Fifty Fourth Chapter

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Emma Santinelle

Uma das piores coisas do mundo é uma pessoa entrar pela porta da sua casa e dizer que seu filho, seu pequeno bebezinho provavelmente está morto, nenhuma mãe deveria ouvir isso.

A ordem da vida é os pais morrerem antes dos filhos, justamente para não sentirmos essa dor que está inundando meu peito, faz poucos segundos.

- Não sei se eu entendi direito - digo chegando mais perto da Rebecca.

Não me lembro em que momento levantei da mesa, ignoro a existência na sala de Raphael, Luca, Simon e até mesmo de meu pequeno neto Fredericco, precisava saber se ouvi direito o que ela disse.

- Eu também não entendi direito por isso temos que ir até Nova York agora - respondeu ela com aquele olhar de medo, nunca á vi em todos seus quase trinta anos de vida.

Eu conheço essa menina dês do dia em que ela nasceu, e eu não a vejo com esse olhar de medo desde que ela tinha dez anos e resolveu entrar escondida no armazém no meio de um tiroteio sem saber que aquilo era apenas um treino, seu pai estava lá dando um treino, somente eu e Luna conseguimos acalmá-lo, desde daquele dia nada, nenhum medo.

Com as palavras dela eu desabo, se Raphael não tivesse bem atras de mim e me segura-se eu acho que teria ido direto para o chão.

- Amor a hora que chegarmos em Nova York receberemos as respostas - disse ele baixinho tentando me dar apoio.

As palavras dele não me confortam, apenas me deixam com raiva e desolada ainda mais, quero respostas.

- Não posso perder um dos meus filhos Raphael - digo com os olhos cheios de lagrimas - não posso perder meu pequeno Pietro não agora - digo desesperada - ele é um bebê ainda, vai ter seus primeiros filhos... Deus e Brian, nossos netos? - perguntei baixinho desesperada.

- Nós temos que ir amor - disse ele novamente - só assim saberemos o que aconteceu com nosso filho. E quanto a Brian, só saberemos assim que chegarmos la, mas no momento precisamos manter a calma, se eles estivessem juntos saberíamos.

-- Eles sempre estavam juntos, não há uma noite que Brian e Pietro não estão juntos - falei começando a ficar ainda mais desesperada – se Pietro está... Morto, Brian estava com ele e nossos netos também.

Ele parece pensar um pouco nisso, meus olhos já transbordavam lagrimas, estou começando a ficar desesperada de verdade.

-- Fique calma amor – as palavras doces de Raphael entram em meu ouvido, mas estou desesperada demais para me apegar a elas, talvez esteja perto de um ataque de pânico, pelo menos me sinto assim - não criemos teorias, vamos pegar o avião e saberemos o que aconteceu.

Brian Johnson

Dia Anterior

Nova York, Estados Unidos.

Eu estou mais do que só feliz nesse momento.

Um menino, Edward e uma menina, Martina.

- Por que pensou no nome Martina para nossa princesa? - perguntou ele me olhando.

- No nosso primeiro encontro - digo sorrindo para ele - você disse que se um dia tivesse uma filha queria que o nome dela fosse Martina - respondi sorrindo ainda mais para ele.

- Não achei que lembraria disso - disse ele me olhando, seu olhar brilhava com a minha antiga afirmação sobre nosso primeiro encontro.

- É claro que eu lembraria - digo o olhando incrédulo - pelo menos você escolheu o nome da nossa filha.

Ele apenas sorri para mim. Pietro calmamente se coloca em cima de mim, tomando o maior cuidado com a minha grande barriga.

O mesmo me olha e acaricia minha barriga o que me faz sorrir.

- Eu te amo tanto meu anjo - disse ele se curvando para me beijar - as coisas que eu mais amo na minha vida são você e nossos filhos.

Olho para ele com um grande sorriso.

- Se alguma coisa que acontecer eu quero que faça uma coisa - disse ele me olhando sério.

- Nada vai acontecer com você - digo o olhando sério.

- Porém, se acontecer - disse ele me olhando como se não tivesse ouvido o que eu acabei de falar - me prometa que não confiara em ninguém a não ser na minha mãe e no meu pai, em mais ninguém - ele pede.

Olho para ele mais alguns segundos.

O mesmo se dobre mais uma vez sobre mim e me beija.

Em um movimento brusco Pietro e tirado de cima de mim. Eu faço a única coisa que eu posso nesse momento de completa surpresa, eu dou um leve grito, estou em choque com o ato brutal.

As coisas acontecem muito rápido, quando eu me dou conta eu vejo Pietro deitado no chão com a cabeça sangrando e aquele homem em cima dele apertando seu pescoço com a maior força que já o vi colocar em todos os meus vinte anos de vida.

Eu estava estático vendo aquilo, minha barriga começou a doer muito, meus bebês se remexiam dentro dela o que me causava uma enorme dor, estou preocupado, quase hiperventilando.

Não conseguia me levantar para tentar tirar aquele maldito homem de cima de Pietro que tentava lutar, mas não conseguia. Eu vi o momento em que ele parou de lutar e ficou apenas parado, nessa altura minha barriga doía cada vez mais e meus olhos já estavam escorrendo lagrimas, ainda estou em estado de choque, não consigo nem me mexer.

-Eu avisei Brian...

__________*__________

Meus olhos ainda escorriam lagrimas quando sai o mais calmo que eu podia do meu apartamento, ele já tinha saído com o corpo de Pietro a alguns segundos, passando pela rua que não ficava nem longe e nem perto do meu apartamento na doze com a Norueguesa. Minha barriga ainda doía muito eu sabia que precisava ir ao médico, mas antes preciso fazer uma coisa.

Parei no primeiro orelhão que eu vi e liguei para o 911.

"911 em que posso ajudar? - perguntou uma vez feminina do outro lado da linha".

"Tem um corpo na doze com a norueguesa - digo tentando não chorar quando falo isso".

Eu nem mesmo espero ela falar mais alguma coisa e só saio indo direto para o hospital, minha barriga ainda doía e um dos bebês ainda chutava bem forte ela, o que estava me preocupando muito mesmo. 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now