Brian Johnson
A sala cai em um completo silencio depois das minhas palavras. Minha mãe estava com a cabeça baixa e com os olhos lagrimejando, meu pai por outro lado estava cada vez mais vermelho de raiva.
- Não ouse falar do seu irmão - disse meu pai falando mais baixo agora, acho que por medo dos vizinhos chamássemos a polícia - seu irmão queria ser um grande arquiteto, e você nem um enfermeiro quer ser, e sim um bibliotecário idiota.
- Meu sonho não é idiota - respondi já estando completamente nervoso - meu sonho é aquilo que eu quero ser por amor, e não por dinheiro ou poder – tento mais uma vez fazer ele entender, mas seu que isso não levará a lugar nenhum, nunca levou.
- Sonhos são idiotas - respondeu ela ainda vermelho me olhando com raiva - você tem que para com isso, eu não aceito esse emprego, essa saída de casa e muito menos largar a faculdade.
Olho para ele com um pouco de deboche, mas eu estava me controlando o máximo que eu posso para não o desrespeitar dentro de sua própria casa.
- Olha isso é de mim - respondi o mais manso e calmo possível nesse momento - eu vou me mudar, vou começar nesse emprego e vou começar a fazer a minha faculdade dos sonhos.
Meu pai no mesmo momento me lança outro olhar mortal, mas esse não chega nem perto de me intimidar.
- Olha essa faculdade é a dos meus sonhos - digo dando um grande e pesado suspiro - é a minha independência emocional e financeira, e o que vai me fazer feliz. É pela primeira vez e isso que eu vou fazer, eu vou ser feliz.
Com isso eu apenas viro as costas e começo a ir até a escada, até que a voz do meu pai chega no meu ouvido eu paro no lugar e analiso as suas palavras.
- Eu juro por tudo que é mais sagrado Brian Johnson - disse meu pai nem com uma voz baixa e nem com uma voz muito alto - se você sair por essa porta para aceitar esse maldito emprego e essa casa, e sair da faculdade de direito, eu te renego e não deixo você levar nada de dentro dessa casa, que foi completa comprada o meu dinheiro.
Com isso eu apenas me viro e observo a face do meu pai, tento distinguir se isso e apenas um blefe dele, ou se o que ele estava dizendo era a verdade.
- Muito bem - digo apenas isso.
Logo após eu subo para o meu quarto já descido o que eu vou fazer.
Pego uma bolsa e coloco apenas duas mudas de roupas e o meu notebook.
Me deito na cama depois de trancar a porta, pego o meu celular e ligo para Pietro, não demorou muito para ele atender.
"Olá, Brian - disse a voz rouca de Pietro do outro lado da linha".
"Sim - digo de uma vez".
"Sim o que? - perguntou Pietro do outro lado da linha".
"Eu aceito o trabalho - digo depois de uns segundos - mas para isso eu precisava de você na frente da minha casa agora".
"O que vai fazer Brian? - perguntou ele sem entender nada do outro lado da linha".
"Vou embora agora mesmo - respondo vendo que não há mais ninguém na parte de baixo de casa".
"O que realmente aconteceu Brian? - perguntou ele parecendo um pouco preocupado com a minha mudança repentina".
"Assim que você me pegar na frente da minha antiga casa eu te conto - respondi chegando na sala".
"Chego aí em cinco minutos - disse ele desligando logo em seguida".
Saio pela porta da maneira mais silenciosa possível. E exatos quatro minutos depois vejo o carro de Pietro parar na frente da minha antiga casa.
Saio silenciosamente de perto da casa, com medo do meu pai acordar ou sair do quarto e encontrar Pietro ali fazer um grande barraco com isso.
Entro no carro de Pietro e praticamente jogo instintivamente no colo dele, começando a chorar silenciosamente pelas palavras horríveis do meu pai a pouco mais de uma hora.
- Calma - disse ele passando a mão no meu cabelo - preciso que vá para o outro banco para sairmos da frente da casa dos seus pais.
Apenas concordo com ele sem dizer nada, e me sento no banco do passageiro, e logo em seguida coloco o sinto de segurança.
Eu me perco nos pensamentos sobre o que aconteceu com os meus pais, que eu nem mesmo percebo que já chegamos ao hotel dele.
Eu mesmo assim não percebo as coisas ao meu redor, quando eu volto a esse mundo vejo que Pietro me carregava no colo até um quarto completamente preto e cinza, muito chique, bonito e sofisticado.
- Esse é o meu quarto - disse ele me colocando deitado na cama - se sinta o mais confortável possível, eu pedi comida japonesa já deve estar chegando.
- Não precisava - respondo depois de uns segundos.
- Precisava sim - respondeu ele, dando um beijo na minha testa e saindo do quarto assim que a campainha toca.
Depois de uns minutos Pietro volta para o quarto com uma bandeja cheia de comida japonesa.
- Suponho que não comeu ainda - disse ele se sentando ao meu lado da cama.
- É - respondo dando um suspiro pesado - eu não tive a oportunidade de comer ainda.
- Pode me contar? - perguntou ele completamente cauteloso.
Olho alguns segundos para o mesmo, e logo depois começo a contar tudo que tinha acontecido. Pietro somente fica quieto durante toda a minha fala, apenas me observando, sem nenhum tipo de expressão aparente em seu rosto, que eu analisava minunciosamente.
- Não quero que você tenha mais contato com a sua família - disse ele assim que eu acabei de falar - tudo que eu te prometi vai acontecer, mas pode demorar um pouco, mas por enquanto você mora aqui.
Analiso ele uns segundos, antes de concordara abraçar o mesmo.
- Obrigado Pietro.
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Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)
FanfictionMergulhando nas vidas tumultuadas de Pietro Santinelle e Brian Johnson, duas almas destinadas a se cruzarem em meio ao caos e à incerteza. Pietro, agora encarregado de assumir o papel de Capo da Máfia Americana em Washington, carrega o peso da respo...