Capo da Mafia (Serie Filhos da Mafia - Livro 02)

Thirty Sixth Chapter

Pietro Santinelle

Assim que chegamos na empresa vejo que Arthur estava nos esperando na entrada, as mãos dele estavam enfaixadas, o que me preocupou um pouco, mas nada de mais, ele ainda estava com cara emburrada enquanto me observava.

Poderia dizer que os Santinelle's não agem como crianças quando estão bravos, mas estaria mentindo já que eu próprio sou um exemplo disso.

- Esteban esse é o meu primo Arthur - digo assim que chegamos perto o suficiente do mesmo - Arthur esse é o Esteban Gonzales, seu futuro cunhado – reitero para ele ao menos ser gentil.

Meu olhar não deixa espaço para erros, vejo sua mãe se aproximando silenciosamente, ele não parece perceber.

- É um prezes finalmente conhecê-lo Arthur Santinelle - disse o mesmo sorrindo brevemente para meu primo – ouvi muitas coisas sobre sua pessoa.

- Pena que não posso dizer o mesmo - respondeu ele cumprimentando Esteban - seu conhecimento sobre mim me trouxe até essa situação, que para mim não está sendo nem um pouco agradável.

- Infelizmente você não é tão importante quanto seus primos – Esteban respondeu.

- Nunca fui tão ingrato por isso – foi a resposta de meu primo

Antes que Gonzales possa responder alguma coisa a voz de minha tia chega em nossos ouvidos.

- Não seja tão mal-educado Arthur Oliver Santinelle - disse a minha tia chegando logo atras dele - não foi essa a educação que eu e seu pai te demos, você é mais educado que isso – repreendeu duramente seu filho.

O mesmo apenas bufa e sai de perto em direção ao elevador. Minha tia não demonstra nenhuma expressão, mas sei que o que ela mais quer nesse momento é matar o Arthur por constrangê-la em frente a alguém como Esteban Henrique Gonzales, o futuro Capo Mexicano, nosso convidado e futuro cunhado de seu filho mais novo.

- Eu lamento esse mal comportamento desse Sr. González - disse a minha tia - eu sou Luna Santinelle, a mãe do Arthur - tia Luna se apresentou calmamente.

- Não se preocupe com isso - disse ele dando um sorriso constrangido - ele deve estar em choque ainda com o casamento - completou tentando ser o mais compreensível possível, coisa que eu não seria se estivesse em sua situação.

- É - concordou ela, mesmo não parecendo se acalmar com as palavras de Esteban - ele está realmente ainda em choque, mas já passa, é seu dever no final de tudo, ele há de compreender isso, assim como seu irmão - afirmou ela sorrindo calorosamente para nós dois - acho que seria bom já subirmos, estão todos lá em cima, ainda vamos almoçar.

Nos dois apenas concordamos e a seguimos lá para cima, em completo silencio.

Assim que entramos na sala, meu pai e minha mãe estavam sentados no sofá, junto com Luca. Arthur estava encostado na parede, de um lado dele estava Rebecca e do outro Isabella, todos os três sérios, meu tio por outro lado perto da mesa, pegando uísque, as gêmeas pareciam estar querendo acalmar e colocar juízo na cabeça do irmão, coisa que não parecia estar sendo muito.

Calmamente me sento na cadeira do meu irmão, mas não antes de pegar um copo bem chego de uísque, Isabella me informou que já contou a ele sobre a situação.

Dou um suspiro tomando um gole, antes de olhar para todos, realmente as vezes odeio Luca por me passar essa responsabilidade, e olha que nem assumi ela por tempo integral.

- Ainda ficou alguns detalhes ontem para discutirmos – minha voz ecoa pela sala, que se mantinha em um silencio ensurdecedor.

- O que falta ser falado? - perguntou minha mãe completamente confusa, em uma famiglia normalmente ela nem estaria sendo cogitada em estar aqui.

- Pelo que sabemos o meu pai não vai parar - disse Esteban olhando para ela - o casamento entre meu irmão e o seu sobrinho tem que acontecer dentro de seis meses mais ou menos, para que possamos segurar ele, só que o noivado tem que ser antes.

- Seis meses? - perguntou o próprio Arthur quase em autodepreciação.

- É - respondi concordando com a cabeça achando o plano de Gonzales muito inteligente - seis meses é o tempo base, mas nós temos que fazer a proposta amanhã, caso o país deles aceite, o que eu tenho certeza de que fara com o completo apoio de Esteban - digo olhando para o mesmo.

- Amanhã então - afirmou ele depois de uns segundos - assim que eu chegar dos Estados Unidos, vou arrumar uma desculpa para o que eu vim fazer aqui de verdade - disse ele dando um suspiro parecendo cansado com tudo o que estava acontecendo, não posso culpá-lo por isso na verdade - o único problema é que provavelmente meu pai não vai querer que veja Martin antes do dia do casamento – disse misterioso.

- Por que não? - perguntou tia Luna preocupada, também compartilho de sua preocupação na verdade.

- Se ele escondeu o menino até agora porque não esconderia até o casamento? - Luca questionou, o que faz sentido.

- Você tem razão - respondeu Esteban - ele não vai querer que meu irmão seja mostrado até o dia do casamento, mas isso tem um motivo – continuou ainda misterioso, deixando todos os Santinelle's na mesa curiosos - meu irmão tem uma marca de queimadura no rosto – Esteban falava calmamente dando um suspiro pesaroso, embora seus olhos ficassem mais escuros a cada palavra - feita pelo meu pai antes dele matar nossa irmã mais velha, ele era pequeno e tentou ajudar, e nosso pai não lidou bem com isso e o jogou na lareira, ele ficou com uma pequena parte do rosto queimado - completou ele desviando o olhar - nada grave, mas ainda carrega cicatrizes disso até hoje.

- Isso explica algumas coisas - resmungou Rebecca olhando para o teto enquanto bebia mais.

- Outra coisa - digo depois de uns segundos em silencio - assim que anunciarmos o noivado e o futuro casamento você vai ter que parar de ir aos prostíbulos da famiglia ou em qualquer lugar para transar com alguém Arthur - completo olhando sério para ele.

O mesmo apenas me olho seriamente, antes de concordar mesmo não querendo.

- Nem antes e nem depois do casamento, nada de vadias depois de hoje Arthur - disse a minha tia olhando sério para ele - completamente fiel Arthur, ou eu mesma te castro.

- Não precisa pedir educadamente duas vezes mama.