Thirty Eighth Chapter

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Pietro Santinelle

No momento em que aquele telefone toca já sentia que nosso jantar romântico estava perdido.

Quando ele começou a falar que eu percebi que era a mãe dele me acalmei um pouco. Brian sempre falou muito bem da mãe, mesmo ela sempre se submetendo ao pai dele, que na minha opinião é um merda que eu queria muito matar, tenho um pouco de empatia pela mãe dele, gosta do seu irmão, mas do pai eu já teria me livrado a tempos.

A conversa ia bem entre aspas, contudo no momento em que ele dá um pulo no lugar sei que o pai dele pegou o celular e começou a falar.

Eu me levanto rapidamente e me coloco ao seu lado. Percebo que o seu corpo tremia muito, o que começou a me preocupar.

"Você não vai conseguir - disse ele com a voz fraca - eu não vou deixar".

"EU VOU MATAR ELE BRIAN, E A CULPA VAI SER SUA - o grito do outro lado da linha faz com que Brian trema ainda mais".

Assim que a ligação foi encerrada, eu fiquei ainda mais preocupado. Brian continua tremendo muito, quando puxo seu corpo para perto do meu ele desmaia em meus braços.

Eu estou muito preocupado com ele, primeiro o vomito, agora ele está branco, mole e desmaiou em meus braços.

Pego-o estilo noiva, preciso levar ele no hospital, o mais rápido possível.

Assim que eu chego no carro, coloco ele da maneira mais confortável possível no banco do passageiro, fecho a porta e vou para a pota da motorista entrando rapidamente no veículo.

Eu não sei a quantos quilômetros eu estou dirigindo, eu só sei que tenho que chegar o mais rápido possível no hospital, é a única coisa que passa em minha mente na realidade.

Depois de mais ou menos dez minutos finalmente chegamos ao ponto de saúde geral de Washington. Quando eu olho para o banco ao meu lado e vejo que Brian começou a convulsionar, eu só posso tentar conter minhas reações e emoções enquanto chego até lá, desço rapidamente.

Vejo uma das residentes vindo até nos.

- Sr. Santinelle sabe que não pode para aqui - disse ela nada gentil, parece nova aqui.

- Meu namorado desmaiou e está convulsionando - digo desesperado.

Eu não sei o que estava acontecendo nos minutos subsequentes. Lembro de ir à parte do passageiro do carro, de pegar o corpo de Brian e de colocar ele de lado para impedir que ele se engasgue.

Uns segundos depois a maca chega, coloco delicadamente Brian em cima dela e eles rapidamente começam a prestar os primeiros socorros.

Eu sei que nesse momento eu não posso fazer nada para ajudá-lo, eu só posso acreditar que ele vai ficar bem o mais rápido possível.

Me sento na sala de espera e fico ali na incerteza do que está acontecendo com ele.

__________*__________

Depois de uma hora e meia finalmente um médico vem falar comigo.

- Sr. Santinelle, o senhor é o namorado de Brian Johnson? - perguntou um médico que eu não lembro o nome nesse momento.

- Sou eu mesmo - respondi aflito - o que meu namorado tem?

- Ele teve uma crise de ansiedade muito grande - disse ele dando um suspiro - o que acarretou uma confusão, mas depois de uma análise mais a fundo... - ele dá um suspiro fazendo uma pausa.

- E o que mais ele tinha alem da crise de ansiedade? - perguntei ainda mais preocupado.

- Enquanto nos estabilizávamos ele uma das enfermeiras percebeu um leve sangramento entre as pernas - explicou ele.

- Descobriram a causa do sangramento? - Perguntei.

- Isso foi causado por um princípio de aborto - disse ele calmamente me deixando em choque - mas como ainda era um princípio conseguimos estabilizar seu namorado e o bebê.

Minha mente para pôr uns segundos para.

Aborto quer dizer que tem um bebê-la lá dentro.

Um bebê.

Um bebê meu e do Brian.

Eu e o Brian fizemos um bebê, um bebê de verdade. Um bebê nosso, como tanto falamos, para morarmos em uma casa um pouco afastada da cidade, em uma rua pouco movimentada, uma casa grande para que eles possam correr, de preferência perto de Luca para que possa brincar com Fredericco. Do jeito que eu e meu anjo falamos sobre quando teríamos filhos, acho que ele só não imaginou que ele que geraria nossos filhos.

A crise de consciência me bate novamente saída daquele sonho que já tínhamos inventado dentro de nosso âmbito mais íntimo. Merda eu sinto que eu posso desmaiar a qualquer momento.

Não, eu não posso desmaiar, não posso dar uma de Bernardo nesse momento, imagina eu ri tanto dele por desmaiar eu não posso fazer igual, seria humilhante demais.

- Mas ele e o bebê estão fora de perigo, não é? - pergunto depois de uns segundos

- Eles estão bem por enquanto - disse ele – contudo com essa crise de ansiedade vou sugerir assim que ele acordar que ele passe em um psicólogo.

- Ele já passa no psicólogo - digo assim que ele acaba de falar - e que ele teve uma conversa difícil com o pai no telefone e desmaiou, como ele já vinha se sentindo mal nos últimos dias eu acabei o trazendo, mas assim que cheguei ele começou a convulsionar.

- Bom foi um golpe de sorte então - disse ele depois de uns segundos em silencio - talvez se tivesse demorado mais com a convulsão e o sangramento ele poderia ter perdido o bebê.

- É um grande golpe de sorte – concordo, embora quisesse me bater por não ter percebido os sintomas mais claros e assertivos de gravidez possível - posso ver ele? - pergunto, embora pelo meu tom queria deixar sem espaço para um não.

- Ele está sedado - respondeu o mesmo, mas depois de receber um olhar nada legal de mim ele reconsiderou, sabia que poderia dar um jeito de demiti-lo com um motivo completamente plausível se não fosse atendido e visse meu angelo logo - acho que podemos abrir uma exceção.

- Acho que sim – respondi com um pequeno sorriso nos lábios.

O mesmo me conduziu até o quarto onde Brian estava.

O mesmo estava todo ligado a aparelhos, com uma expressão calma e serena, nem parece que a pouco tempo teve uma convulsão e um princípio de aborto.

Isso é outra coisa que parece não entrar na minha cabeça. Eu até esqueci de perguntar se o médico sabia que quanto tempo ele estava, entretanto se for julgar pelo único sintoma que ele apresentava era o vomita não acho que ele estava com mais de dois meses, talvez um.

Eu não sei.

Olho para o mesmo, pego a sua mão e dou um beijo nas costas dela.

- Tenho tanto para te contar mio príncipe - digo passando a mão no seu rosto - agora nós vamos ter um bebê. Acorde logo meu amor. 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now