Thirty First Chapter

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Pietro Santinelle

- Sou todos ouvidos - disse ele me olhando depois de uns segundos em completo silencio.

Esteban percebe que está em nossas mãos, um acordo será a melhor saída para todos nos.

- Seu pai tem que cair, de um jeito ou de outro - afirmo olhando para ele com muita calma. Isabella coloca um copo de uísque na minha frente e outro na frente de Esteban.

A sala fica em silencio nesse tempo, a tensão entre eles é clara, não interrompo o momento, apenas observo assim como tio Rodrigo, esses dois ainda vão render história.

- Você quer que eu seja o Capo da máfia mexicana? - ele fez uma pergunta quebrando o silencio quando minha prima se afasta, sua pergunta é mais como uma afirmação - você quer matar meu pai! - afirmou esboçando um pequeno sorriso.

- Claro que não - respondeu Rebecca pela primeira vez - nos só queremos um acordo mais solido entre nós e os mexicanos, um sem possibilidade de furos, contudo se seu pai vir a falecer no processo será muito interessante – completou calma.

- E como faríamos isso? - foi sua perguntando ainda me olhando – do acordo, sobre o processo que será interessante podemos falar depois – completou.

- Bom isso nós queremos que você nos diga - respondi dando no ombro calmamente bebendo mais um pouco de meu copo - eu estava pensando em você mandar o seu irmão para cá.

- Se quer mesmo derrubar meu pai do poder não acho que somente mandar meu irmão para cá seria o bastante - respondeu ele dando outro suspiro pesado – ou melhor, se quiser fazer um acordo mais solido.

- O que sugere então? - perguntou meu pai pela primeira vez.

- Sugiro a forma mais antiga dos mafiosos firmarem um acordo entre mafiosos – vocalizou alguns segundos depois olhando no fundo de meus olhos.

- Um casamento - dizemos todos ao mesmo tempo.

- Não acho que Rebecca e Isabella esteja muito disposta a isso - digo olhando para ele.

Rebecca apenas afirma, mas Isabella não esboça reação alguma.

- Meu irmão, Martin - disse ele depois de uns segundos - é gay.

Olho alguns segundos para ele. Ser gay ajuda, considerar essa proposta de casamento é uma loucura, e com a maior certeza problemas na nossa família começaram por isso, mas não posso negar que o fato do irmão dele ser gay ajuda muito.

Luca já é casado, Simon é uma pessoa iluminada que faz muito bem para meu irmão, além de terem o pequeno Fredericco, que é uma graça de criança.

Eu me casar com Martin também está fora de questão, tenho Brian me esperando em Nova York e eu já o amo não posso fazer isso com ele, nem comigo mesmo. Nossa única solução para esse acaso do destino é Arthur, que não vai gostar nada disso.

Arthur Santinelle, o filho mais novo dos meus tios, vinte e cinco anos, completamente reservado, e depois de Isabella o melhor assassino da família - o que deixa minha tia completamente louco desde que eles começaram a andar - uma pessoa impressionante eu tenho que admitir, mas é claro o único problema dele, ele é um galinha, nunca o vi como uma pessoa, homem ou mulher que não seja apenas uma noite de sexo, não que eu ou qualquer outra pessoa dessa família enquanto solteiros tenhamos tido, mas ele foi uma coisa mais avançada que todos nós, ele não quer mudar de vida.

- Um casamento pode ser arranjado - digo o olhando.

- Não quero que meu irmão se case com qualquer um - disse Esteban - quer derrubar o meu pai Pietro? Tudo bem, eu também quero e não é de hoje, mas sinceramente Martin já passou por muitas coisas nas mãos do meu pai, quero paz para ele - completou me olhando no fundo dos olhos.

- Traduciendo que no quieres que ni Luca ni yo nos casemos con tu hermano (Traduzindo você não quer que nem eu e nem Luca nos casemos com o seu irmão) - digo o olhando.

- Exactamente eso (Exatamente isso) - respondeu o mesmo - No quiero que me malinterpretes, Pietro o tu hermano, pero mi hermano se merece una vida tranquila, y con Capo o el Su-Chief Mafia no lo conseguirá (não quero que me entenda mal Pietro, nem o seu irmão, mas meu irmão merece uma vida tranquila, e com o Capo ou o Su-Chefe da máfia ele não vai conseguir isso) - continuou o mesmo.

- Entendo - respondi dando um suspiro - poderia ser algum fora da família Santinelle, mas de confiança - tento.

- Vocês não têm um primo? - perguntou o mesmo, eu apenas afirmo - Arthur Santinelle, um dos assassinos da família Santinelle.

- Não acho que Arthur seja a melhor escolha - disse tio Rodrigo - meu filho é um completo galinha - completou baixinho, contudo ainda chegou ao meu ouvido.

Ele está preocupado. Claro que Esteban não poderia perceber isso já que não o conheço a vida inteira, mas ele sabe que esse tipo de acordo é o que precisamos, não deixarei que o homem a minha frente saiba disso, mas estamos em uma corda bamba, mesmo que meu tio e minha tia ou até mesmo Arthur não esteja confortável com isso é o que nós precisamos para não sofremos nas mãos de Bernardo, Luccas e Isabela.

- Mas sei que pela reputação da família Santinelle no momento em que ele se casar nunca trairia o meu irmão - respondeu Esteban depois de uns segundos - sei que o senhor Rodrigo Santinelle e sua esposa o criaram muito bem.

Touche; ele pegou no exato ponto que meu tio não tem como responder para salvar o filho dele desse casamento, que até esse ponto já é inevitável a esse ponto da nossa conversa.

- Deixa eu ver se eu entendi tudo - digo depois de uns segundos - você quer que meu primo, Arthur Santinelle, um dos maiores galinhas e partidor de corações dos Estado Unidos se casa com o seu irmão, Martin González? - perguntei o olhando.

- Isso mesmo - afirmou ele sem hesitar um segundo.

Olho para o meu tio, que tinha um olhar distante. Depois olho Rebecca e Isabella, ambas sem excitação afirmam com a cabeça.

- Bueno, tenemos un acuerdo entonces (Bom temos um acordo então). 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now