente. A mesmo era até um pouco bonita, cabelos negros como a noite, olhos também negros, mas além de gay acho que mesmo que não fosse nunca ficaria com ela, não é meu tipo, nunca foi e nunca será.

Olho bem para a mulher na minha frente, antes de dar um longo suspiro e peço a Dio que me dê muita, mais muita paciência para falar com a maior calma passível com esse ser humano a minha frente.

- Senhorita Lorenzeti eu vou tentar ser mais claro e objetivo do que das últimas sete vezes que a senhorita fez a mesma coisa - digo ainda tentando achar a minha paciência, o maior nível possível - eu sou GAY - digo olhando para ela que apenas bufou - vou soletrar para que você entenda direitinho G, A, Y, que juntas formam a palavra G...A...Y - digo à última parte lentamente - essa é minha orientação sexual, eu... sou.... gay.

- Nos podemos arranjar um bom psiquiatra para você - disse ela chegando mais perto, me fazendo dar um pequeno sorriso amargo - você é rico Pietro, podemos te levar para uma boa igreja um pastor pode te ajudar.... E depois um bom psiquiatra e aí você pode se libertar do homossexualismo.

- Homossexualismo não é correto desde 1992 - digo olhando para ela - em segundo lugar, eu nunca em toda a minha vida, mesmo se eu fosse hétero ficaria com você, terceiro e mais importante eu amo ser gay, ficar com homens é a melhor coisa da minha vida, é uma delícia, deveria tentar com uma mulher, deve ser bom para você também.

- Eu nunca cometeria esse grande pecado - disse ela me olhando com a cara um pouco vermelha - em coríntios capítulo seis versículo nove Deus diz: Não erreis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os cadúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, já no versículo dez ele diz: Nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.

- Não compare os homossexuais com essas pessoas que cometem esses crimes - digo me levantando e pegando mais forte do que eu realmente deveria o seu braço - caso se tenha esquecido senhorita Lorenzeti eu faço questão de refrescar sua memória, somos da máfia, somos criminosos, matamos pessoas a sangue frio, vendemos armar sem possibilidade de rastreio para pessoas que vão matar outras pessoas.

"Roubamos, mentimos e por aí vai - digo em um único folego olhando para ela, que me olha com um pouco de medo - para o céu é que nenhum de nós vai, mais um "pecado" a mais ou a menos não faz diferença. E além disso, Dio me fez assim, então por que ele me fez assim? Só para me condenar a ir direto para o inferno? - pergunto debochado - agora saia, eu já disse que entre nós dois nunca haverá nada".

Dito isso eu literalmente jogo ela para fora da minha sala, fechando-a com a chave logo em seguida.

Calmamente eu me viro e me sento na minha cadeira, eu tentando manter a minha maior calma e pego o meu telefone fixo e digito calmamente o número de Lorenzo Lorenzeti.

"Lorenzeti - disse ele assim que atende - Come posso aiutarla? (em que posso ajudá-lo?) - perguntou Lorenze do outro lado da linha"

"Lorenzo ho un grande rispetto per quello che fai per la mia famiglia in Italia (Lorenzo eu tenho uma grande consideração pelo que você faz pela parte da minha família na Itália) - digo nem mesmo considerando dizem nem mesmo um oi para ele - ma è bene che controlli tua sorella. Riportatelo in Italia, mandatelo dall'altra parte del mondo, non mi interessa molto, voglio solo che lei sia lontana da me prima ancora di mandare una mia cugina a ucciderla in modo doloroso (mas é bom que controle sua irmã. Leve ela de volta para a Itália, a mande para o outro lado do mundo, eu realmente não me importo com isso, só a quero bem longe de mim antes que eu mesmo mande uma das minhas primas a matar de uma forma dolorosa) - digo em um único folego".

"Posso anche solo sapere perché un Santinelle vuole uccidere mia sorella? (Eu posso ao menos saber o porquê um Santinelle quer matar minha irmã?) - perguntou ele de forma mansa do outro lado da linha"

"Oltre a chiedermi di scoparla sulla mia scrivania nel mio ufficio, mi insegue per tutto l'ospedale dove lavoro, e per di più, dicono che c'è una cura per i gay. falla smettere prima che lo faccia me e la mia famiglia (Além de pedir para mim fodê-la em cima da mesa do meu escritório, ela me persegue por todo o hospital onde eu trabalho, e além do mais fica dizem por aí que existe uma cura gay. Faça ela parar, antes que eu e minha família mesma a faça) - digo desligando o telefone logo em seguida".

Respiro fundo algumas vezes, antes de me levantar e sai da sala.

Peça pelo meu secretario, Gael Martins.

- Senhor Martins - digo chamando a sua atenção - estou saindo um pouco mais cedo.

- Sim Sr. Santinelle - disse ele com um meio sorriso me olhando - espero que tenha uma boa tarde.

- E eu vou parar pelo menos uma hora para almoçar Sr. Martins - digo saindo.

Calmamente eu caminho até o vestiário, tomo um banho e coloco roupas normais.

Pego a chave do carro, e vou andando calmamente até a saída do hospital. Quando estou saindo vejo o Sr. Martins saindo ao lado de um outro homem. Não presto muita atenção neles, entro no carro e vou direto para o hotel onde minha mãe e meu pai estão.

Eu sei que eu chegar lá pelo menos alguns tapas eu vou levar assim que minha mãe me vir. 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now