Tenth Chapter

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Brian Johnson

Alguns Dias Depois

- Sério Sophia? - pergunto um pouco assustado com o que ela acabará de me confidencializar.

- A menina é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida inteira - respondeu a mesma com os olhos brilhando - eu acho que nunca vi alguém tão bonita quanto ela em todos os meus anos nessa terra.

- Parece até uma boba apaixonada - digo sorrindo recebendo um olhar mortal dela.

- Eu não sou boba - resmungou a mesma nada feliz.

- Pode até não ser boba, mas não negou estar apaixonada - digo recebendo um tapa em troca das minhas palavras - isso é bom. Quer dizer se apaixonar é bom, fico feliz por você.

- Quando você vai arrumar alguém, em Brian? - perguntou ela me olhando sorrindo levemente.

Olho para ela e dou um suspiro pesado me jogando na cama.

- Você sabe o porquê eu não posso.

- Você sabe o que eu penso sobre isso - disse ela me olhando pela primeira vez séria - eu sei do seu amor por Deus e Jesus Brian, mas você acha mesmo que Deus faria pessoas LGBTQIA+ se fosse puni-los por isso? - perguntou ela.

- Talvez eu devesse mesmo passar a até ouvir em relação a isso.

__________*__________

- Sinceramente seus pais me lembram muito os meus pais - disse Gael na minha frente.

- Pensei que tinha um grande relacionamento feliz com sua família - digo somente para provocar ele mesmo.

- Meus pais morreram quando eu tinha dezoito anos - disse ele como se não fosse nada - mas antes disso eles não eram as pessoas mais fáceis do mundo. Quando eu conheci meu marido eu me lembro deles me derem praticamente uma ultimado para que eu terminasse nosso relacionamento, entretanto como pode ver eu escolhi meu marido.... meu ex marido.

- Lamento - digo completamente envergonhado por tocar naquele assunto - de novo.

- Não lamente - respondeu o mesmo - já faz quatro anos, eu aprendi a lidar com isso sem ajuda de ninguém.

- Se quiser pode me contar - digo querendo mesmo somente ajudá-lo.

Deve ser muito difícil para o Gael essa situação, o conheço a alguns meses, ele tem vinte e seis anos, não sei de onde ele veio, quem são sua família ou se tem alguém que mora com ele, Gael Martins é como se fosse um grande mistério, um mistério que eu quero muito resolver.

- Não gosto de falar sobre isso – foi sua única resposta depois de uns minutos olhando para o nada e pensando - eu o perdi do nada, um dia estava bem, aí aconteceu a explosão e um tempo depois recebi a notícia da sua morte.

- Explosão a quatro anos? - perguntei olhando para ele abismado.

- Já ligou os pontos não é mesmo? - perguntou ele sorrindo debochado - sim eu perdi meu marido durante a explosão da usina de Usina Vogtle, ele era um dos técnicos responsáveis.

- Sinto muito novamente - digo olhando realmente muito triste para ele - você pelo menos sempre vai ter ele na sua memória.

- E na cara dos meus filhos - resmungou o mesmo baixinho, mas eu ouvi e no mesmo momento olho para ele com os olhos arregalados.

- Não sabia que tinha filho - digo o olhando.

- Eu tenho dois - respondeu o mesmo nem parecendo dar importância para isso, mas eu sabia que tudo era mais um grande fingimento, ele ligava sim por estar falando disso - tenho uma menina de quase nove anos e um menino de quase quatro.

- Adoção? - pergunto desviando meu olhar do seu.

- Na verdade ambos são biologicamente meus filhos e do meu marido - me garantiu Gael voltando a me olhar.

- Sinto muito?

- Cerca de uns cinco por cento da população mundial masculina pode engravidar - disse ele dando um longo suspiro - eu faço dessa parte significativa da população masculina mundial.

- Uma informação bem interessante - digo tomando um gole de suco de laranja.

- Você não faz ideia do quanto isso teria ajudado - disse ele sorrindo um pouco sem graça - Alison não teria sido concebida se eu e Oliver soubéssemos disso quando transvasamos.

- Informação demais - resmungo sorrindo para ele.

- É verdade - disse Gael sorrindo para mim - no começo do nosso relacionamento transavasamos como galinhas, foi mais fácil do que você pensa engravidar.

- Como eu já disse, isso é informação demais - digo pegando meu suco e saindo.

Escuto a risada alta de Gael que ainda permanecia sentado na mesa.

Pietro Santinelle

Pego meu celular e ligo para o único número mexicano que existe salvo nele.

Depois de mais ou menos dois toques o celular é atendido.

"Esteban Gonzales, ¿cómo puedo ayudar? (Esteban Gonzalez, em que posso ajudar?) - disse a voz de Esteban do outro lado da linha".

"Hola de nuevo Esteban (Olá novamente Esteban) - digo".

O outro lado da linha fica completamente mudo por alguns segundos

"¿Cómo puedo ayudarte Pietro? (Em que posso ajudá-lo Pietro?) - disse ele do outro lado da linha".

"Lamento mucho mi tono y mis directas palabras Esteban (Eu realmente lamento o meu tom e as minhas palavras diretas Esteban) - digo nada feliz com essa conversa que estávamos prestes a ter - pero estoy enojado. ¿Entonces sabías que tu padre les estaba robando a los estadounidenses? (mas eu estou com raiva. Então você sabia que seu pai anda roubando dos americanos?)".

"¿A qué te refieres con robar a los estadounidenses? (Como assim roubando os americanos?) - perguntou ele completamente nervoso do outro lado da linha".

Para um pouco antes de responder à pergunta. O completo nervosismo e o tom de voz de Esteban me dizem que ele não sabia de nada, é que algo muito maior do que ele e nos dos Estados Unidos estamos sabendo.

"Necesito que vengas a Washington, DC (Preciso que venha para Washington, DC) - digo dando um grande suspiro - para hablar de eso bien (para conversarmos sobre isso certinho)".

"Solo puedo irme de México en cinco meses (Só poderei estar saindo do México em cinco meses) - disse ele do outro lado da linha".

"En cinco meses nos veremos entonces (Em cinco meses nos veremos em tão) - digo desligando o telefone sem esperar uma resposta".

Dou um suspiro e pego o uísque e tomo um longo gole pensando em tudo que está acontecendo.

__________*__________

Estava andando pelo hospital, depois da minha conversa com Estaban fiquei com um pouco de raiva e pensativo, eu não sei o porquê da raiva, mas eu ainda sim estou sentindo-a.

Eu estava tão distraído que eu só fui acordar dos meus próprios pensamentos quando alguém derrama um pote de mousse de chocolate em cima de mim. 

Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)Where stories live. Discover now